17.06.2016 Views

Dicionario Etimologico Da Lingua Portuguesa, de Antenor Nascentes

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

• pois<br />

'<br />

MACEDONIA<br />

.<br />

.<br />

.<br />

.<br />

.<br />

.<br />

.<br />

.<br />

,<br />

Magarico 308 Macrécitó<br />

a, palavra maleara, que se presume significar<br />

originariamente "jacaré ou crocodilo". Yule pee<br />

em dúvida esta <strong>de</strong>rívacáo, porque o francés<br />

tem mascarat e nuicrée, aiém <strong>de</strong> barre, idéntico<br />

com o inglés bore. Mas nao consta que os mencionados<br />

vocábuios tenham existido antes uos<br />

nossos <strong>de</strong>scotarimentos, pois nao se aponía nenhuma<br />

autoridacle anterior ao século XVi. Nao<br />

se sabe a sua timologia; Latiré nao sugere nenhurna<br />

píausível. Nao se da a razao da diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> formas e da sua existencia ao lado<br />

<strong>de</strong> barre, su'posto mais antigo. Nem se explica,<br />

como é qiie as expresases ii'aneesas passaram<br />

para a India; se, pelo modo como se exprimein<br />

os nossos escritores, o fenómeno e o seu nome<br />

eram <strong>de</strong>sconheeidos em Portugal. Goncalves<br />

Via-na <strong>de</strong>monstrou com toda a. clareza (ñas Palestras<br />

Pilologicas), que, fonética e morfológicamente,<br />

nem macrée nem mascaret pe<strong>de</strong>riam<br />

converter-se cm o macaren e concluiu, que "os<br />

tres vocábuios, viascaret, macrée e macaren sao<br />

in<strong>de</strong>penclentss entre si, e que as suas coinci<strong>de</strong>ncias<br />

<strong>de</strong> formas e íonacáo po<strong>de</strong>rnos consi<strong>de</strong>ra-las<br />

como fortuitas. Eu po'rém estou quti.se convonciclo<br />

<strong>de</strong> que os franceses mudaram o nosso macaren,<br />

primeiro, na forma mais aproximada macrée,<br />

e,,. <strong>de</strong>pois, na mais culta mascaret do mesmo<br />

modo que <strong>de</strong> pateca (meláo), íizeram pastéque;<br />

<strong>de</strong> mor<strong>de</strong>xim, mort-<strong>de</strong>-clúen; <strong>de</strong> bicho<strong>de</strong>-sinar,<br />

biche-cle-mer; e <strong>de</strong> pan <strong>de</strong> águila,<br />

bois d'aigle. Jancigny nao escreveria em 1854 .<br />

maquerie, se as outras formas estivessem vulgarizadas<br />

no seu tempo. Se atentarmos bem nos<br />

t&í'mos <strong>de</strong> Gaspar Correia e Castanheda, veremos<br />

que éles nao chamam precisamente macaren<br />

ao fenómeno, mas táo sementé iho reíacionam.<br />

A explicacáo que eu daría disto é que<br />

a gente <strong>de</strong> Cambaía teria dito aos portugueses,<br />

curiosos <strong>de</strong> saber a sua origem, que a ocurrencia<br />

era <strong>de</strong>vida ao makaró (forma vulgar em<br />

guzarate), que vinha <strong>de</strong>vorar barcos e homens,<br />

nos contos populares se Ihe atribuem fatos<br />

análogos<br />

MACARICO<br />

—. Cortesáo <strong>de</strong>riva do esp.<br />

moracico (do céit. mórbik, ave marinha; <strong>de</strong><br />

mor, mar, e pile, bico), don<strong>de</strong> "mara,cico e xior<br />

metátese ore do c. (

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!