Dicionario Etimologico Da Lingua Portuguesa, de Antenor Nascentes

'
EGRESSO
Manuel
.
'
'
no
.
'
.
, , .
•
.
. EIXO
.
assim
estancias
152,
a
Gram.
1
vem-
,
sfedra
— Vól
des études gracqv.es sí la-
(Laurand .
'
•
tines, I, 44.
tiFÉDríA — Do gr. evhédra, suo-amusto
coníunuiuo cpm a cavaiinha, pelo lat. ephedra.
EPE1TO — Do lát. efjecvu.
EFEDCi'STICO — Do gr. ephelkystwón,
aue atra.i.
'
...
"
BFi:LIDE — Do gr. épnehs, sarcia aln-
' buida á acao do sol (helios), mancha branca
do diño; psio Uat. ephelíde.
EFBMlDRIDA — Do gr. ephémeros, que
dura um día, -e suf. ida. Depois de metamoríoses
que cíiegam a levar tres anos, o mseco
adulto vive apenas aiguns días.
EPESiSRIDES — Do gr. ephevierís ,
scilicet
historia., a historia que se iaz día, a ¿¡í»,
i
pelo lat. ewicmerids.
.
EPEMBRINA — De e/ésiero (Figueireao),
e sai. i5iíí.
EFÉiviEEO — Do gr. ephémeros, que aura
um ala (lieinéra):
BPEMINADO — Do lat. ejfenvina iu.
EFicNDI — Do gr. anuientes, o_ que usa
de suas próprias armas, chele, senhor, pronunciado
afténdis gr. mod. e Tinco por
intermedio do turco ofendí (Dokotsch)
.
EFERVESCENTE — Do lat. efervescente.
.
ÉFETÁ — Do gr. é-phétes, juiz de ultima
instancia.
'fr"M'ETF. r C' Do lat. ejfectivu-.
eÍtALTA. — Do gr. ephiáltes, que se atira
por cima, demonio incubo, pesadelo, pelo lat.
ephialia.
EFICAZ — Do lat. efficace..
EFICIENTE — Do lat. efficientp.
BFIDROSE — Do gr. ephídrosis, suor aoundante.
.,,..
EFIGIE — Do lat. effigie. -.
EplPIO — Do gr. ephippion, sela, pelo
lat. ephippiu. , . i
efrluwu.
EFLUVIO — Do lat.
EFO — Do hebr. V. mxodo, aVí, ¡>o.
SPOD — Do hebr. ephod, revesar,..vestuario
do grao sacerdote (Éxodo, _
X.áA/xí.1, =,
'12, 15, 27, 31)
redo, Lígoes Praticas,
IIÍ,
""'eFODIOFOBIA — Do gr. eplwdion, pro-
/isóes' de viagem.-e phob, -vaiz de píiooeo, ter
vise
horror, ro e suf xa.
1 '
lat.
ÉFORO '— Do gr. éphoros, inspetor, pelo
É
eplioru.
, , r ,
-
EFUGIO — Do lat. effugiu. ,
EGAGROPIDO — Do gr. a-igagros, cabre
ato;, aigós, cabra,
EGICRANIO — Do gr.
montes, e pilos, bola de M
'
-
e kránion; cranio. -
BG-IDE — Do gr. a-ig-isp escudo de Mine>-va~
eoberto com a pele da_ cabra (ato, aigos)
Amalt'éia; peló lat. aegide. rleródoto, IV, 1S9,
comparou o escudo de Atene com as peles cíe
•
cabra, franjadas de linos cordéis,, com as quais
se fevestiam- as muiheres da Libia.' __
EGÍLOPE — Do gr. aig-U-ops,- olno_ de
cabra, fisluin iacrimai, pelo lat. aogdope; estes
animáis sao ;;;:;¡e¡to.-; a esta moíesua (.ctr.
escrófula, ala-necia)
EG1PA — Do gr.' aigipan, pelo lat. acgipan;
era bode (aiiv, aigós) da cintura para
baixo.
EGIPTOLOGÍA — De Egipto, gr. lagos,
tratado e suf. la.
EGITANtENSB — Do gr. Eguania, icu.-
r,ha-a-'ve!ha, e suf. cv.se.
ÉGLOGA — Do lat. eglogc, que aparece
no Cor-pus Iuscrivtionuvi Laimarum, iV, 21-.8,
v. Seehnann, Áusspracho dos Laievn, «aC, V.
Écloga. . . .
ÉüOFGNIA — Do gr. aix, aigos, caoia,
phcv.ú. vez, e suf. ia.
_ .
EÓGIS^O
- - Do lat. ego, cu, o. sin. ísrao..
EGÓPSIDA — Do gr. oigo, abrir, úps, olho,
e suf. -idfi. Os animáis clesta familia de ceialópodos
tem o cristalino ern contato direto
com a agua do mar.
EGOSOHO — Do gr. aíx, aigós, cabra, c
soma, corpo (Figueiredo)
EGOTISMO — Do lat. ego, eu, t de ligacáo,
o suf. ismo. Segundo Clédat, o vocábulo
veio da Inglaterra.
EGREGIO — Do lat. _egregiu, tirado do
rebanho, uvclhn. soleta. V. joáo Ribeiro, Curiosidades
Vcrbais, '¿S.
-- Do lat. egressu. '
EGUA — Do lat. eaua; esp. yegua, ir.
ant. ive (M. Lübke, BBW, 28S3).
'
o ^
-
ElA -
de) ; esp.
