Dicionario Etimologico Da Lingua Portuguesa, de Antenor Nascentes

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suf.
.
.
Figueiredo
.
.
Gíossóide
— 244 — Golfinho
GLOSSólDE — Do gr. glossoeidós, em
^'TloIsOLOGÍA - V. Glotología.
GLólsOPLEGIA - Do gr. glossa, hngna,
nlpn raiz de plésso, ferir, e sui, t».
P
riOSSOPETRA — Do gr. í/Zossa, lmgua,
GNOS1MACO — Do gr. gnosímachos, que
combate o conhecimento, iriimigo da ciencia,
aceitando somonte as boas obras.
GNÓSTICO — Do gr. gnostikós, que conhece
(a natureza divina), iluminado, pelo lat.
gnosticu.
GOBELINO — Do fr. Gooelm, nome de
urna familia de célebres fabricantes de tapetes,
estabelecida em París desde 1450.
GOBIÁO — Do gr. kobiós, pelo lat. gobiv,
(M. Dübke, Gram. I, §§ 17 e 507 REW,
3815, 3816); M. Lübke, Gram. II, ís
4oo, ]a
admite um lat. gobione. It. gobbio, ghioszo
(?),fr. goujon- ,_ . -, .
GOBO — Do it. gobbo (Figueiredo), corcunda;
falta urna interpretacáo. Compara/ com
godo, provincialismo minhoto, e gogo, transm
° n
GODÓ — Do lat. "cotu, derivado regressivo
de cotulu, que existiu no latim da Catalunha
e talvez no de outras regioes, como
em urna parte da Italia. Em burgalés codon,
pedra rodada, santanderino cudon, seixo (García
de Diego, Contr., n. 144).
GODO — (povo) — Do got. guthans pelo
a
'gOELA — Do esp. ant. goliella (G. Viana,
Apost. I, 512). A. Coelho tirou do fr. gueule
mas no Suplemento citou o étimo lat. galena,
dim. de gula garganta, de Cornu.
)-
GLÓTICO — Do gr. glottikós, relativo a GOETITA — De Goethe, nome de um poeta
língua.
alemáo ao qual foi dedicada, e suf. ita (Lapparent)
GLOTOLOGÍA — Do gr. glótta, forma
ática de glossa, língua, Záfiros, tratado, e sur. GOFRAR — Do esp. go/rar (Figueiredo)
«( . A palavra data de 1881, ano em que Goncalves
Viána publicou seus Estudos Gloto-
A.'Cíáh£ Cornu, Port. Spr §§ 27 e 111, K.
GOIVA — Do lat. gubia (Diez, Dio. 179,
íógicos, separata de "O Positivismo ns. de
, Lübke, REW, 3906, Nunes, Gram, Hist. Poit-,
fevereiro a agosto; do. mesmo anoou do sesruinte
é A Língua Portuguesa, nocoes de glo-
aparece em Isidoro, XIX, 19, De instrumentas
50 87 97); esp. gubia, fr. gouge. O vocábulo
tología, de Adolfo Coelho, Porto, s. d„ com lianariis: "Cauterium gallis, guvia. Apresenta
prólSg© de outubro de 1881 (Leite de Vasconcelos,
Eigoes de Filología Portuguesa, 7). I, 35, supoe de provável orígem ibérica. M.
as variantes guvia, gulbia, gulvla: Diez, Gram.
GLOTORAR — Do lat. glottorare, de fundo
onomatopéico (Walde).
sgilb, verruma. Holder, Altkeltischer Sprach-
Lübke, Introdugdo n. 25, por causa do l, aproxima
do címbrico gylf, picareta, ant. cimbr.
GLUCINIO V. Glicinia.
schaiz I, 2044, tirou do ant. irl. gulban,
GLUCOSB V. GZicose.
^
"aculeum", o que Walde rejeita porque as
GLUGLU — Onomatoéia do grito ao perú
lineuas románicas postulam a forma sem Z.
ou do corrimento de um líquido por um gargalo
estreito.
