12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A Iogica, que Aristoteles chamava de analitica, n3o entra no esquema geral<br />

<strong>da</strong>s ciencias.<br />

Ela constitui, com efeito, uma proped@utica a to<strong>da</strong>s as ciencias<br />

(e, portanto, liga-se, ao mesmo tempo, com a teoretica, t[$~~~<br />

com a pratica e com a poietica). A Iogica mostra como procede<br />

is outras ci6ncias<br />

o pensamento, sobre a base de quais elementos e segundo qua1 + ,<br />

estrutura.<br />

0s elementos primeiros do pensamento sao as categorias: isso significa que,<br />

se decompusermos uma proposiqao simples (por exemplo, "Socrates corre") obte-<br />

remos elementos (por exemplo, "Socrates" e "corre"), de qual-<br />

quer mod0 reportaveis a uma <strong>da</strong>s categorias (por exemplo, AS categorias<br />

"Socrates" a categoria <strong>da</strong> substdncia, e "corre" a categoria do -+ § 2<br />

agir).<br />

As categorias sao, portanto, os generos supremos (alem do ser, como vimos<br />

na metafisica) tambem do raciocinio e justamente por isso sao tambem chama<strong>da</strong>s<br />

de "predicados".<br />

Das categorias niio e possivel fornecer uma definiqao. Com efeito, para definir<br />

um conceit0 e precis0 o genero proximo (por exemplo, no caso do homem,<br />

"animal") e a diferenqa especifica, a diferenqa que distingue a especie do objeto<br />

em questgo em relaqio a to<strong>da</strong>s as outras (por exemplo, no caso<br />

do homem, "racional": <strong>da</strong>qui a definiqso do homem, como "ani-<br />

A definiqdo<br />

mal racional"). Ora, no caso <strong>da</strong>s categorias nao existe um g&-<br />

nero mais amplo que as possa incluir, porquanto sio os gene-<br />

+ § 3<br />

ros mais universais. Conseqijentemente, e impossivel defini-las.<br />

lndefiniveis sao tambem os individuos, por sua particulari<strong>da</strong>de: destes e pos-<br />

sivel apenas a percepqao. .<br />

Ao contrario, perfeitamente definiveis sao to<strong>da</strong>s as nocbes que estao em varios<br />

niveis entre a universali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s categorias e a particulari<strong>da</strong>de dos individuos.<br />

Ver<strong>da</strong>de ou falsi<strong>da</strong>de se tGm nio nas definiqbes, mas no o julgamento<br />

"julgamento", e na sua enunciaq30, ou seja, na "proposiq30". e a proposigdo<br />

Na proposiqao se colocam nexos precisos (afirmativos ou nega- 4 3 4<br />

tivos) entre um predicado e um sujeito: ora, se tais nexos cor-<br />

respondem aos nexos que existem na reali<strong>da</strong>de, ter-se-a um julgamento ver<strong>da</strong>dei-<br />

ro (e, portanto, a proposiqao ver<strong>da</strong>deira); caso contrario, falso.<br />

0 raciocinio ver<strong>da</strong>deiro e proprio, porem, nao consiste no julgamento apenas,<br />

mas em uma seqiiencia de julgamentos oportunamente ligados. A conexao<br />

rigorosa e perfeita dos julgamentos constitui o silogismo.<br />

0 silogismo (por ex.: "se todos os homens sao mortais / e o si~ogismo,<br />

se Socrates e um homem / entao Socrates e mortal") liga tr@s como forma<br />

proposiqbes, <strong>da</strong>s quais as duas primeiras sao chama<strong>da</strong>s de pre- perfeita<br />

missas, e a terceira de conclus20.<br />

do raciocinio<br />

A dobradiqa do julgamento e o termo medio (no exem- +§5<br />

plo: "homem"), que e o que nao aparece na conclusao.<br />

Da posi@o do termo medio nas premissas Aristoteles deduz as varias formas<br />

de silogismo.<br />

Alem destas diferenqas tecnicas, ha tambem varios modos de considerar o<br />

silogismo. Com efeito, posso considera-lo apenas de um ponto de vista formal (ou

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!