Dicionario Etimologico Da Lingua Portuguesa, de Antenor Nascentes

'.
.ture.
. ;
; vérsb,B
- cota,
.
. CÓSMICO
: COSTURA
:
GOSTUME
; COTANILHO
(ladeira),
—
ar.
-
,
,
coc7ie'UÍSv:-
-
urna
,
, é
.
Cosmetologia 139 Coisdel
COSMETOLOGIA — De cosmeto, abrevia,
tura de cosmético, gr. lógos, tratado, e suf.
ia.
— Do' gr. kosmikós, do mundo,
pelo : laX.- cosmicu&^iw
COSMOCRACIA — Do gr. kósmos, universo,
e krat de krátos, forea, poder, por
analogía com; formagóes ..outras.
COSMOGONÍA — Do gr. ¿cosmogonía, eriagáo
do mundo.
COSMOGRAFÍA — Do gr. kosmographía,
descricáo do universo, pelo lat. cosmographia.
CQSMOLÁBIO — Do gr. Tcósmos,- universo,
lab, raíz de lambáno, tomar, e suf. io.
COSMOLOGÍA — Do gr. kósmología, tratado
das leis fináis que regern o mundo.
COSMOMETRIA — Do gr. kósmos, uni-
meír, raíz de metréo, medir, e suf.
COSMONOMIA — Do gr. Tcósmos, universo,
nomos, léi, e suf. ia.
COSMOPOLITA — Do gr. Tcosmopolífes
cidadáo do universo.
COSMORAMA — Do gr; Icósmos, universo,
e- Kórama, espetáculo.
COSMOS — Do gr. kósmos, propriamente
ordem, ordena que reina no universo. O sentido
surgiu entre os pitagóricos (Boisacq).
:.;. COSMOSOFIA — Do gr. kósmos, universo,
e sophía, sabedoria.
'i COSQUEAR —- A. Cpelhp tira do tema
'
cosco, _de coscorrao, idéntico; provavelmente
:
faalfiéicpscpí'áp^KDo mesmo modo ^bplo,:Mscoitoy
carolo, significam especies de pancada.
'-; COSSINETE — Do fr. coussinet.
COSSO — Do lat. cursu; esp. coso, it.
!;'-'corsgyUívm: cours. Esta antiquado, mas inda
vive como provincialismo em Trás-os-Montes
enpí derivado acossar. Como quer que em sea,
cossp corra muy rijo (Azurara, Crónica de
Guiñé, pg. 294).
COSSEDETE — Adaptagáo de corselete.
COSTA — Do lat. costa, costela; esp.
cuesta ¿ it ¿ :
cosí íí 4(ladeira,praia)jfr.
;
cóie (costela). No plural significa parte posterior
do "corpd. ^ '-^S\Vi7:-"J'-'^'.:-"
:
COSTALGIA — De costa, gr. algos, dor,
e suf. ia. V: No'talgia.
'.
COSTANEIRO — De um. suposto adjetivo
"castaño, de costa, e suf. eiro (A. Coelho).
•'O esp. tem costanero.
- COSTELA
— D¡m. de costa, que no sin-
SSgiilarJS'Slgñificáí cosíeZcsXíwíKi
Do esp. costilla (Figueiredo).
'. :'
COSTILHA
—•
COSTO — Do sanscr. hustha, através do
—•
COSTRA Forma metatética de crosta,
(Cornu, Port. Spr., §28). ¡
COSTRO.— Do lat. colostru (Cornu, Port.
llgrlw&bsípsgeiádílat^
.'§
Spr., , 25,, M. Lübke, RBW, 2058).
-:.r^r Do lat. '* cosuetumine em
_
vez de cpnsuetudine ; esp, costumbre, it. costüme,
ir. coutume. V. "Nunes, Gram. Hist.
.. Port., 64, 127, Crestomatía Arcaica, LXV. DeuiiséjSa^gsíricpRgB;
doa;: ditpng^
postónico. Deppis no grupo mil o n se assi-
;milou ao m e o m, dobrado simplificou-se.
v
r
— Do lat. consutura (M.
Lübke, RBW, 2179); esp. .. it. costura, fr. cou-
'"
-'.
COTA— (eitagáp, diferenea de nivel): "V.
quota.
\ 2 Xpega da armadura) :. do franco Icotta,
:manto, vestuario (M. Lübke, RBW, 4747) ; esp.
;it. cottd, fr. cotte. Gfr. o ingl. coat,
iK:cásácd.sHS3-BW;s
, CO-TANGENTE — De co, abreviatura de
complemento, e tangente; é a tangente do
s
s^TCÓííícoiripÍéméhtár; :v-;;yrf
—'
coíctp e suf.. üho.
De
COTANOSO — De cotao e suf. oso.
COTAO — Do fr. cotón,, algodáo. A.
Coelho deriva do . koton. Figueiredo tira
tHComSduMSíSttSpM^M^ioXc^iqngííG^Góís^ con- y
SXsideralsuiiiSgalicism
wcsap7:i$oiíranc&
Ba^ulgariaTípíPiíJsí'deui^
normal do í intervocálicp.
:
:
' COTARNINÁ - Anagrama de narcotina
;S5(I^rQusse)Us;é5produziÍ^
Ssidáñi;é:!>s6bre^ a":anárcbtináW¿wS :í: :e^
"COTE — 1 (pedra dé afiar) : do lat.
cote.
