História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
E com ele d~rrges o razbo<br />
comum, qua em todos penetra,<br />
tocando lgualmente o grande<br />
e os menores lumes,<br />
e por ISSO, Senhor, tu, asslm tbo grande,<br />
tens o alto senhor~o em todo tempo.<br />
Sobre a terra nenhuma obra se realm,<br />
Dsus, sem tr, nem para a sagra<strong>da</strong> ssfera<br />
do amplo c&u, nem entre os ab~smos mar~nhos;<br />
axceto as que espirrtos perversos<br />
Se Zendo foi o Fun<strong>da</strong>dor do Otod, Crisifazem,<br />
segu~ndo ssus conselhos rd~otas.<br />
po foi seu sisternatizador, enquanto escre-<br />
Mas at6 mesmo os excessos nlvelar sabes,<br />
veu urna quontidode de obras ver<strong>da</strong>dsira<strong>da</strong>r<br />
ordem d desordem; s60 caras<br />
rnante imponante, que tiverarn irnport6ncia<br />
a tr as crraturas Inrmlgas de t~:<br />
excepcional.<br />
o todo, junto, em harmonla, Senhor,<br />
Dele escolhernos as passagens ern que<br />
tu reunrste, o bem, o mal, de modo<br />
sa exalta o "sdbio" qua encarno a vido<br />
que uma razbo, hca de todos.<br />
estoico. Recor<strong>da</strong>rnos qua o figura do sdbio<br />
ss desenvolve s v~ve para a etern~<strong>da</strong>de.<br />
era o paradigma vivo de vi<strong>da</strong> e, portanto,<br />
E s~s que <strong>da</strong>la partem, fug~ndo,<br />
um ponto de refer6ncia essenciol. Certarnenaqusles<br />
mortars <strong>da</strong> alma corromp~<strong>da</strong>,<br />
te os Estoicos dovarn 2, figuro ernblsrndtica<br />
miseros, que aln<strong>da</strong> vbo em todo tempo<br />
do 'sdbio" urn valor quase mitico. To<strong>da</strong>via,<br />
procurando adqulr~r sau bem,<br />
estavorn firrnsmente convencidos (apsnas<br />
mas nbo v&em a la un~versal<br />
S2neco rnanifestou olgurna dcjvi<strong>da</strong> a propode<br />
Deus, e nbo ouvam mas sua voz,<br />
sito) do perfeita possibili<strong>da</strong>ds de rsalizar o<br />
pols, se a SeguIssem com bom senso,<br />
modelo. 0 sdbio pode atuar a virtude do<br />
podenam gozar a mas bela v~<strong>da</strong><br />
hornem (e, portanto, ser feliz) tarnbarn entre<br />
Mas par SI ca<strong>da</strong> um ora esta procura,<br />
tormentos. lsto 6 afirrnodo tambarn pelos<br />
ora aquele desastre, na sua rd~ot~ce.<br />
Ep~curistas, mas corn (parcial) incosr6ncia corn<br />
um para adqu~r~r fama, em asperas corr~<strong>da</strong>s<br />
o Fun<strong>da</strong>rnento de ssu sisterno, que punha o<br />
de amb~c~osos cul<strong>da</strong>dos & todo preso;<br />
bern no prazer (ain<strong>da</strong> que racionolmente<br />
outro 00 ganho dlnge seus pensamentos<br />
entendido) s o ma1 na dor; os Estoicos, possm<br />
moderag50 e ssm qualquer decoro,<br />
ram, que separavarn clararnente o bern a o<br />
outro arn<strong>da</strong> busca uma v~<strong>da</strong> ~nljt~l,<br />
ma1 dos prazeres e <strong>da</strong>s dores, pondo estas<br />
e para gozar todo prazer carnal,<br />
cjltirnas entre os "indiferentes", acabavarn<br />
ora Ievado a uma colsa, ora a outra,<br />
sendo rnuito rnois cosrentes. Tornou-se bos-<br />
~nsacrado e sempre ~nsat~sferto,<br />
tante farnoso o episddio norrado por Ckero,<br />
no entanto faz com todo empenho e cu~<strong>da</strong>do<br />
do qua1 foi protagonisto o estoico Possidbnio<br />
que tudo acontqa contra seu desejo.<br />
(que viveu entrs os sacs. I1 e I a,(.). Quando<br />
Mas tu, drspsnsador de todos os bens,<br />
o grande Pornpsu Foi procurd-lo, snquanto<br />
senhor dos nrmbos e do lum~noso ra~o<br />
estava grovernente doente, corn Fortissimos<br />
do erro desv~as os homens todos,<br />
dores de artrite, rnanteve discusstio s fez<br />
s a 1gnor6ncla qua a sofrer os leva,<br />
palestra entre as dores, exclarnando: "No<br />
6 Pal, tu <strong>da</strong> alma afugentas<br />
entanto ntio conseguirds, dor! 6s coisa graca<strong>da</strong><br />
um, e fazes qua co<strong>da</strong> um alcancs<br />
ve, sirn, mas jamais adrnitirei que seja urn<br />
o teu pnsamento,<br />
rnal". 0 mold apenos o moral, ndo o flsico.<br />
sobre o qua1 apo~ando rqes<br />
No bern moral que otua s no paz intsrior que<br />
com a JustlCa o unlverso ~ntelro;<br />
alcanp, o 'sdbio", conF0rm.e 0s Est6icos, se<br />
de mod0 qua<br />
assernelha a Zeus.<br />
de tal honra por t~ drgnrhcados,<br />
n6s te prestamos por nossa vez honra,<br />
cc?lebrando com hrnos sem f~m<br />
as tuas obras.<br />
asstm como conv6m ao mortal.<br />
1. A figura do sabio<br />
Nbo hd mots alto valor<br />
E o sabio, servindo-se nos coisas por ele<br />
tanto para os homens como para os deuses feitas <strong>da</strong> experi&ncia do vi<strong>da</strong>, faz tudo bem,<br />
que, cam h~nos, louvar como se deve<br />
de forma prudente, modera<strong>da</strong> s conforme as<br />
a comum la qua governa o mundo<br />
outras virtudes; o idiota, ao contrdrio, de mo-<br />
Cl~anto. H~no a Z~us do mau. E o sClbio 6 grande, firme, alto, forte.