17.06.2016 Views

Dicionario Etimologico Da Lingua Portuguesa, de Antenor Nascentes

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ellipse.<br />

.<br />

lorandrum<br />

Elohim,<br />

Apost.<br />

.<br />

,<br />

Diz<br />

.<br />

Eleuíérias 169 —<br />

Embebecer<br />

ELEUTÉRIAS — Do gr. eleuthéria, festas<br />

celebradas em Platéias em honra <strong>de</strong> Zeus<br />

libertador (eleuthérios), que fez Pausánias vencer<br />

os Persas, na crenca grega; pelo lat.<br />

eleuthéria.<br />

ELEÜTEROBLÁSTEA — Do gr. eleúthe-<br />

ELEUTERODACTILO — Do gr. eleútheros,<br />

ELEUTERÓGINO — Do gr. eleútheros<br />

ELEVADOR — Adaptacáo do ingl. elevator.<br />

ELFO — Do anglo-saxáo aelf.<br />

ELICIAR — Do lat. eliciare.<br />

ELIDIR — Do lat. eli<strong>de</strong>re.<br />

ros, livre, bláste, gomo, renovó, e suf. ea.<br />

livre. e dálctylos, <strong>de</strong>do.<br />

livre, e qyné, mulher, ovario.<br />

V. Bonnaffé.<br />

ELIMINAR — Do lat. eliminare, atirar<br />

fóra da soleira (limen).<br />

ELIPANTO — Do gr. ellipés, incompleto,<br />

e ánthos, flor.<br />

ELIPSE — Do gr. élleipsis, omissáo, pelo<br />

'<br />

lat. Se o eixo menor ficasse igual ao<br />

rmaior. a curva' seria urna circunferencia.<br />

ELIPSÓGRAFO — De elipse, e graph, raiz<br />

<strong>de</strong> qrápho, escrever, <strong>de</strong>senliar.<br />

ELIPSOIDE — Do gr. élleipsis, elipse, o<br />

eídos,<br />

forma.<br />

ELIPSOLOGIA — De elipse, gr. Ugos,<br />

tratado, e suf. ia.<br />

ELIPSOSPERMO — De elipse e gr. spérma,<br />

scinsn'tG<br />

ELIPSÓSTOMO — De elipse e gr. stóma,<br />

"boca.'<br />

ELÍPTICO — Do gr. elleiptihós, incompleto.<br />

.<br />

ELISAO — Do lat.<br />

elisione.<br />

ELITRITE — Do gr. élytron, estojo, vagina,<br />

e suf. ite.<br />

ÉLITRO — Do gr. élytron, estojo.<br />

ELITROCELE — Do gr. élytron, bainha,<br />

vagina, e Ícele, tumor.<br />

ELITROIDE — Do gr. élytron, estojo, e<br />

eidos, forma.<br />

ELITROPLASTIA — Do gr. élytron, estojo,<br />

vagina, plast, <strong>de</strong> plásso, mo<strong>de</strong>lar, e suf. ia.<br />

ELITROPTOSB — Do gr. élytron, estojo,<br />

vagina, e ptósis, queda.<br />

ELITRORRAFIA — Do gr. élytron, estojo,<br />

vagina, rhaph, raiz <strong>de</strong> rhápto, coser, e suf. ia.<br />

ELITRORRAGIA — Do gr. élytron, estojo,<br />

vagina, rJiag, raiz <strong>de</strong> rhégnymi, romper, e suf. ia.<br />

ELITRÓTOMO Do gr. élytron, estojo,<br />

vagina, e tom, raiz alterada <strong>de</strong> témno, cortar.<br />

ELIXAR — Do lat. elixare, cozer na agua.<br />

ELIXIR — Do ár. iksir (precedido do -art.<br />

el), pedra filosofal, vocábulo <strong>de</strong>rivado d'O gr.<br />

xérion, seco; substancia capaz <strong>de</strong> transformar<br />

em ouro os metáis grosseiros e <strong>de</strong> curar, fortalecer<br />

e remocar o corpo humano.<br />

ELMO — Do gót. hilms (M. Lübke, REW,<br />

4130)), em franco helm. A Aca<strong>de</strong>mia Espanhola,<br />

s. v. yelmo, dá um b. lat. helmu. V^ M. Lübke,<br />

Inir., § 32, nota. Millar<strong>de</strong>t, Litiguistique et dialectologie<br />

romanes, 2-16.<br />

ELO — Do lat. anellu, anel; esp. anillo,<br />

it. anello, fr. anneau. V. M. Lübke, REW,<br />

452, EL, I, 301, G. Viana, . I, '378, A.<br />

L,. P., VII, 239. Are. áelo (RL)<br />

ELOENDRO — Do lat. lorandru, corruptela<br />

<strong>de</strong> rhodo<strong>de</strong>ndron, do gr. rliodó<strong>de</strong>ndron, loureho-rosa<br />

