História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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ira parte - p\ descoberta do homem rotagorico todas as coisas" /
"Para nos & o mesmo", respond; "depois de ouvires com qua1 finalidade viemos, tu mesrno julgarbs". "E qua1 6, portanto, o finalidade pela qua1 v~estes?", perguntou. "Este jovem chamado Hipocrates & um com- patriota, filho de Rpolodoro, de familia rica e nobre, e por natureza pessoalrnente dotado, pa- race-me n60 menos do que seus coetdneos. Ele aspira - pel0 que sei - tornar-se ilustre na cidade, e est6 convict0 de que isso Ihe acon- tecerb, sobretudo se puder freqijentar tua companh~a. Rgora julga tu se deves falar destas coisas a sos, ou na presenga dos outros". "Fazes bem, Socrates", respondeu, "de usar tanto cautela em relag60 o mim. Com efeito, um forasteiro que vai 6s grandes cidades e nelas persuade os melhores jovens a deixar a companhia dos outros, tanto dos concidaddos como dos forasteiros, tanto dos mois jovens como dos mas velhos, e a frequentar apenas a ele para poder tornar-se melhores, justamente por causo do sua companhia, deve ser muito cauto. Em torno des- sas coisas nascem invejas, inimizades e hostili- dades certamente n6o pequenas. Rfirrno que a sofistica 6 arte antiga, mas que os antigos que a pratlcavam, temendo a odiosidade que ela suscita, usaram como rnbscara para proteger-se sofista. Apssar de tudo, sxerco ssta arte anos, e meus anos colocados juntos sdo m ndo h6 ningubm entre vos do qua1 su, por I de, ndo possa ssr poi. Portanto, ficarei rnuito tisfeito se quissrdas falar da qusstdo diante todos os que atdo aqui presantes". E eu - suspeitando que ele quises zer boa figura diante de Prodico e ds Hipias e mostrar que thhamos vindo porque influsncia- dos pel" atra5do que els exercia - clisse: "En- tdo, por que nbo convidarnos tarnbbrn Pr6dico e Hipias e os que sstdo com eles, para que possarn ouvir-nos?" "Muito bern!", disse Prot6goras. "Quereis entdo", perguntou Calia, "qua eu rnande preparar os asssntos, ds modo qua . possamos d iscutir ssntados?" . A coisa pareceu oportuna, e, assirn, todos nos, alegres com o pensamento qua iriamos ouvir aqueles sbbios, tomamos asssntos s bancos e os dispusemos em ordern ao lado ds Hipias, onde se encontrovarn jb outros ossentos. Exata- mente naquele instante chqaram C6lia e Alcibia- des, trazendo consigo Prodico, qua tiraram do coma, e todos os que estavarn corn Pr6dico. oro a poesia, como Homero, Hesiodo e S1m6- 2.0 problerna de fundo: ern qu6 o Sofista torna os jovens mslhows? nidas; ora os r~tos e vatichios, como Orfeu, Mu- Quando est6vamos todos ssntados, Protaseu e seus segu~dores; e percebi alguns que goras d~sse "Agora que estbo prsssntes tarnusaram como canbrio at& a ginbstica, como Ico b&m ales, Socrates, rspete o qua antes rns acede Toronto e o nosso contempordneo Erodico de novas a propos~to deste jovern" Selimbria, megarense de orlgem, sofista ndo Entoo respond1 "R frnalldade pela qua1 inferior a ninguhm. Usaram, 00 contrbrio, como vlemos, Protbgoras, & a de que h6 pouco te cenbrio a musica vosso ~gbtocles, que & grande falava Este jovern chamado Hrpocrates arde de sofista, Pitoclides de Ceo e muitos outros. Todos desejo de frequentar tua companh~a Pols bsm. estes, como dizia, por medo da inveja se servi- ele gostarla de ouvlr de t~ qua1 vantagern ter6, ram desses artificios como proteg6es; todavia, caso frequente tua cornpanh~al De nossa parte sobre isso, n60 estou de acordo com eles e ndo & o que ternos a te d~zsr" creio qua eles tenham alcangado o f~m que pre- Entdo Protbgoras, ern troca, dlsse "Jovsrn, tendlam: com efeito, aos qua det6m o podar nos caso me frequantes, ter6s a vantagem, desds cidades ndo escapa a finalidade desses pretex- o prlmelro dm que passarss em rnlnha cornpatos; a maioria, na verdade, nada percebe, e aps- nhla, de voltar para casa rnelhor do qua antes, nos repete em coro aquilo qua aqueles proclamom. Ora, 6 empresa maluca tentar escapar sem e o memo no segundo do, e, asslrn, dla ap6s dra far& continuos progresses para o rnelhor" conseguir e deixar-se ao inv&s descobrir, e, na- Eu, ouv~ndo-o, d~sse "Pr~tagoras, o que turalrnente. faz com que os outros f~quern muito d~zes ndo & nada extraord~nar~o, mas 6 normal, mais irritados, porque pensam que quem faz isso urna vez que tambBm tu, srnbora sendo asslrn seja, al&m do mals, tombhm engonador. Por isso avangado sm anos e tdo skbro, ss algu6rn dseu tomel um caminho complatamente oposto ao vesse ensrnar-te algurna colsa que n60 sabes, seguido par eles: admito abertamente ser um tornar-twos melhor Mas ndo C deste rnodo qua sofista e educar os homens e penso que esta, ~sto 6, admitir abertamente ao inv&s de negar. deves responder, e slm data outra Forma Supde que H~pocrates rnudasss ds dsssjo s qurseja cautela melhor do que a outra. E, al&m des- sssse frequentar aquele jovarn que hd pouco ta, tornei tambGm ulteriores precaugdes, de rnodo velo para Rtenas Zeus~po de Heraclb~a, e qus, a ndo sofrer, com o auxilio de Deus, nenhum mal, ~ndo a els, como agora velo a t~, ouvlsse d~zer pelo Fato de admitir abertamente que sou um as rnssrnas colsas qua ouvlu de tr, ou ssja,
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AS ORIGENS GREGAS DO PENSAMENTO OCI
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