09.02.2017 Views

lgebra Linear, Elon Lages Lima

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Seção 12 Subespaços Invariantes 149<br />

sua validez para m. Dada a combinação linear nula<br />

α 1 v 1 +···+α m v m = 0, (*)<br />

aplicamos o operador A a ambos os membros desta igualdade, levando<br />

em conta que Av i = λ i v i . Resulta então que<br />

λ 1 α 1 v 1 +···+λ m α m v m = 0. (**)<br />

Multiplicando a igualdade (*) por λ m e subtraindo de (**) vem:<br />

(λ 1 −λ m )α 1 v 1 +···+(λ m−1 −λ m )α m−1 v m−1 = 0.<br />

Pela hipótese de indução, os vetores v 1 ,...,v m−1 são L.I. . Logo<br />

(λ 1 −λ m )α 1 = ··· = (λ m−1 −λ m )α m−1 = 0.<br />

Como os autovalores são todos diferentes, as m − 1 diferenças nos<br />

parênteses acima são ≠ 0, logo α 1 = ··· = α m−1 = 0. Isto reduz<br />

a igualdade (*) a α m v m = 0. Como v m ≠ 0, segue-se que α m = 0.<br />

Assim, a igualdade (*) só pode ocorrer quando todos os coeficientes<br />

α i são nulos, o que prova o teorema.<br />

Corolário. Seja dim E = n. Se um operador linear A: E → E possui<br />

n autovalores diferentes então existe uma base {v 1 ,...,v n } ⊂ E em<br />

relação à qual a matriz de A é diagonal (isto é, tem a forma [a ij ] com<br />

a ij = 0 se i ≠ j).<br />

Com efeito, se Av 1 = λ 1 v 1 ,...,Av n = λ n v n com os v i não-nulos e<br />

os λ i dois a dois distintos então {v 1 ,...,v n } é, em virtude do Teorema<br />

12.2, uma base de E. A matriz de A nesta base é<br />

⎡ ⎤<br />

λ 1 λ 2 ⎢<br />

⎣<br />

. ..<br />

⎥<br />

⎦<br />

λ n<br />

na qual os termos que não aparecem são iguais a zero.<br />

A igualdade Av = λv equivale a (A − λI)v = 0, logo v é um<br />

autovetor do operador A: E → E se, e somente se, é um elemento<br />

não-nulo do núcleo N(A − λI). Noutras palavras, a fim de que λ

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!