(literalmente rosa-árvore) . Rhodo<strong>de</strong>ndron,<br />

quod corrupte-vulgo • vocatur<br />

(Isidoro, XVII, 7). V. Diez, Gram. I, 35, Dic.<br />

226, Leite <strong>de</strong> Vasconcelos, RD, II, 34; Cornu,<br />

Port. Spr., §§ 144 e 200, G. Viana, Apost. II,<br />

58, M. Lübke, REW, 7290. Iíouve síncope do<br />

primeiro d e dissimilaeáo do r inicial: (rh)o<br />

do<strong>de</strong>ndron — oloendro — aloendro — eloendro.<br />

ELOGIO — Do lat. elogiu, <strong>de</strong> origem grega;<br />

it. elogio, fr. élogc. V." M. Lübke, Gram.<br />

.T-, 35. Em esp., fr. e it. se manteve a acentuacáo<br />

latina. Houve confusáo do gr. eulogia,<br />

louvor, com o lat. elogiu, epitafio. Como geralmente<br />

os mortos sempre sao bons, Cortesáo<br />

vé um <strong>de</strong>verbal <strong>de</strong> elogiar porque se viesse <strong>de</strong><br />

elogiu teria acento no primeiro o.<br />

ELOISTA — Do hebr. ' plural <strong>de</strong><br />

Eloah, Deus, e suf. ista. Aplicado ao Senhor,<br />

é um plural <strong>de</strong> excelencia, como vos em portugués;<br />

neste caso o verbo fica no singular.<br />

ELOQÜENTE — Do lat. eloquente.<br />

ELóQUIO — Do lat. eloquiu.<br />

ELUCIDAR — Do lat. elucidare.<br />

ELUCUBRACÁO — Do lat. elucubraiione,<br />

trabalho que se faz durante a vigilia, a lur-<br />

{lux) das lámpadas.<br />

ELUTRIACÁO — De um 'suposto "elutriar<br />

do lat. elutriare, trasfegar, <strong>de</strong> origem grega'<br />

e suf. cao.<br />

ELZEVIR — De Elzevir, nome <strong>de</strong> ilustre<br />

familia <strong>de</strong> impressores holan<strong>de</strong>zes do século<br />

XVI e do XVII.<br />

EM — Do lat. in; esp., fr. en, it. in; no,<br />

locucáo conjuntiva em que está por "ahí que,<br />

ainda que (Cornil, Port. Spr., § 109).<br />

EMA — Do molucano emeu ou eme ou<br />

samu (<strong>Da</strong>lgado) . éste autor que é o nome<br />

que os portugueses <strong>de</strong>ram ao casuar e <strong>de</strong>pois<br />

