Dicionario Etimologico Da Lingua Portuguesa, de Antenor Nascentes

. Gássino
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Brachet,
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pedras
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"DOLICOPúpIDA
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DOLOROSO
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característicos
Do
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Dourai
DGLICOCBFALO — Do gr. doliónos, comnrido,
e Jcevhaló, cabeca.
DOLIC6CERO — Do gr. dolichós, comprido,
e leeros, de kéras, cíiifre, segundo íormacoes
análogas.
— Do gr. doliónos, oo.murid'o,
e dérs, pescoco.
DOLICÓDERO — Do gr. doliónos, eomprido,
noús. podós, pé, e suí.ida.
DOLICOSTENOMSLIA — ,Uo gr. aohchos,
compvido, stenós, estreito, ruólos, memoro, e
suf ." ia.
.,
DOL1IDA — Do lat. dolxu, barril, e
ido. Sao de concha globulosa.
DOLMAN — Do turco dolama, manto
ver-
(I
me
meiho usado pelos, janízaros ñas parada, la
"fcotsch, 530). "Alguns autores admite
tíiacao do húngaro e de iínguas esl
—- Do gaélico taimen,
cedra.
•
DOLO -=- Do lat. dolu.
"DOLOMÍA — V. Dolomita.
DOLOMITA — De .
meas
sur
Dolomie-u, sobrenome
de una s eoiogo francés: neologismo criado pe'io
-
filíio de' De Saussure porque éste 'geólogo foi
quem nrimeiro fixcu a atencáo dos naturalistas
sobre esta pedra singular (Hoeíer, Hist.
de la Boíanique, 336).
DOLORIDO — Do lat. dolor, dor, e desm.
ido.-
DOLORÍPICO — Do lat. dolorip.cií.
— Do lat. dolorosu.
DOM — l (dádiva) : do lat. donu; esp.
fr-, don, it. do-no. — 2 (título): do lat. dominu,
serbo*-; eso. it. ant. don. A reducáo é devida
á. proelise "(Nunes Gram: ílisi. Port. 71); pódese*
ver tarnbém uní vocativo dom'-ne (j_jeite de
Vasconcelos. Licoes de Filología portuguesa,
49). "V. JA Lübke, Gram., I, § "634,. Ili, § 130).-
DOMABTLIDADE — Do lat. "domabilitaie,
calcado era d.omat¡ile, domável.
DOMAR — Do lat. domare, acostumar ern
casa,, domesticar; esp. domar, it. domare.
DOMESTICO — "Do lat. domesíicu, habituado
em casa., manso.
DOMICILIO — Do lat.
DOMINAR —
'
lat..
de
d.omicil-iu
".dominare por do-
minari.
DOMINGO — Do lat dominica. seilicet
—di-es, o dia do Senhor, o día em que o Senhor
descansen (Genese, I, II, 2) esp/ domingo,
;
it. doinenica, fr. diímanolie.
DOMINICANO — Do lat. Dominicas, Domingos,
neme do santo fundador da Ordem, e
suf. .ano:
DOMINIO — Do lat. dominin.
DOMiNó — Do lat. domino, Senhor, através,
do fr. (veja.-se a. axentuacáo) .
Significou
a principio urna capa de invernó,, risada pelos
eclesiásticos e dotada de um capuz. Segundo
"Littré, o iogo foi" assi'm chamado porque cada
pedra tem por baixo um revestimento negro.
Há uina versEúA anedótica 'sobre ;-.&. origem do
jógo. Um dia mira dos conventos de Monte
foram en/clausurados nunia cela de
penitencia dois frades culposos. Para matar
ó xcrooo, co.faiam ern cuadriláteros pequeñas
brancas ñas' quais gravaram pontos pretos
em número variado . Em seguida comecaram
a, díspor as peoras de maneira que formassern
diferentes eombinacoes. E táo agradável se
Ihes tornoií essa distracáo que, urna vez cum-
'.,
-'..prieta- a pena, a comunicaran!-' aos demais -frades
cía comunidade os auais se a,pai:-;onaram
logo polo novo jógo. O jogador qtie colocava
tod" as 'ni: -ieá r= o "neno rué os ostros,
/: rnanifestava sua saíisfacáo (como é- de praxe
entre religiosos ao fim de qualquer trabarho),
exclamando Bened.ica.mus Domino i E assiro. á
pálavra Domino, proferida no fim de ea.da partida,
.acabou por designar o jógo. Be non é
.". vero. '.' . - Bonneveine, Académie des -jeux-, 296,
At alega oue certa, ordena de: mongos usava. habito,
rneio -branco meio preto, chamado dominó, de
-
A modo que é possivel que o nome fósse aplica.do
as pocas do jogo porque tarnbém eram
'
brancas e" pretas:
DOMITO — De Dome, norne de um célebre
Puy da Alvérnia, cujo macice é formado deste
material (Roauette Pinto, .Mineralogía, ÍT9)
DOMO —Do it. duomo, catedral. Larousse,
Cládat, Sta.ppers, reconhecem a mesma
origem nara' o fr. dome. O zimbório é um
r-: dos :principais . externos de muitas
catearais italiaims (Florenca, etc.).
