Dicionario Etimologico Da Lingua Portuguesa, de Antenor Nascentes

sensacáo,
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Endiabrado 173 Enfezar
ENDIABRADO — Do pref. em, diabro (V.
diabo) e desin. ado.
ENDIMENINA - Do gr. éndon, dentro,
hymén, membrana, e suf. ina.
EÑDIVIA — Do gr. bizantino iiidivi, clássico
éntybon, de origem egipcia (efr. a transíormacáo
do nt em nd e também o tratamento
do beta). V. M. Lübke, Gram. I, 30, REW,
4521. Pensa Rebelo Gongalves, ALP, X, 322-3,
que veio através do esp. endibia porque pelas
condigoes geográficas Portugal nao estava em
condigoes de receber diretamente do grego. Nos
sáculos XII e XIII foi muito ativo o comercio
grego no Mediterráneo) . Lokotsch tira o gr. do
egipcio tybi, em copta tobe, tobi, o norne do mes
de Janeiro, no qual a planta dava; rejeita o
ár. hindab, hindlba, que considera empréstimo
do' gr. ou do lat.
Do gr. éndon, dentro, e
ENDOBDASTO
germen.
ENDOCARDIO
coracáo.
ENDOCARPO
blastós,
kardía,
karpós,
fruto.
Do gr. éndon, dentro, e
Do gr. éndon, dentro, e
.'
:
ENDOC1MIO — Do gr. éndon, dentro, kyma,
teto, e suf. io; neol. de I. G. St. Hilaire.
ENDOCÓRION — Do gr. éndon, dentro, e
córion.
ENDOCRINOLOGÍA — Do gr. éndon, dentro,
Icrínp, separar, segregar, lógos, tratado, e
suf. ia. ..
ENDODERME — Do gr. éndon,
v
dentro, e
ENDODISCOPIA — Do gr. éndon, dentro,
día, através, skop, raiz de skopéo, olhar, e
suf. ia.
ENDODONTITE — Do gr. éiidon, dentro,
odoús, odóntos, dente, e suf. ite.
ENDOENCAS — Do lat. indulgentias (C.
Michaelis de Vasconcelos, RL, III, 150, G. Viana,
Apost. I, 385, Ribeh-o de Vasconcelos, Biblos,
III, 225-36, M. Lübke, REW, 4385, Rheinfelder,
in VolksUim und Kultur der Romanen,
ano II, fase. 2, Sá Nogueira, A.L.P., X, 328).
E' um étimo indisputável apesar das dificuldades
fonéticas. Aparece a expressáo sextafeira
de Indulgencias em textos antigos, como
Damiáo de Góis, Crónica de el-rei D. Manuel,
I, cap. 37, III, cap. 5, Bluteau já aponta este
étimo. A. Coelho indicou o lat. dolentia.
ENDOESTESIA — Do gr. éndon, dentro,
e suf. ia.
ENDÓFITO — Do gr. éndon, dentro, phytús,
aístliesii .
que cresce.
ENDÓGENO — Do gr. éndon, dentro, e
gen, raiz de gígnomai, gerar.
ENDOGÓNIO — Do gr. éndon, dentro, gon,
raiz alterada de qignomai, gerar, e suf. ¡o.
ENDOMIQUIDA — Do gr. éndon, dentro,
mycliús, fundo, e suf. ida.
ENDOPLASMA — Do gr. éndon, dentro, e
plasma, obra modelada.
ENDOPLEURA — Do gr. éndon, e pleura
(q. v.), adaptado da zoología á botánica.
ENDOPODiO — Do gr. éndon, dentro, poús,
podas, pé, e suf. io.
ENDOPROCTO — Do gr. éndon, dentro, e
proktós,
ánus.
pterán,
ptílon,
rhíza,
raiz de skopéo, olhar, e suf. io.
osmós, impulso, e metr. raiz de metréo, medir.
sperma,
ENDÓPTERA -- - Do gr. éndon, dentro, e
asa.
ENDÓPTILO — Do gr. éndon, dentro, e
pena.
ENDORRIZO — Do gr. éndon, dentro, e
raiz.
ENDOSCOPIO — Do gr. éndon, dentro, skop,
ENDOSMÓMETRO — Do gr. éndon, dentro,
ENDOSPERMA — Do gr. éndon, dentro, e
sementé.
ENDOSPÓREO — Do gr. éndon, dentro, csporo,
e suf. co
ENDOSPORO — Do gr. éndon, dentro, o
'
esporo.
ENDOSSAR — Do fr. endosser. V. G. Góis,
Olcionário de Galicismos. A. Coelho, tirou do
pref. em e dosso, dorso; Pigueiredo, do b. lat.
indorsare. O vocábulo ó moderno e veio através
do fr. onde significa propriamente colocar
sobre as costas (.dos).
ENDÓSSO — Deverbal de endossar. Apesar
de vir do fr. o verbo, o substantivo foi formado
na língua e nao tirado do fr. endossement.
ENDOSTOMA — Do gr. éndon, dentro,
e stóma, boca.
ENDOTECA — Do gr. éndon, dentro, e
tliéke, depósito, loja.
ENDOTÉLIO — Do gr. éndon, dentro, o
télio, abreviagáo de epitelio.
ENDRO — Do lat. "aneihulu, derív. de
anethu, de origem grega (Leite de Vasconcelos,
Opúsculos, I, 518, Cornu, Port. Spr., §
123, M. Lübke, REW, 454, Nunes, Gram. Iíist.
Port., 113); esp. eneldo'. Depois da síncope
do u postónico, o 2 permutou-se em r e tr
deu dr: 'anethlu-anetru-anedro-dedro. A. Coelho
tirou de anetliu, que teria dado dedo e,
com metátese da ressonáncia nasal "aendo
(cfr. castaingo, caingada, etc.) ; r introduzido,
como noutras palavras, além de que poderia
influir eloendro.
ENDROMINA — Larramendi apresentou como
étimo para o esp. andrómina, o vasconco androminac,
achaque de mulher.- V. Diez, Dic,
voí. 2.°, II, 6, Franco de Sá, A Língua Portuguesa,
171, G. Viana,- Apost. I, 386. G. Viana
objeta que em vascongo existe andré e nao
andró (mulher casada) e que o plural andreminac
tinha naturalmente de ser acentuado
no i.
ENEADECAETÉRIDE — Do gr. ennea,
nove, e dekaeterís, dekaeterídos. espaco de