esten<strong>de</strong>ram ao avestruz. A origem arábica,<br />

sugerida por alguns etimologistas, nao tem<br />

nenhum fundamento, como bcra observa Skeat,<br />

que todavia nao conhece senáo o vocábulo portugués<br />

como étimo do inglés. Os escritores<br />

portugueses antigos nao conhecem a palavra<br />

casuar. Afirma o mesmo Dálgado que o Pe.<br />

Neyens, superior das missóes católicas da Nova<br />

Guiñé e das Molucas, lhe comunica que em<br />

nenhuma parte ouviu emeu como sinónimo <strong>de</strong><br />

casuar, mas que em duas ilhas a ave é conhecida<br />

por samu e sam. Pois se emeu nao<br />

existe neni existiu, continua <strong>Da</strong>lgado, é provável<br />

que cma <strong>de</strong>rivasse <strong>de</strong> samu. Informa-lhe<br />

o sinólogo francés Pelliot que ema figura nos<br />

textos chineses. Engelmann, Dozy, Lokotsch<br />

dao o ár. na cama, também na cima. Larousse<br />

(s v. émeu, ámou) dá origem oceánica. V.<br />

Taunay, Reparos, pg. 88. Duarte Nunes do<br />

Leáo,. Origem da língua portuguesa, 44, <strong>de</strong>riva<br />

do<br />

árabe.<br />

EMACIAR — Do lat. emaciare.<br />

EMANCIPAR — Do lat. emancipare.<br />

EMBAÍR — Cornu, Port. Spr., §186,<br />

tirou do lat. inva<strong>de</strong>re, invadir. M. Lubke,<br />

REW 851, tira o esp. embaír do prov. esba'ur<br />

(fr ébahir), que filia á interjeieáo <strong>de</strong> espant-j<br />

ba em 4525, repetindo Romanía, XIII, 301,<br />

pren<strong>de</strong> o esp. ant. embahir (atropelar, maltratar<br />

envergonhar, confundir) a inva<strong>de</strong>re. A Aca<strong>de</strong>mia<br />

Espanhola tira o ant. e o mod. do mesmo<br />

inva<strong>de</strong>re. FigueiredO aceita igualmente inva<strong>de</strong>re,<br />

que nao apresenta dificulda<strong>de</strong>s fonéticas.<br />

García <strong>de</strong> Diego, Cokí>\, 218, 337, tira do<br />

eva<strong>de</strong>re.<br />

EMBAIXADA — M. Lübke, REW, 448, tira<br />

do prov. ambaissada, através do it. ambasciata,<br />

e filia o prov. ao franco andbahtjan, dar um<br />

encargo, <strong>de</strong>rivado do gales (em lat. ambactus,-<br />

segundo Festo, a-m-b, emprégo, servico) .<br />

Petrocchi,<br />

Larousse dao um latim medieval ambactia,<br />

missáo; Stappers dá um verbo a7nbasciarc.<br />

Braehet cita ambaclia na Lei Sálica, dá um<br />

verbo ambactiare, ambaxiare, atuar por alguém,<br />

don<strong>de</strong> o b. lat. ambaxiata, no esp. ant.<br />

am'baxada, origem do fr. ambassa<strong>de</strong>.<br />

EMBALAR — A. Coelho vé nesta palavra<br />

um radical ba,l, que se encontra em balouco.<br />

Figueiredo apresenta um radical sánscrito bala,<br />

que encontra em baloico, abalar, etc.<br />

EMBÁLETE — De embalar (Figueiredo)<br />

EMBADHESTADO — Do esp. emballestado,<br />

com urna articulaqao da pata anterior encurvada<br />

a imitacao <strong>de</strong> quem vai disparar urna besta<br />

(.ballesta).<br />

EMBARACAR — A. Coelho filia a barra.<br />

Outro tanto faz a Aca<strong>de</strong>mia Espanhola para<br />

o esp. embarazar. Petrocchi tira do esp. o it.<br />

imbarazzare. M. Lübke, REW, 9G3, tira <strong>de</strong><br />

barre o £r. embarrasser. Existe a dificulda<strong>de</strong><br />

do r dobrado, mas o sentido serve.<br />

EMBARCAR -— De em, barca e <strong>de</strong>sin. ar;<br />

primitivamente entrar em barca, generalizando<br />

<strong>de</strong>pois o sentido.<br />

EMBARGAR — A. Coelho tira do pref. cm<br />

e <strong>de</strong> um barrica, <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> barra. Nao confundir<br />

com embari-lca,r meter em barrica. A<br />

Aca<strong>de</strong>mia Espanhola dá a mesma origem que<br />

embarazar, isto ó, barra. M. Lübke, REW, 4277,<br />

dá um iat. 'imbarricarc, preso a barra. V. Diez,<br />

Dic, 445.<br />

EMBASBACAR — A. Coelho afirma que<br />

Parodi liga esta palavra a embabacar, por meio<br />

<strong>de</strong> ~¡iie:c-bavica,re.<br />

EMBAUCAR — A. Coelho supüe forma dupla<br />

<strong>de</strong> embabocar, <strong>de</strong> baboca, tolo, composto <strong>de</strong><br />

babar e suf. oca. Figueiredo acha que está por<br />

embaiucar <strong>de</strong> baiúea, ou embiocar, <strong>de</strong> bioco.<br />

EMBEBECER — Incoativo <strong>de</strong> embeber (A.<br />

Coelho).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!