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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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Capitdo sexto - Plat60 e a<br />

Entre todos estes, quem conduziu sua vi<strong>da</strong> modos; alQm disso, como<br />

ds mod0 justo recebe sorte melhor, snquanto dos portadores Falem s q<br />

quem conduziu suo vi<strong>da</strong> injustaments recebe sil&ncio".<br />

sorte pior. Com efeito, ca<strong>da</strong> alma por dez mil "Falas de coisa bem estran<br />

anos n6o volta ao ponto de on<strong>da</strong> veio, porque de prisronerros bem estranhos".<br />

as asas n6o despontam antes <strong>da</strong>ste tempo, "560 semelhantes a nos", dl<br />

exceto em quem exercitou <strong>Filosofia</strong> ds mod0 to, acredrtas, em prrmeiro lugar,<br />

sincero ou amou rapazes com amor FilosoFico. 51 e dos outros outra corsa, a nb<br />

Estas almas, no terceiro giro de mil anos, se bras que o fogo projeta sobre a parte<br />

t~verem escolhido tr&s vezes em segui<strong>da</strong> tal vi<strong>da</strong>, verna drante <strong>da</strong>les?"<br />

recolocando <strong>da</strong>sse modo as asas, no terceiro "E como poder~am", disse, "se estbo<br />

mil&nio v6o embora. As outras, ao invQs, che- dos a manter a cabqa 1m6vel por to<strong>da</strong> a vi<br />

gando ao termo de sua primeira vi<strong>da</strong>, sofrerdo "E os objetos qua Ievam? Acaso n6<br />

um julgamento, a, depois de tarem sido julga- rdo, igualmente, apanas a sombra dsles?"<br />

<strong>da</strong>s, algumas descontam a pena indo a luga- "E como ndo?"<br />

res de axpia@o que estbo sob a terra; outras, "Se, portanto, estlvessem em grau de disao<br />

contrdrio, eleva<strong>da</strong>s pela sentenGa em lugar correr entre si, n6o acredrtas que consrderarrqualquer<br />

do cbu, levam uma vi<strong>da</strong> de modo cor- am como real~<strong>da</strong>de justumente aquelas colsas<br />

respondente ao modo ds vi<strong>da</strong> que Ievaram qua visem?"<br />

em forma humano.<br />

"Necsssar~amente~.<br />

No milQsimo ano, pois, umas a outras, che- "E se o cbrcere tivesse tambQm um eco<br />

gando ao momento do sorteio e <strong>da</strong> escolha do provenrente do parede <strong>da</strong> frente, to<strong>da</strong> vez que<br />

segun<strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, realizam a escolha, e ca<strong>da</strong> uma um dos passantes proferisse uma palavra, acreescolhe<br />

aquilo qua quer. E neste ponto, uma al- drtas que sles considerar~am que aquilo que<br />

ma humana pode tambQm passar para uma vi<strong>da</strong> profere palavras seja alguQm diverso do somde<br />

animal, 5 quem uma vez era homsm pods bra que passa?"<br />

ain<strong>da</strong> uma vez retornar de animal a homem. Mas "Por Zeus, ndo", respondeu.<br />

a alma qus jamais contemplou a ver<strong>da</strong>de nbo "Em co<strong>da</strong> caso, portanto", disse, "consrchagard<br />

B forrna de homem.<br />

<strong>da</strong>rartam qua o verdodstro 56 podsrra ser os<br />

Platbo, Fedro. sombras <strong>da</strong>quelas coisas ortificinrs".<br />

"For(osamente", concordou.<br />

"Consldero agora", prosssgur, "qual poderia<br />

ser a I~berta@o deles s a cura <strong>da</strong>s correntes<br />

"Depois disso", disse, "compara a uma con- e do rnsensatez, s sa nbo lhes acontecessem<br />

dic;do deste tipo nossa natureza em relasbo b sstas coisas: quando algubm fosse solto, a, logo,<br />

nossa educasbo espiritual e b falta de educa- Forpdo o levantar-se e a voltar o pescoc;~ s a<br />

q3o. lmagina que sstCIs vendo homens fecha- caminhar e Ievantar o olhar para a luz, e, Fazendos<br />

em habitasdo subterrdnea em Forma de do tudo isso, sxper~mentasse dor e, por causa<br />

caverna, qua tenha a entra<strong>da</strong> aberta para a luz do ofuscamento, frcassa mcapaz de reconhexer<br />

com uma largura que se estende por to<strong>da</strong> a as colsas <strong>da</strong>s quais antes vm as sombras, o<br />

mesma caverna; albm disso, que estbo ali des- que acrditas que ele responderra, caso alguQm<br />

de crian~as com as pernas e o pesco~o em cor- Ihe dissesse que antes vfa apenas sombras vas,<br />

rentas, de modo que devem permanecer para- e qua agora, ao contrano, estando mais perto<br />

dos e olhar somente diante de si, incapazss de <strong>da</strong> raal~<strong>da</strong>ds e voltado pcra coisas que t&m<br />

girar a cabe~a ao rsdor por causa <strong>da</strong>s corren- mals ser, v& mais corretamente, e. mostrandotes,<br />

e que, por trds deles e mais longs, ar<strong>da</strong> Ihe co<strong>da</strong> um dos objatos que passarn, o farpsuma<br />

luz de Fogo; e, Finalmente, que entre o Fog0 sa a responder, fazendo-lhe a pergunta "o que<br />

e 0s prisioneiros haja, no alto, um caminho, ao Q?". Pols bem, nbo cr&s que e l se encontraria<br />

longo do qua1 imagina vsr construi<strong>da</strong> uma em duvr<strong>da</strong>, s qua considerarra as coisas que<br />

mureta, como aquela divisoria qus os jogado- antes vra como mas ver<strong>da</strong>detras qus aquelas<br />

res pdem entre si G: os expectadores, sobre a que agora se Ihe apresentam?"<br />

qua1 mostram seus espetdculos de Fantoches". "Mu to", respondeu.<br />

"Estou vendo", disse.<br />

"E ss alguQm, entbo, o forgxse a olhar a<br />

"lmagina, entbo, que v&s, a0 long0 des- propria luz, n60 Ihe doeriain os olhos, e n60 fusa<br />

rnureta, homens qua Ievam instrumentos de giria, voltando-se para tr65. para aquelas coitodo<br />

tipo, que smergem acima do muro, e es- sas qua pode olhar, e nbo cons~deraria estas<br />

tatuas e outras Figuras de sera vivos Fabrica- coisas ver<strong>da</strong>deiramente mais claras que aquedos<br />

em pedra s em madeira e ds todos os las que Ihe Foram mostra<strong>da</strong>s?"

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