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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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304 Sexta parte - A s escolas filus6ficas <strong>da</strong> em heienistiio<br />

aquela natureza, sio apenas aparhcias in-<br />

diferentes, sem medi<strong>da</strong> e indiscrimina<strong>da</strong>s.<br />

0 sucesso alcanqado por Pirro t bas-<br />

tante significativo: com efeito, ele demons-<br />

tra que niio nos encontramos diante de um<br />

caso esporadico nem de um sentir estranho<br />

a sua Cpoca, devido as influhcias do Orien-<br />

te, mas que, ao contririo, encontramo-nos<br />

diante de um homem que foi essencialmente<br />

considerado como modelo e ate' como inte'r-<br />

prete dos ideais <strong>da</strong> sua e'poca. Muitos dos<br />

tragos do sibio estoico refletem os traqos do<br />

sibio cttico; o pr6prio Epicuro admirava o<br />

mod0 de viver de Pirro e freqiientemente pe-<br />

dia a Nausifanes noticias dele. Em sua pi-<br />

tria, Pirro foi estimado e honrado a ponto<br />

"de ser eleito sumo sacerdote", e Timon che-<br />

gou a canti-lo como "semelhante a um Deus".<br />

-<br />

As coisas em si sao indiferencia<br />

indiscrimina<strong>da</strong>s.<br />

Niio existe ver<strong>da</strong>de certa.<br />

Segue-se que o homem<br />

sem inclinaciio, I sem opiniiio<br />

indiferente ou seja, deve abster-se<br />

I do julgamento, -<br />

porque ndo existe na<strong>da</strong><br />

porque nlo existem<br />

We seja digno de interesse as condi~6es para formular<br />

e de temor julgamentos ver<strong>da</strong>deiros<br />

0 discipulo mais significativo de Pirro<br />

foi Timon de Fliunte (nascido entre 325 e<br />

320 a.C. e morto entre 235 a 230 a.C.).<br />

A importhcia de Timon reside em ter<br />

posto por escrito as doutrinas do mestre,<br />

em te-las sistematizado e em ter tentado<br />

p6-las em confront0 com as dos outros fi-<br />

losofos, lanqando-as assim em circulaqiio.<br />

Se Timon niio houvesse existido, a histo-<br />

ria do ceticismo provavelmente nio teria<br />

sido a que foi e o patrim6nio pirroniano<br />

talvez tivesse sido em grande parte disper-<br />

sado.<br />

Segundo algumas fontes, com Timon<br />

a Escola acaba e silencia at6 o sCc. I a.C.<br />

Outras fontes, ao contririo, <strong>da</strong>o uma lista<br />

de nomes que atestariam a continui<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

Escola at6 Sexto Empirico e Saturnino, que<br />

foram os Gltimos ctticos <strong>da</strong> antigui<strong>da</strong>de.<br />

Mas, mesmo que tenha sido assim, os re-<br />

presentantes <strong>da</strong> Escola, depois de Timon e<br />

Enesidemo, permaneceram apenas como<br />

nomes vazios, privados de significado. Com<br />

Enesidemo inaugura-se, na reali<strong>da</strong>de, uma<br />

nova fase do Ceticismo, <strong>da</strong> qua1 falaremos<br />

no proximo capitulo.<br />

sern exprimir<br />

julgamentos<br />

(= afasia)<br />

porque seriam imediatament<br />

, desmentidos pelos fatos

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