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lgebra Linear, Elon Lages Lima

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64 Núcleo e Imagem Seção 6<br />

elementos desta base. Poremos B(Av 1 ) = v 1 ,...,B(Av n ) = v n , Bw 1 =<br />

0,...,Bw k = 0. Dado qualquer v ∈ E, tem-se v = α 1 v 1 + ··· + α n v n ,<br />

logo<br />

BAv = B(α 1 Av 1 +···+α n Av n )<br />

= α 1 BAv 1 +···+α n BAv n<br />

= α 1 v 1 +···+α n v n = v,<br />

portanto B é uma inversa à esquerda de A.<br />

Uma transformação linear A: E → F chama-se invertível quando<br />

existe B: F → E linear tal que BA = I E e AB = I F , ou seja, quando B<br />

é, ao mesmo tempo, inversa à esquerda e à direita de A.<br />

Neste caso, diz-se que B é a inversa de A e escreve-se B = A −1 .<br />

A fim de que a transformação linear A seja invertível, é necessário<br />

e suficiente que ela seja injetiva e sobrejetiva. Diz-se, então,<br />

que A é uma bijeção linear entre E e F ou, mais apropriadamente,<br />

que A: E → F é um isomorfismo e que os espaços vetoriais E e F são<br />

isomorfos.<br />

Se A: E → F e B: F → G são isomorfismos, então A −1 : F → E e<br />

BA: E → G também são isomorfismos. Tem-se (BA) −1 = A −1 B −1 e,<br />

para α ≠ 0, (αA) −1 = 1 α ·A−1 .<br />

Um isomorfismo A: E → F entre espaços vetoriais transforma<br />

toda base de E numa base de F. Reciprocamente, se uma transformação<br />

linear A: E → F leva alguma base de E numa base de F então<br />

A é um isomorfismo.<br />

Do que foi dito acima resulta, em particular, que dois espaços<br />

vetoriais de dimensão finita isomorfos têm a mesma dimensão. A<br />

recíproca é verdadeira, como veremos agora.<br />

Com efeito, seja E um espaço vetorial de dimensão finita n. Fixando<br />

uma base {v 1 ,...,v n } ⊂ E, podemos definir uma transformação<br />

linear A: R n → E pondo, para cada v = (α 1 ,...,α n ) ∈ R n ,<br />

Av = α 1 v 1 + ··· + α n v n . Tem-se Ae 1 = v 1 ,...,Ae n = v n . Assim, A<br />

transforma a base canônica{e 1 ,...,e n } ⊂ R n na base{v 1 ,...,v n } ⊂ E,<br />

logo é um isomorfismo entre R n e E.<br />

Noutras palavras, todo espaço vetorial de dimensão n é isomorfo<br />

a R n .<br />

Como o inverso A −1 : E → R n e o produto BA −1 : E → F de A por<br />

outro isomorfismo B: R n → F são isomorfismos, segue-se que dois<br />

espaços vetoriais E, F, ambos de dimensão n, são isomorfos.

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