•2832)
- jjo lat. eía, de origein grega (Walea,
ir. ant. aie (Ivl. Dübke, RUY/,-
sIDEj i Do sueco eidar, especie de ganso:"'
EIRA — Do lat. área, superficie plana;-
esp. era, it. aja, ir. aire.
EIRO — C. ivlichaelis de Vasconcelos, RL,
XI, 144, deriva de urna, forma "a/reolayharwla,.
que deu tambera o gal. eiroa, airea. M. Dübke,
RhjW, 633, aceita éste étimo e rejeita v
areneola
(Krlsiischer Jahresbcricht iioer día Fortschritte
der rotnanischen Phiiologien, IV, 1.
314) . Figueiredo deriva, de aeróla, ue círeici., por
aiusao a a.reia. com que misturara éste peixe
ñas seibas das vendedeiras. G-. Viana, em íaita.
de rnelhor étimo, aceita, éste (Palestras, 57,
Apost. I, 92, 377). Cornu, Poi-t. Bpr
.
, i.i> ecücao,
§ 210, partindo da forma eiros, a.presentou o
étimo esoces (Isidoro, XX, n, 30) para exemplificar
o r medial provindo de s medial por
cíissimiiacao, mas na segunda edieáo, taivez em
virtude 'cía observagao i'eita. por G. Viana, suprimiu
o exemplo.
e iteii forma contrata de haveis
¡i-ioíiüia'.
(G. Viana,. i^ojpüsicdo aOr p'
nor-mal,
pg. 6o, nota 1, Epiianío Dia^ Hiíicaxe IPisco-
nca. U-ram.' Jjescr.
1>; Ivi3.Ximmo Macie
Cram. Hisí. Pori-, 355, onde alias
verá- o lat. "hais por iiabeiis). maciei aprésenla
corno argumento a possibiliaaue de se
,
:
;
.
juntaren! puonomes. obliquos. Outro étimo apuntado
é o lat. ecce (.Diez, Gra'íii. .1, '¿H, Pacheco
e Lameira. Pori. 461, Julio' Ri-
_
.
beiro,' Gram. Port., 218. A. Coelho, Dic. Et-vm.,
Fíibeiro de Vaseonceloz, Grara. Híst-, 112, 1.1.
Dübke, Gram., II, 118, Bourciez, LMg. Hora.,
44i¿- utoniei á Mota, Q vue-u iaioma, 57, 180) .Diz
Nvuies:" o adverbio latino' ecce que tem sido
da.do para étimo ciéste vocábulo, (V. ivrorais,
s,. v.), se convém peio sentido, é repelido' peía
fonética; também nao pode ser explicado peio
esnanhol he, cié igual signiíieacao, cuja lornia
niais antiga foi ja (de orig'em árabe segundo
a Academia Espanhoia), ao passo ciue^ o uosso
'
sempre se escreveu ou ex; deve,^ segundo
pensó, ser segunda pessoa cío piuraiclo
indicativo presente do yerbo haver !.anxes
aver) na sua forma encurtada; o emprego;
dessa pessoa, em vez do imperativo, como era
de esperar, nao é sem exempio : cí .
na' antiga
língua treides na RL, III, 189, e na moderna..
"
Camoes, VII, 4 e o {Vene ios aier.ides,
vede lo duro ingles). Otoniel, que. admite
ss seguintes transí ormacoes ecce-eice-siareis,
aiega que ecce 'se usava corn o nominativo e
com o acusativo, sendo a segunda- slnraxe^ a
aue passou para o portugués. Por isso, aoaa
corre con
-
- - -
¿escábido o argumento era es
giram ern .torno
étimo, de que os pron¡
ios ;
de verbos e nao de ac¡ ei-lo de
_ _
.
ecce illum, já existente ern laum. jos.o i-uo-eirc
Saleta Clássica, Autores Contemporáneos,
SI" ' Erases Eeiías, I, 268, emende que eis esca
ern-' lugar' de veis por vedes. Enconcrou ves e
veis por e-is em'- Sá de ivÁiranda e diz que Xvladureira,
na sua Ortografía, notou o mesmo.
EITO — 1 (fieira) :_ do lat. ictu (C.: i-.iichaélis
de Vasconcelos, RL, IiI, 145). —_2 (jacto):
do lat. jactu (G. Viana, Apost, i, o^oeino,
o lat. aciu (Fiirster) ;
Daist, Zeitschrifi jur ron.
Pkil., III, 5G-1, VII, liG, o lat. addictu aceito,
por Cornu primeiramenie e que daria "adevto.
Cornu, Pori. S'pr.,- § 231, concordando com.
Ascoii, Archivio Gloltologico Italiano, XII, 601-2,
o C. ivlichaelis de Vasconcelos, aceitou depois
ad icium. Esta autora apó'ía o seu étimo com
-
os exemplos: estrello, empreiiafbeeiio, Tnaleíia,-
jeito (filicl-ií), ospreiiar (expíiciare), deleito-
(are), veiidciici (are), revendeiia (are.) M--
lái.bke, XiEW, 4254, concorda com C. Michaeelis.
García de Diego, Conlr., 344, aceita ictu para
o gal. cito.
EIVA — Ivl. Eübke, Introducáo, § 25, REW,-
300,' tira do gales '-aibom, aspecto, cara (ant.
irl. aib), Zeitschrift fiir rom. Phil-, XI,. 270)
e -a c'ieriva.cáo de "labia, labes, Miscellanea Caíx:;
e Candió,' 325, tem a dificuldade do desaparecimento
do i. A. Coelho afirma que Cornu
deriva ei-uar do lat. elibare por delibare.
— Do gr. úxon, pelo lat. axis, *axuj
(Cornu, Port. .Spr., § 303, M. Lübke; BBW,-