Dicionario Etimologico Da Lingua Portuguesa, de Antenor Nascentes

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CRATICULAQAO
. CREMALHEIRA
. CREATINEMIA
.
CREMAR
' :
CT&
Qüeírnar.
:
;
.
'
.
. Lübke,
.
:
*credendariu,
!
•
Crassipene
— 141
•- Crestomatía
CRASSIPBNB Do lat. crassu, grosso,
e venna, pena.
,
CRASSIRROSTRO — Do lat. crassu, grosso,
e rostru, bico.
CRASSO — Do lat. crassu, V. Graxo.
CLASSULA — Do lat. crassu, grosso, e
SUf
CRASTA — Do lat. claustra, lugares fechados
Sao formas intermediarias: "clastra
(cfr. Aiujustu-agosto) - -crastra - croata Me.
rmtru-rosto, por dissimüacao). V. Or.. viana,
Z [256, Pacheco e Lameira, Gram. Port.,
?S8. Cornu, Port. Spr § 37 estranha o Iratamento
do au, em sílaba tónica alias Cortejo
dá: Seendo en cabidoo en la clastra da
dicta stee (D. P. Ribeiro, Díssertacoes CronoWaicas
5° Vg. 266, A. 1369). E feaerom.
tao lustra JX «obre (Inédito» de Atoobooo,
**!» d 15) E os alpenderes da crastra todos
cüberios com lagos de cedro (Inéditos de Aleobaga,
3.", pg. 15).
.
CRÁSTINO — Do lat. crastmu.
CRATEGO — Do gr. krátaigos, nespereira,
pelo lat. erataegos.
CRATEóGONO — Do gr. krataiógonon.
CRÁTERA — Do gr. kratér, vaso grande,
talha em que os antigos misturavam o -vmho
e a agua, pelo lat. crátera. O nome veio a
esta parte do vulcáo pela forma afumlada.
— Adaptagáo do fr. crcttiCUlatlOn.
, .
,^;„„~:
;'•'.,
CRATO — De Crciío, nome próprio (Frguei-
Sredo) V—
,
GRAVAR — De :;
clavare, pregar; esp. clavar.
CRAVEIRA — De cravo e suf eirá (A.
Coelho); naturalmente apresentava furos em
que se botassem cravos para se verificar depois
a marcagáo.
CRAVELHA — Do lat. clavícula, pequeña
chave; esp. clavija, it. cavicchia, fr. cheville.
V. Chavelha.
CRAVIJA — Do esp.
clavija.
CRAVO.— 1 (prego): do lat. clavu; esp.
clavo, it. chiovo, chiodo, fr. clou.
2 (flor) : talvez alteraqáo violenta do gr.
kryóphyllon, lat. caryophyllu (cfr. trevo) .
O
esp. tem clavel, que a Academia Espanhola
tira do lat. clavellu, dim. de clavu, prego, Cfr.
p fr. giroflé. O nome do cravo-da-India vem
da parecenca do botáo com um preguinho; os
franceses chamam clou de giroflé.
3 (instrumento) : adaptagáo do fr. clavecín.
CRAVOILA — De cravo? O nome científico
é caryophyllata vulgaris. A. Coelho dá
cravmlha como se derivasse de um antigo nome
crávon e :suf : ilha.
;
CRIS — Dó fr. craie (V. greda) (A. Coelho).
Na loeucáo eré,, com eré, lé com lé, parece
a Figueirédo ser abreviagao de leigo .
"eré
com eré, lé com lé quereria. dizer clérigo com
clérigo, leigo com leigo, cada qual com os da
sua igualha. Joáo Ribeiro, Frases Feitas, I,
37-9, 272, acha que eré vem de querer e le de-
'CREATINA — Do. gr. fcre'as, hréatos, car-
/
— De creatina, gr. haima,
sangue, e suf. ice.
CREBRÜ — Do lat. crebru.
CREDENCIA — Do"-it.. credenza, crenca,
confíanga. Os pratos e as bebidas, antes de
sérem servidos aos poderosos, eram degustados
pelos criados afim de se certificar se nao
estavam envenenados. O ato comunicou seu
nome ao móvel em que se realiza\ r a . Clédat
^neVíévsuf .íítccí. : ]
e Larousse reconhecem a origém italiana do
tí Plt-C €*
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CREDIBILIDADE — Do lat. credibilitate
CRÉDITO — Do lat. creditu, confiado,
«fiado.
CREDO — E' a primeira palavra do texto
latino do Creio-em-Deus-Padre
CREDOR — Do lat. creditore, através de
urna forma que sofreu haplologia; *crededor,
":;
esp. acreedor.
CRÉDULO — Do lát. credulu.
CREITONITA — De Oreitton, nome pró-
^IpriOji'e';-süf í" Uai
— Do fr. cremaillére, de
'
Ji; pénspr;v^:;
;
origem germánica, segundo uns, e grega, segundo
outrps. G. Viana propugna pela forma
grdmdlhevrá.
queimar.
