História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Os comportamantor<br />
de ~iojanes<br />
a seu significado smblematico<br />
0s modos corn que Diogsnss se vestiu<br />
s se cornportou no ero heleni'stico s imperiol<br />
tornorom-ss vsrdodsiroments emblemdticos.<br />
lodovia, o qus aindo hoje parmonecs<br />
significotivo 8 seu vogueor ds dio corn o lon-<br />
tsma oceso, pronunciando o frose: 'Procuro<br />
o homern". Corn evidsnte e provocative iro-<br />
nio, ele querio comunicor esto mensogem:<br />
procuro o homem qus vive o vi<strong>da</strong> no suo mois<br />
out8ntica sss&ncio, ou seja, o hornem qus,<br />
poro aldrn de todos as sxterioridodss e con-<br />
veng6es sociais, e poro ol8m do proprio co-<br />
pricho do destino s <strong>da</strong> sorts, sobe viver se-<br />
gundo a noturm, qus exige pouquissimo, e<br />
sobs ser feliz.<br />
Chegando em Rtenas [Diogenes] deparou<br />
corn Antistenes. Uma vez que esta, n6o querendo<br />
acolher ninguhm como aluno, o rejeitava, ele,<br />
perseverando assiduamente, conseguiu vencer.<br />
€ urna vez que'Rntistenes estendeu o bast60<br />
contra ele, Diogenes ofer~eu-lhe a cab~a, acrescentando:<br />
"Pods golpear, pois n6o sncontrnr6s<br />
urn bast60 t6o duro que possa me fazsr deslstir<br />
de obter que me digas algo, como a mim parece<br />
que devas". A partir <strong>da</strong>i tornou-se seu ouvinte<br />
a, destsrrado como ero, passou a ter um teor<br />
de vi<strong>da</strong> modesto.<br />
Teofrasto, em seu Megdrico, conta que<br />
certa vez Di6genas viu um rato correr de c6 e<br />
de Ib, sem meta (n6o procurava urn lugar para<br />
dormir nem tinha medo <strong>da</strong>s trevas nem desejava<br />
qualquer coisa considera<strong>da</strong> desej6vel) a,<br />
assim, <strong>da</strong>scobriu o remBdio para suas dificul<strong>da</strong>des.<br />
Segundo alguns. foi o primsiro a dobrar<br />
o manto pela necessi<strong>da</strong>de tamb&m de<br />
dormir dentro dele, s carrsgava um bornal para<br />
a corni<strong>da</strong>; sarvia-se indiferantemente <strong>da</strong> todo<br />
lugar para qualqusr uso, para comer ou para<br />
dorrn~r ou para conversar. E costumava dizer<br />
que tamb&m os atsnienses Ihe haviam providenciado<br />
onde pudesse rnorar: indicava o portico<br />
de Zeus e a Sala <strong>da</strong>s procissdes. [...I<br />
Certa vez tinha pedido a alguBm que Ihe<br />
providenciasse uma casinha; corno o outro<br />
dernorava, ele escolheu como habita~bo urn<br />
tonel que estavn [na locali<strong>da</strong>de do] Metroo.<br />
conforme el@ proprio atesta nas Epistolos. No<br />
ver6o rolava sobre a areia ardente, no inverno<br />
abrapva as estdtuas cobertns de nave, querendo<br />
de todo modo fortalecer-se para as dificul<strong>da</strong>des.<br />
[. . .]<br />
Durante o dla vagumva corn a lanterna aceso,<br />
dizendo: "Procuro o homem".<br />
D~OQG~S k&rcio, \/i<strong>da</strong>s dos fi/osofos.<br />
A vido do Cinico, poro Diogenes, ss ba-<br />
seovo sobre o exercicio s sobre o fodigo,<br />
considerados como instrumentos necessdrios<br />
poro vivsr fellzes, porn sobsr dominar todos<br />
os prozeres e pora olconpr o pleno liber-<br />
dode.<br />
Um tipo ds vido como ests levovo o ho-<br />
mam, por foro de todo vinculo sociol, o con-<br />
siderar-sa cidoddo do mundo inteiro, em umo<br />
dimensdo cosmopolite.<br />
Dizia qua o exercicio & duplo: espiritual s<br />
fisico. Na prbtica constants do' exercicio fisico<br />
formam-se pensamentos que tornam mais rClpi<strong>da</strong><br />
a atua$~o do virtude. 0 exercicio fisico se<br />
integra e sa realiza corn o exercicio espiritual. 0<br />
boa condi~60 fisica e a forca s6o os elementos<br />
fun<strong>da</strong>menta~s para a snljde <strong>da</strong> alma s do corpo.<br />
Suportava provas para demonstrar qua o<br />
exercicio fisico contribui para a conquisto do virtude.<br />
Observava que tanto os humildes artes6os<br />
corno os grclndes ortistas tinham adquirido not6vel<br />
habili<strong>da</strong>de pelo constante exsrcicio <strong>da</strong> sua<br />
arta, e que os aulstss' s os atlatas dsviam sua<br />
superiori<strong>da</strong>de a um assiduo s trabalhoso ernpenho.<br />
€ se estes tivessem transferido seu ampsnho<br />
tambhm para a aha, teriam conseguido<br />
resultados irteis s concretos.<br />
Sustentava por isso que na<strong>da</strong> se pode<br />
obter no vi<strong>da</strong> sem exercicio; ali6s, o exercicio &<br />
'Tocodores de ou16s. Instrumento corocterist~co<br />
de lin-<br />
guetn com dois cnnudos.