(Cornu Port. Spr., § 33,' A. Coelho, Suple-
GOIVO — Do lat. gaudiu, alegría, gozo
GLUMA — Do lat. gluma, casca.
mento, G. Viana, Apost. I, 397). Cortesao
GLUTAO V. Glotao.
. admite a forma intermedia "goiu (cfr. couve,
GLUTEN — E' do lat. gluten, substancia louvar, ouvir, etc.) e com o sentido antigo
conglutinante; v. Grude.
cita: Formóse em toda lidlce e em todo goyvo
GLÜTEO — Do gr. gloutós, nadega, e suí. (Scriptores, pg. 187). O nome integral da
eo.
planta era goivo de Nossa Senhora (Cornu,
GLUTINA '— De glut, raiz- de gluten, e loe. cit-, Archiv für das Studium der ncucren
ina. ,.,., Sprachen, CXXVI, 426, M. Lübke, REW, 4996).
GNAFALIO — Do gr. gnaphahon, pelo Duarte Nunes do Leáo, Orígem, 40, tirava do
lat. gnaphalin, perpetua ou sete-em-rama.
gr. leukóion, que é inadmissível (Diez, D:c.
GNATAPTERO — Do gr. gnáthos, mandíbula,
e ápteros, sem asa. M. Lübke, Zoc. cit.). Nunes Gram. Ilist.,
455, Franco de Sá A Língua Portuguesa. 46,
_.
GNATIDE — Do gr. gnáthos, mandioula. 2a ed., 79, considerou um regressivo do are.
e suf. ide.
gouvir.
GNATOBDÉLIDA — Do gr. gnáthos, maxila,
bdélla, sanguessuga, e suf. ida.
gola, fr. gueule (Pacheco e Dameíra, Gram.
GOLA — Do lat. gula, garganta; esp. it.
GNATODONTE — Do gr. gnáthos, maxila,
e odoús. odóntos, dente.
M Lübke, REW, 3910). A. Coelho, Nunes,
Port-, 390 Lindsay, The Latin lanquaqc, § 16,
GNATOSTOMEO — Do gr. gnáthos, maxila,
stúraa, boca, o suf. eo.
II, 31, derivam do lat. colla, plur. de collu,
Gram. Hist. Pért., 87, Sá Nogueira, A E. P.
pescoQo (V. Coló). Constancio, Dio., 591c, no
GNATOSTOMIDA — Do gr. gnáthos, maxila,
s torna, boca, e suf. ida.
guü (V. Argola)
sentido de anel circular, gotilha, prende ao ár.
GNEISSE — Do al. Gneiss ; seria melhor GOLE — De engolir (A. Coelho).
adaptar para gnaisse ou conservar o al. GOLELHA — De golo e ;suf. eZ/ra (A.
gneiss. E' palavra saxa.
Coelho) . tira do esp. ant. goliella
GNETO — Do lat. gnetu (Figuciredo) (V. Gola).
Saraiva consigna urna forma duvidosa gnetum,
manda ver gnecus ou cnecus, acafráo, fr. gueules.
GOLES — Do persa gul, rosa, através do
do gr. knókos.
GOLETA 1 (angra) : de gola e suf. eta
GNOME — Do gr. gnómc, sentonca, pelo (A . Coelho). — 2 (embareacáo) : do esp. goleta
(A. Coelho), que pelo fr. vem do bretao
lat. gnomo. G. Viana, Vocabulario, grafa
gnoma.
gwelann, andorinha do mar, címbrico gwylan,
GNOMO — Nome dada por Paracelso, o de gwela, chorar, sem dúvida por causa do
médico místico do século XVI, aos pequeños grito plangente da ave (Chevallet apud Stappers).
genios que ele dizia presidirem as coísas da
térra. Ignora-se se, criando o vocábulo, ele GOLFINHO — Do gr. delphís através do
pensou no grego gnóme, inteligencia (Clédat, lat. delphinu, com interferencia de