,;;
DOINA — Do lat. domina;
s;
esp. : dueña, it; í ?
donna (mulher), fr. dame (senhora). A/'
DONAIRE — Do lat. donariu, oferenda;
esp. donaire. Are. donaire (Nunes, Gram. Hisi.
por., 70). M. Lübke, RE W, 2747, achanclo pouco
claro éste étimo de Diez, Dio. 445, pronóe o
fr. de honne aire, de boa. rnaneira. ~
DONATARIO — Do lat. d.onatariu, aquele
eme receben urna doacáo
DONATISTA — JJe Donato, nome de um
bispo de Cartago no quarto sáculo, e suf. ista.
DONATO — Do lat. donata, doade; ieigo,
que se ontregou ao servico de urna Ordem sem
a el^i partencer.
1
DOKINHA — Dim. de dona. E um animal
bonito e delicado. Seu nome apresenta diminutivo
ern vária.s Irnguas : esp. comadreja,
comadrinb.a. it'. donno!a,_ mulherainha, fr. be-
Zsíís, belinha, Schdnücrlein, animalzinho bonito
em. bávaro. A. Coelho rejeita s. origem de
davA-.iha. G. Viana., Aposí_. I,. 371, cita a.inda o
DONO — Do lat. domnu por dominu, senhor;
eso. dneño, it. donno, fr. ant. dam. A forma
domnú iá aparece em Plauto, em Sto. Agostinbo
(M. Lübke. Gram. I, § 325, Grandgent,
Vulgar Laiin, § 235) Dépois da síncope fio %,
.
o rh assimilou-se ao n (Nunes, Gram. Híst.
Port... 1261.
DONOSO' — Provaveimente do esp. donoso.
A. Coelho tira de dono e suf. oso.
DONZEL — Do cat. donaell (M. Lüblíe,
TiUW, 2737), que provém do lat. dominicellu,
.
senhorziniío.
DOR Do lat. dolore;
.:
esp. dolor, it. .doleré
fr. doiileur. Eni port'., corno em fr., passqu
r-'ará o género femínino. Are. door :
A fym será
'cora door e tristeza (Leal ConseVn.eiro, p. 18).
¿carece masculino no Boosco dellsyioso: todo
o 'dor Ivomrioso (can. I).
OOP A — Do ár. dJinrra.
Dc-RCADB — Do gr. d.orhás/ cabrito montes
nelo lat. d,orcad,e.
'dGRIDIDA — Do f'.r. dorís, dorídddos, faca
de cozinlia. segundo Rámiz.'
DORtEORO — Do gr. doryplióros, portador
de lanea. lanceiro, nelo lat. doryplioru.
DORMINHOCO — De dormir e "do suf.
composto inh-oco (A. Coelho). ' :
DORMITORIO — Do lat. dorviiiorin. tiá
um aro dormidoiro (Nunes, Gram. Hist. Port-,
50, 139).
DORNA — Do lat. urna, canta.ro ; o a. e
r. o aberto exia'em todavía, esclareclmento (Iví.
Lübke, BEW, "9086). Esp. duerna, prov. ant,
dorna. A Academia. Espanliola tira, do o, lat.
•:
:
dorna.
DORONICO ~- Do ár. darn.-naj' pelo lat.
DORRtFERO — Do lat. dorsijeru.
botánico d.oronica (Lokotsch, 486).
:
A
DORSO — Do lat. dorsu ; it. dtosso, fr.
fíos.Há um are. dossp: A Ungiia nom:}ia osso,
ma.is rrornve o dosso CLivvo de Esopo, fáb.
XIV) ḊOSE — Do gr. dosis, ato de dar, pocáo.
DOSIFICAR. — De dose e de fie, raiz altera.da.
do lat. faceré, fazer, e desin. o:r.
DOSIMETRÍA — Do- gr. dosis, dose, metr,
raiz do gr. meiréo, medir, e suf. ia.
DOSSEL — A. Coelho, que escreve docel,
diz que o fr. tem d,aís, o prov. deis; o sentido
"primitivo" é o de mesa de jantar, lat.
disou (Littré). A Academia Esrjanholo. dá o b.
la.t. dorsale como étimo. Cortesáo dá o lat.
dorse'dv, e cita a forma '.arcaica dorsel: BTuito
alcatifada, dorsel. cadeiras e almofadas
bem
'
(García de- Rezende. Vida da- InfaniaD.Bee^tris,
fl. 99 v.). Guando se distinguía na pronuncia
oes escrevia-se dossel, como nota,
Ribeiro de Vasccnceloz, Grant. Hist., 34; pa.ra ,
a grafía docel talvez tivesse havido influencia
do vocábulo latino caeln, devida a urna falsa
analogía.
DOTE' — Do lat. dote: ésp. dote, it. cZoíe
(íem.), fr.- dot (fem.). Trocou o género latino.em
port. (como em esp,), talvez por mríuencia
de dom.
, ., .. ^
DOTIENENTERIA — Do gr. dcihien, lumorzinho
doloroso e inflamado; ente-ron, intestino,
e suf. ia. A.s '-
-
DOURADA — De dourar; tem escamas cñr
DO'IIRAR.— Do lat. deaurare, que aparece
ern Séneca; esp. dorar, it. dorare,- fr. dorer.