17.06.2016 Views

Dicionario Etimologico Da Lingua Portuguesa, de Antenor Nascentes

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

'<br />

:<br />

:<br />

———<br />

Rui<br />

saída<br />

:<br />

. ^<br />

—r-—<br />

;<br />

;V<br />

—<br />

—<br />

.<br />

.<br />

k<br />

:<br />

DICIONÁRIO ETIMOLÓGICO<br />

:—————-——-<br />

DA LENGUA<br />

—<br />

PORTUGUESA<br />

—-—,<br />

XXXI<br />

;'<br />

—\—-—:—————-—-———<br />

v; .<br />

^<br />

:<br />

Por fazer um dicionário etimológico nao fiquei na obrigagdo <strong>de</strong> saber<br />

a etimología <strong>de</strong> todas as palavras nem <strong>de</strong> inventar gualquer explicag&o para<br />

as ignoradas. Non omnium verborum dici posse ratione; repitamos a pase<br />

<strong>de</strong> Varrdo.<br />

Se um étimo francés, por- exemplo, nao é <strong>de</strong> origem latina, se um grego<br />

nao é <strong>de</strong> fundo indo-europeu, <strong>de</strong>i as vezes a origem remota como elementoelucidativo,<br />

mas sem entrar em minucias, que tém cabimento nos dicionários<br />

especiáis do étimo próximo.<br />

Desejei fazer, como a Aca<strong>de</strong>mia Espanhola, a transcricdo dos varios alfabetos<br />

com os caracteres próprios, mas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo verifiquei ser <strong>de</strong> todo impossível<br />

isto em nosso meio. Vi-me entao obrigado a transcrevé-los em tipos<br />

latinos e, para os casos em que estes tipos sofrerem acréscimos, encomen<strong>de</strong>i<br />

matrizes especiáis nos Estados Unidos.<br />

Estu<strong>de</strong>i com carinho o assunto ñas obras <strong>de</strong> mestres como- Gongalves<br />

Viana, Rodolfo <strong>Da</strong>lgado, <strong>Da</strong>vid Lopes, e ñas memorias do congresso <strong>de</strong> fonética<br />

reunido em Copenague em 1926.<br />

No árabe vi-me foreado a fazer, menos científicamente, a transcrigáo<br />

do tsa, do jim, do kha, do dzal e do xin, respectivamente, por th, i, &h><br />

dh e sh.<br />

Obras importantes est&o citadas em edigóes antigás, como por exemplo<br />

a Introdugáo ao estudo da filología románica e o Dicionário Etimológico Románico<br />

<strong>de</strong> Meyer-Lübke, as Licóes <strong>de</strong> Filología <strong>Portuguesa</strong> <strong>de</strong> Leite <strong>de</strong> Vas-:<br />

concelos, a Gramática Histórica <strong>Portuguesa</strong> <strong>de</strong> J. J. Nunes. A razáo é que,<br />

já estando prontas as fichas por ocasido da das novas edigóes,, nao<br />

'<br />

me foi possível correr todas as fichas para fazer as <strong>de</strong>vidas alteragóes. Des<strong>de</strong><br />

que q autor mantém sua doutrina, nao há mal e quem quiser verificar a<br />

citagáo com pouca dificulda<strong>de</strong> achara a nova colocagdo.<br />

As principáis obras que me, serviram para o. preparo déste dicionário,<br />

foram os <strong>de</strong> Adolfo Coelho e Meyer-Lübke e as obras dos gran<strong>de</strong>s mestres<br />

portugueses Gongalves Viana, José Joaquim Nunes e Leite <strong>de</strong> Vasconcelos.<br />

<strong>Da</strong> bibliografía só fazem parte as obras <strong>de</strong> caráter geral; as especiáis<br />

sdo indicadas nos vocábulos para cuja elucidagdo serviram.<br />

Na solugao das dúvidas <strong>de</strong> caráter científico recorrí as luzes dos presados<br />

amigos e colegas . <strong>de</strong> Lima e Silva, Cándido <strong>de</strong> Meló Leitáo, Luiz Pinheiro<br />

Guimaráes e Julio César <strong>de</strong> Meló Sousa, a quem sou gratíssimo<br />

Agra<strong>de</strong>go também multo aos colegas e amigos Quintino do Vale e Clóvis<br />

Monteiro, que me ajudaram na revisdo das primeiras páginas, e José Oiticica,<br />

que me ajüdou ñas últimas, apesar <strong>de</strong> se achar assoberbado por trabalho <strong>de</strong><br />

natur.eza idéntica, o que mais encarece o ser'vico prestado<br />

Cabe-me também fazer um agra<strong>de</strong>cimento especial ao Sr. Professor Meyer-<br />

Lübke, o gran<strong>de</strong> mestre cuja figura domina a filología románica, pela honra<br />

que me fez escrevendo o artigo-prefacio que abre o dicionário.<br />

Tal é o dicionário etimológico da língua portuguesa que me impus fazer.<br />

O essencial foi realizá-lo <strong>de</strong> qualquer modo. Surjam agora os críticos, os<br />

aperfeigoadores, que o mais difícil está feito. Sou da opiniáo <strong>de</strong> Sarmiento:<br />

.las. cosas hay que hacerlas; mal, pero hacerlas. Nao me importa o juizo da<br />

geragáo atual; ninguém foge as injustigas da sua época . Bastam-me a satisfagáo<br />

íntima da minha consciéncia e o julgamento sereno dos vindouros.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!