)>^v :
— Do lat. cremare, :
:
CREMASTER — Do gr. hremastér, sus-
;
.;: ; - :
CREMATÍSTICA — Do gr. chrematisliké,
scilicet téchne, a arte de adquirir bens.
CREMATOLOGÍA — Do gr. chréma, chrématos,
coisa útil, bem, riqueza, lagos, tratado,
e suf. ia.
CREMATONOMIA — Do gr. chréma, chrématos,
coisa útil, bem, riqueza, nomos, lei, e
suf. ia.
CREME — Do fr. créme. A. Coelho tirou
do lat. cremu, suco espésso (Fortunato), era
vez de cremore.
CREMNOBATA — Do gr. kremnobátes, o
que sobe montanhas escarpadas.
CREMNOFOBIA — Do gr. kremnós, precipicio,
phob, raiz de pliobéo, ter horror, e
suf. ia.
CREMNOMETRIA — Do gr. hremnós; precipicio,
metr, raiz de metréo, medir, e suf. ia.
CREMNOCARPO — Do gr. krem, raiz de
kremáo, suspender, e Uarpós, fruto.
CREMÓMETRO — De creme, o de ligagáo,
metr, raiz do gr. metréo, medir.
CREMONE — De Cremona, cidade italiana?
Talvez de lá tivessern vindo essas aldravas.
O fr. tem crémone.
CRÉMOR — Do lat. cremore.
CRENA — Forma sincopada de querena
(Cornu, Port. Spr., § 125). No sentido de espago
entre os dentes de urna roda, Figueiredo tira
do lat. crena, entalhe. No de dentes das fo-
Ihas A. Coelho tira do fr. créneau.
CRENATULA -r A. Coelho tira do lat.^
crena, entalhe, e túlo, de ferré, levar.
CRENCA — Do lat. credentia; esp. creencia
it credenza, fr. créance (fianga), croyance.
•
Are. creenca: pon protestacom daver sobrello
firme creeñga (Leal Conselheiro, pg. 445).
CRENCHA — Do lat. *clinicula, dim. de
crine, cábelo; esp. crencha, risca do cábelo.
O el deu ch e nao Ui por preceder nasal (Diez,
Gram. I, 196; Cornu, Port. Spr., § 136; M.
Gram. I, § 493). Cfr. fundió mancha.
V Leite de Vasconcelos, Opúsculos, I, 517, JNunes,
Gram.Hist. Port., 91, 115, Julio Moreira,
Estudos, I, 22.
CRENDEIRO — A.
Coelho tirou de crente
e suf eiro, o que é forneticamente difícil. Cortesao,"
confrontando com o esp. creendero, apela
para o lat
de credendu.
CRENERITA — De Krenner, que a descobriu
em 1877, e suf. ita.
CRSNICQ — Do gr. kréne, fonte, e sur.
ico: encontra-se em aguas minerais.
CREN1FERO — Do lat. crena, crena, e
fer, raiz de ferré, trazer.
CRENIRRQSTRO — Do lat. crena, crena,
e rostru, bico.
CRÉNULA — De crena e suf. lila.
CREODONTE — Do gr. kréas, carne, e
odoúsj odóntos, dente; passam por precursores
dos carnívoros propriamente ditos.
CREOFAGO
—- Do gr. hreophágos, carnívoro.
CREÓFILO — Do gr. kréas, carne, e phU,
T3.VZ. de philéo, amar.
CREOSOTO — Do gr. kréas, carne, e solos,
de soso, salvar, conservar. .
CREPÉ — Do fr. crepé.
CRSPIDA — Do lat. crepida.
crepitare.
CREPITAR — Do lat.
CREPÜSCULO — Do lat. crepusculu.
CRER — Do lat. credere; esp. creer, it.
credere, fr. croire. Are. creer: E adur podyam
creer... (Vida de S. Nicolau, apud Nunes, .Crestomatía'
Arcaica, 80).
CRESCENDO — Do it. crescendo.
CRESCER — Do lat. .crescere; esp. crecer,
it. crescere, fr. croitre.
CRESPINA — De crespo (A. Coelho) e
:
SÚf.'
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CRESPIR — Do fr. crépir (A. Coelho).
CRESPO — Do lat. crisp^lJ esp. it. crespo,
fr. ant. cresp, rnod. crépu.
CRESTAR — 1 (tostar): do lat. cristare
(A. Coelho).
2 (desfalcar): do lat. castrare. A. Coelho,
M. Lübke, REW, 1749). Cornu, Port. Spr.,
§ 98, explica o e por influencia do som sibilante.
A posigao do r pode explicar-se ou por
antecipagáo (Cornu, Op. cit., § 157) ou por
metátese (Nunes, Gram. Hist. Port., 151).
de crestar, castrar.
CRESTOMATÍA — Do gr. chrestomathem,
instrugáo útil..
CRÉSTO —
'
Deverbal