2 (na locucáo adverbial cíe cote) :" do lat; v
quotidie, quotidianamente (A. Coelho). > - ':
cotas,
COTEJAR — De cota e suf. ejar; examinar
confrontar.
COTETE — De coto e suf. ete; é um palmípede
de asas rudimentarés em extremo *(A.
Coelho). -
COTETO — De coto (Figueiredo) e suf.
eto.
COTICA — De cota e suf. ica. O b. lat.
coticiu, citado por A. Coelho e Figueiredo,
nao pode fonéticamente dar cotica.
COT1CULA — Do lat. coticiila.
COTILA — Do gr. kotyle , cavidade, pequeño
vaso, medida de capacidade, pelo lat.
cotyle.
COTILEDONE — Do gr. kotyledón, eoncavidade,
encaixe, pelo lat. cotyledone, cónchelos
ou orelha-de-monge ; especializou o sentido
em botánica.
COTILEFORO — Do gr. kotyle, cavidade,
e phorós, portador.
COTILHÁO — Do fr. cotillón.
COTILOIDE — Do gr. kotyloeidés, seme-
Ihanté a urna escúdela.
COTIM — Do fr. coutil. A Academia Espanhola.
da ao esp. cotí a rnesma origem.
COTIO — Do lat. "quottidiu, quotidiano,
comum, trival (Cornu, Port. Spr., §§ 20 e'
192, M. Lübké, RBW, 6974, Nunes, Gram. Hist.
Port. 94, 354, G. Viana, Apost. I, 334). A.
Coelho tira de cote e sur. io. Aplicado éste
adjetivo a figo, v. Joáo Ribeiro, Frases Fei^
tas. I, "25. Há outro que significa que se cose
fácilmente e. que Cornu, op. cit., § 16, deriva do
lat. coctivu; A. Coelho tira de coro, do lat.
coctu, e suf. io, o que é inadmissivel.
COTO — Do lat. cubitu, cotovelo. (A.
Coelho, Ribeiro de Vasconcelos, Gram. Hist.,
Port., 131, Mario Barreto, Fatos da Linguagemj
176). Houve síncope do i e assimilacao
do 6 ao í: cub'tu. O sentido inicial foi o
de braco mutilado na altura do cotoveli.
COTONÍA — Do ár. kutniya (Dalgad'o,
G. Viana, Apost. I, 334) ; conforme Yule, do
persa kuttan, linho ou tela de linho
COTONÍGERO — De cotao, adaptado em
cotón, i de ligagáo, e ger, raíz do lat. gerere,
produzirr
COTOVELO — Do lat. cubitellu, dim. de
cubitu, cotoyelo, através de ' forma *covetelo,
cora metátese cotovelo, talvez sob a influencia
de coíq (q. v.)., V. A. Coelho e Cortesáo.
García de Diego, Contr., 612, acha que, como
o gal. cotobelo e o leonés cutubillo forma
cruzada de coíp, e tóbelo, tubillo, ternozelo.
Tóbelo ter-se-há perdido ém portugués.
COTOVIA — M. Lübke, RBW, 4750, tira do
gr. kótyphos, melro; esp. cotovía. V. Zeitschrift
rom. PMl., V, 561. Rejeita o bretáo codioch
(Diez, Dio. 442, Thurneysen, KeltoromaniscJies,
887). Rejeita, REW, 1898, o gr. medieval kykkabaia,
(prom. Icikkavea), elássico kilckábe. coruja..
Apresenta a possibilidade de ser palavra imitativa
e manda comparar com o it. tetovilla
;
;
^e;^c6m: ;.p:sfr\:/'
v
COTRIM "— Por quatrim, de quatro (A.
Coelho). Eguilaz dá um ár. katá'a ou kitá,
moeda. Em esp. ha Cttcítrrá, que a Academia,
Espanhola .tira do lat . quatrini . O it. tém
quatrino, moeda de quatro dinheiros
COTURNO — Do gr. kóthoumos pele lat.
cothurnu. «
COUCE — 1 (pancada com o pé) : V. Coice.
2 (traga) : do lat. culice, mosquito (M.
Lübke, RBW, 2373). ,
COUCEIRA — De couce, parte ppsterior
da ;
porta, por comparagáo com o calcanhar,
parte posterior do pé, e suf. eirá.
(A.
. COUCELOS
COUCELA — Do lat. capsella por capsula
Coelho).
— De coucelat (A. Coelho).
COUD.EL — "Do" lat. capitellu, dim. de
caput, cabega, eni lugar de capitulu. As ínter-.
l
::':m.édiáriás;¿saó': c^
:
';.i
á :'';v.óéáÍizaQáQ
formagáo dó ditongo au), finalmente coudel. '
V. Cornu, Port. Spr-,, §§ 35, 105, 227, Nunes,
Gram. Hist. Port., 67, 79, G. Viana, Apost.
I, 266. Coudéis eram capitáes de segunda classe
que chefiavam os cavalariános de Afonso V-
Cómo o coudel-mor. ficou encarregadO da execugáo
das leis para conservagáo das boas ragas
de cávalos, o derivado coudelaria passou a