12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

concreto, <strong>da</strong>do que os homens s5o como siio,<br />

a forma melhor C a politia, que C substan-<br />

cialmente uma constituiqio que valoriza o<br />

segment0 midio. Com efeito, a politia i pra-<br />

ticamente carninho intermediArio entre a oli-<br />

garquia e a democracia ou, se assim se preferir,<br />

uma democracia tempera<strong>da</strong> pela oligarquia,<br />

assumindo-lhe os miritos e evitando-lhe os<br />

defeitos.<br />

0 Cstado ideal<br />

Como o fim do Estado C moral, C evi-<br />

dente que aquilo a que ele deve visar C o<br />

increment0 dos bens <strong>da</strong> alma, ou seja, o in-<br />

cremento <strong>da</strong> virtude. Com efeito, escreve<br />

Aristoteles, "podemos dizer q9e feliz e flo-<br />

rescente C a Ci<strong>da</strong>de virtuosa. E impossivel<br />

que tenha exitos felizes quem nio cumpre<br />

boas aqdes e nenhuma boa aqiio, nem de um<br />

individuo, nem de uma Ci<strong>da</strong>de, pode reali-<br />

zar-se sem virtude e bom senso. 0 valor, a<br />

justiqa e o bom senso de uma Ci<strong>da</strong>de tCm a<br />

mesma potcncia e forma cuja presenqa em<br />

um ci<strong>da</strong>diio privado faz com que ele seja<br />

considerado justo, ajuizado e sibio."<br />

Aqui, de fato, reafirma-se o grande<br />

principio plat6nico <strong>da</strong> correspondikcia en-<br />

tre o Estado e a alma do ci<strong>da</strong>diio singular.<br />

Para Aristoteles, a Ci<strong>da</strong>de perfeita de-<br />

veria se-lo a medi<strong>da</strong> do homem: nem de-<br />

mais populosa, nem muito pouco. TambCm<br />

o territorio deveria ter caracteristicas ana-<br />

logas: grande o bastante para satisfazer as<br />

necessi<strong>da</strong>des sem produzir o supCrfluo. As<br />

quali<strong>da</strong>des que os ci<strong>da</strong>diios deveriam ter sio<br />

as caracteristicas proprias dos gregos: um<br />

caminho intermidio, ou melhor, uma sinte-<br />

se <strong>da</strong>s caracteristicas dos povos nordicos e<br />

dos povos orientais. 0s ci<strong>da</strong>dios (que, como<br />

sabemos, s5o aqueles que governam direta-<br />

mente) seriio guerreiros quando jovens, de-<br />

pois conselheiros e, quando velhos, sacer-<br />

dotes. Desse modo, seriio adequa<strong>da</strong>mente<br />

desfrutados, na justa medi<strong>da</strong>, a forqa que *<br />

hi nos jovens e o bom senso que hi nos ve-<br />

lhos. Por fim, como a felici<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong>de<br />

depende <strong>da</strong> felici<strong>da</strong>de dos ci<strong>da</strong>diios singula-<br />

res, seria necesshrio tornar ca<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>diio o<br />

mais possivel virtuoso, mediante adequa<strong>da</strong><br />

educaq5o.<br />

Viver em paz e fazer as coisas belas<br />

(contemplar) 6 o ideal supremo a que deve<br />

visar o Estado.<br />

Portanto, diz Aristoteles, C precis0 fa-<br />

zer guerra apenas tendo como finali<strong>da</strong>de a<br />

paz, trabalhar para poder libertar-se <strong>da</strong>s<br />

necessi<strong>da</strong>des do trabalho, fazer as coisas<br />

necessarias e uteis para poder ganhar o li-<br />

vre repouso, e enfim fazer as coisas belas,<br />

isto 6, contemplar.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!