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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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I. 0 declinio <strong>da</strong> cisncia helenistica<br />

Roma torna-se<br />

Ji vimos que o momento magico <strong>da</strong><br />

cihcia helenistica foi relativamente breve<br />

(cerca de um siculo e meio).<br />

0 ano de 145 a.C. marca a primeira<br />

grande crise do Museu e <strong>da</strong> Biblioteca. 0<br />

rei Ptolomeu Fiscon entrou em grave desen-<br />

tendimento com os intelectuais gregos por<br />

motivos politicos e, n5o podendo domar a<br />

resistincia deles, constrangeu-os a abando-<br />

nar Alexandria. 0 fato marcou a ruptura<br />

<strong>da</strong> grande alianga entre os representantes <strong>da</strong><br />

inteligtncia grega e o trono egipcio, abrin-<br />

do um period0 de decadhcia que se torna-<br />

ria irreversivel. Depois, o Museu e a Biblio-<br />

teca retomaram suas ativi<strong>da</strong>des, mas em tom<br />

decidi<strong>da</strong>mente menor.<br />

0 ano de 47 a.C. marca a segun<strong>da</strong> eta-<br />

pa <strong>da</strong> crise. Durante a campanha de Cesar<br />

no Egito, a Biblioteca foi incendia<strong>da</strong>. Nesse<br />

momento, antes do inctndio, seus livros ha-<br />

viam atingido um total de setecentos mil,<br />

cifra enorme para a ipoca. Salvaram-se mui-<br />

tos livros do incindio, mas as per<strong>da</strong>s foram<br />

irrecuperiveis e, portanto, muito graves.<br />

Em 30 a.C., Otaviano conquistou Ale-<br />

xandria, e o Egito tornou-se provincia do<br />

Impk+o romano.<br />

E compreensivel, portanto, que, na era<br />

imperial, Alexandria ja nio desempenhasse<br />

um papel nem de longe comparavel ao que<br />

desenvolvera na era helenistica. Roma tornou-<br />

se o novo centro, onde os interesses eram<br />

outros e outra a tempera espiritual. 0 s roma-<br />

nos tinham interesses praticos e operativos,<br />

apreciando resultados concretos e imedia-<br />

tos. Em suma: para os romanos, era estra-<br />

nha exatamente a dimensio especulativo-<br />

teoritica que, como vimos, alimentara n5o<br />

s6 a grande filosofia grega, mas tambim a<br />

grande citncia helenistica.<br />

Assim, nio i dificil compreender por<br />

que a era imperial foi uma era de epigonos,<br />

de figuras de segundo plano, salvo algumas<br />

exceqoes significativas, sobretudo no campo<br />

<strong>da</strong> astronomia com Ptolomeu, em Alexan-<br />

dria, e no campo <strong>da</strong> medicina com Galeno,<br />

em Roma. Falaremos agora dessas duas<br />

grandes figuras <strong>da</strong> ciincia, at6 porque a he-<br />

ranqa que deixaram constituiu ponto de re-<br />

ferincia ati os tempos modernos, sendo<br />

como que uma grande ponte entre a anti-<br />

gui<strong>da</strong>de e o mundo moderno.

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