História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
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Quints parte - ~4rist6teles<br />
ou com a190 de d~verso ou com a190 que se 6 sampre superior ao paciente e o principio &<br />
encontra em uma cond@o d~versa Em geral, superior b mathria [. . .]. Separado [do mat&ria],<br />
portanto, como os objetos sdo separados <strong>da</strong> ele & somsnte aquilo que justamente 6, e apemat6ria.<br />
asslm vem a encontrar-se o lntelecto nas este & imortal e eterno [. . .].<br />
Podsriamos Ievantar uma quest60 se o Mas o intelecto parece estar em nos como<br />
~ntelecto & s~mples e rmpassivel, e n6o tern na<strong>da</strong> urna reali<strong>da</strong>de substancial e nBo se corromper.<br />
em comum com qualquer corsa, corno aF~rma Corn sfeito, coso se corrompesse, deveria corrom-<br />
AnaxClqoras, ds que podo pensar6, se o pen- per-se pelo enfraquecimento <strong>da</strong> velhice. Ora,<br />
sar & uma esp&c~e <strong>da</strong> soker? (De fato, & en- ocorre ao inv&s aquilo que sucede 00s orgdos<br />
quanto dols entes t&m a190 em comum, que urn sensoriais: se um velho recebesse um olho adeparece<br />
aqlr e o outro sofrer). RlBm d~sso o rnte- quado, veria do mesmo modo que um jovem.<br />
Iecto & ele mesmo ~ntelrgivel? De fato ou tam- Portanto, a velhice n6o 0 devi<strong>da</strong> a urna aFec~Bo<br />
b&m os outros seres serdo dotados de rntelec- clue a alma soks, mas ao sujeito em que a alma<br />
to, se o lntalecto ndo 6 ~ntel~givel medmte se encontra, corno aconteca nos estados deemalquma<br />
outra com a sa o ~ntel~givel & 0190 as- briaquez e nos doenps. R ativi<strong>da</strong>de do pensar<br />
peclflcamsnte Onlco; ou o mtelecto tsr6 m~stu- e do especular se enFraquece quando outra<br />
rado em sr alqb qua o torna ~ntel~givel como o<br />
sdo os outros seres Ora, em rela(do ao soker<br />
parts dentro do corpo se desgasta, mas ela 0<br />
por si impassivel (opothas). 0 raciocinar, o amar<br />
em vlrtude de um elemento em comum dlscutlu- e o odiar nBo sdo aFec~Oes do intelecto, mas<br />
scz anterrormente, s ~sso permrte af~rmar que o do sujeito que possui o intelecto, justomente<br />
intelecto & de certo mod0 potenc~almente os enquanto possui o intelecto. Por isso, uma vez<br />
rntel~give~s, mas em ato n6o 6 nanhum deles ~UG: este sujeito tenha perecido, ndo recor<strong>da</strong> e<br />
antes de pens6-10s. D~zemos " potenc~almente" ndo ama: com eFsito, recor<strong>da</strong>r e amar n6o s6o<br />
do mesmo modo que uma tabumha para escre- proprios do intelecto mas do compost0 que<br />
ver, sobre a qua1 n6o hap atualmente na<strong>da</strong> de pareceu e o intelecto & certamente 0190 de mais<br />
escrlto. 6 psecmmente este o caso do ~ntelec- divino e impassivel.<br />
to. Al8m drsso, ale propno 6 ~ntel~givel como o NBo h6 dirvi<strong>da</strong>, portanto, que a alma nBo<br />
sZlo os objetos rntel~give~s De fato, no caso dos 6 separClvel do corpo, ou ao menos ndo o sBo<br />
objetos sem matbr~a, o sujeto pensante e o algumas partes suas, se ela 6 por sua natureza<br />
objeto pensado sdo a mesma com, pols a c16n- divisivel: com efeito, a ental6quio de algumas<br />
c~a teorrca e seu objeto se rdentlf~cam (do Fato portes dsla s6o a entel8quio <strong>da</strong>s partes corde<br />
qua ndo ss psnse sempre, deveremos pro- respondentes do corpo. Mas na<strong>da</strong> impede que<br />
curar a causa) Ro ~nv&s, nos objetos que t&m ao menos alqumas outras partes sejam sepamat&rra<br />
ca<strong>da</strong> um dos rntel~givers est6 potsnclal- rbvsis, pelo motivo ds nBo serem ental6quios<br />
mante presents Por consegu~nte, os antes ma- de algum corpo.<br />
ter~a~s nBo ser6o dotados de ~ntelecto (uma No que se refere ao intelecto e 6 Facul<strong>da</strong>vez<br />
que o rntelecto & a facul<strong>da</strong><strong>da</strong> de conhecer de especulativa, na<strong>da</strong>, em certo sentido, & clatats<br />
antes sem suo matbrra), enquanto ele pos- ro: parece, porbm, qua se trata de urn g&nero<br />
surrd o ~ntelrgivel.<br />
de alma diverso e que ele apenas possa ser<br />
Ar~stotslss, /7 alma separado do corpo como o eterno do corruptivel.<br />
Ro contrdrio, as outras partes <strong>da</strong> alma &<br />
2. A irnortali<strong>da</strong>de do alma racionol<br />
claro [. . .] que ndo s6o separ6veis.<br />
Se, portanto, sobrar a190 tambhm depois<br />
[do corrup@o], 0 problema a ser exominado.<br />
Para alguns seres na<strong>da</strong> o impede: por exemplo,<br />
para a alma, ndo to<strong>da</strong> a alma, mas apenos<br />
a intelectiva; inteira seria impossivel.<br />
Rristotsles. /7 almo.<br />
Uma vez que em to<strong>da</strong> a natureza ex~ste<br />
al~o que 6 mat0r1a e que & propno de ca<strong>da</strong> g&naro<br />
de coms (e ~sto 6 o que est6 em pot&ncra<br />
em to<strong>da</strong>s as colsas) e alguma outra colsa<br />
que & cnusa eflcmte, enquanto produz a to<strong>da</strong>s,<br />
como o Foz, por exemplo, a arts com a mathrra,<br />
& necess6r10 que tamb&m na alma exrstam tars<br />
d~ferenc~ar;des E h6, portanto, um rntelecto potenc~al<br />
enquanto se torna to<strong>da</strong>s as colsas e h6<br />
urn ntelato agent@, enquanto produz to<strong>da</strong>s, que<br />
6 como um astado semelhante b luz com efelto,<br />
tamb8rn a Iuz em certo sentrdo torna as cores<br />
em pot&ncra cores em ato E este rntelecto<br />
8 separado, rmpassivel e ndo m~sturado e<br />
~ntacto por sua sss6ncla: corn sfelto, o agente<br />
~€tica<br />
a Nic6maco constitui umo dos ou-<br />
tros gron<strong>da</strong>s obros filosoficos de ~ristotales<br />
que sa imp& como ponto de refarhncio irnpres-