24.10.2014 Views

direito em movimento sistema das turmas recursais - Emerj

direito em movimento sistema das turmas recursais - Emerj

direito em movimento sistema das turmas recursais - Emerj

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

u Votos u Turmas Recursais CÍVEIS u<br />

RECURSO DA SEGUNDA RÉ– Fls. 169/197. Alega que <strong>em</strong> desfavor da<br />

autora constam outras restrições creditícias pré-existentes à ora impugnada,<br />

o que afasta o dever de indenizar, conforme precedente jurisprudencial.<br />

Alega, ainda, a existência de relação jurídica que deu orig<strong>em</strong> ao<br />

débito, vindo <strong>em</strong> sede recursal juntar documento comprovando a relação.<br />

Ressalta que apenas recebeu o crédito <strong>em</strong> cessão. Destaca que não pode<br />

juntar o documento na ocasião da AIJ, eis que ainda não estava disponível.<br />

Pede a improcedência do pleito autoral.<br />

CONTRARRAZÕES – Fls. 221/224 – To<strong>das</strong> pela manutenção da sentença.<br />

RESULTADO: Inicialmente, afasto a preliminar de ilegitimidade passiva<br />

arguida pela primeira ré ante a aplicação da teoria da asserção, uma vez<br />

que a autora atribuiu conduta lesiva a esta. No mérito, a sentença merece<br />

parcial reparo. Com efeito, da análise detida dos autos verifica-se que a primeira<br />

ré não teve qualquer participação nos fatos alegados na inicial. Verifica-se<br />

que a autora se insurge contra a cobrança realizada pelas segunda e<br />

terceiras rés, referente a crédito cedido pela Empresa X. A primeira ré não<br />

cobrou, não cedeu ou mandou cobrar qualquer valor <strong>em</strong> desfavor da autora,<br />

n<strong>em</strong> tampouco praticou qualquer ato que veio a macular o nome da<br />

autora. Portanto, a sentença deve ser reformada para julgar improcedente<br />

o pleito autoral <strong>em</strong> face da ré. Quanto ao recurso interposto pela segunda<br />

ré ,este não merece provimento. O recurso traz duas questões. Afirma<br />

que o débito cobrado t<strong>em</strong> orig<strong>em</strong> <strong>em</strong> contrato firmado entre a autora e a<br />

<strong>em</strong>presa X, trazendo <strong>em</strong> sede recursal documentos com o fito de comprovar<br />

a existência da relação jurídica. Ressalte-se que a existência de relação<br />

jurídica já havia sido alegada <strong>em</strong> sede de contestação, não sendo naquela<br />

oportunidade apresentado qualquer documento que comprovasse a mesma.<br />

Daí surge a seguinte questão: é possível a juntada de documentos/provas<br />

<strong>em</strong> sede recursal? Anoto, a princípio, que o art. 33 da Lei dos Juizados<br />

Especiais fixa, per<strong>em</strong>ptoriamente, a audiência de instrução e julgamento<br />

como sendo o momento processual adequado para produção de provas.<br />

Assim, a juntada de novo documento, <strong>em</strong> sede recursal, é medida excepcional,<br />

devendo ficar plenamente d<strong>em</strong>onstrada a aquisição do documento,<br />

somente, após a audiência de instrução e julgamento ou a ocorrência<br />

de caso fortuito ou força maior que impedisse a recorrente ou o recorrido<br />

u Direito <strong>em</strong> Movimento, Rio de Janeiro, v. 17, p. 119-262, 1º s<strong>em</strong>. 2013 u 229

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!