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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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Caph10 primeiro - Ggnese, natureza e desenvolvime~to <strong>da</strong> filosofia aotiga<br />

outras formas de vi<strong>da</strong> espiritual, ela os trans-<br />

formava estruturalmente, <strong>da</strong>ndo-lhes forma<br />

rigorosamente 16gica.<br />

OS conIqeci~\entos cientlficos<br />

egipcios e caldeks<br />

opera<strong>da</strong> pelos gvegos<br />

0s gregos, ao invts, adotaram dos orien-<br />

tais alguns conhecimentos cientificos. Com<br />

efeito:<br />

a) dos egipcios derivaram alguns co-<br />

nhecimentos matematico-geomitricos;<br />

b) dos babil6nios, alguns conhecimen-<br />

tos de astronomia.<br />

To<strong>da</strong>via, tambim em relaqiio a esses<br />

conhecimentos precisamos fazer alguns es-<br />

clarecimentos importantes, indispens5veis<br />

para compreender a mentali<strong>da</strong>de grega e a<br />

mentali<strong>da</strong>de ocidental que dela derivou.<br />

a) Ao que sabemos, a matemitica egip-<br />

cia consistia de mod0 predominante no co-<br />

nhecimento de operagoes de cilculo arit-<br />

mitico com objetivos praticos, como, por<br />

exemplo, o mod0 de medir certa quanti<strong>da</strong>-<br />

de de gtneros alimenticios, ou entiio de di-<br />

vidir determinado niimero de coisas entre<br />

um nfimero <strong>da</strong>do de pessoas. Assim, analo-<br />

gamente, a geometria tambim devia ter ca-<br />

rater predominantemente pratico, respondendo,<br />

por exemplo, 5 necessi<strong>da</strong>de de medir<br />

novamente os campos depois <strong>da</strong>s inun<strong>da</strong>q6es<br />

~eri6dicas do Nilo, ou a necessi<strong>da</strong>de<br />

de projeqiio e construq20 <strong>da</strong>s pirimides. E<br />

claro que, ao obterem tais conhecimentos<br />

matematico-geomitricos, os egipcios desenvolveram<br />

uma ativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> raziio - ativi<strong>da</strong>de,<br />

alias, bastante considerivel. Mas,<br />

reelaborados pelos gregos, tais conhecimentos<br />

se tornaram algo muito mais consistente,<br />

realizando ver<strong>da</strong>deiro salto qualitativo.<br />

Com efeito, sobretudo por intermidio<br />

de Pitagoras e dos Pitag6ricos, os gregos<br />

transformaram aquelas noqoes em uma<br />

teoria geral e sistematica dos numeros e<br />

<strong>da</strong>s figuras geomitricas, indo muito alim<br />

dos objetivos predominantemente praticos<br />

aos quais os egipcios parecem ter-se limitado.<br />

b) 0 mesmo vale para as noq6es astronGmicas.<br />

0s babilbnios as elaboraram com<br />

objetivos predominantemente praticos, ou<br />

seja, para fazer hor6scopos e previs6es. Mas<br />

os gregos as purificaram e cultivaram com<br />

fins predominantemente cognoscitivos, por<br />

causa do espirito "teoritico" que visava ao<br />

amor do conhecimento puro, o mesmo espirito<br />

que, como veremos, criou e nutriu a<br />

filosofia. No entanto, antes de definir em<br />

que consiste exatamente a filosofia e o espirito<br />

filos6fico dos gregos, devemos desenvolver<br />

ain<strong>da</strong> algumas observaqoes preliminares<br />

essenciais.<br />

Uma Esfinge<br />

(Atenas, Museu <strong>da</strong> Cerimica).<br />

5<br />

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