12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

para se dirigir ao circere e la permanecer<br />

com seu corpo. A ver<strong>da</strong>deira causa pela qua1<br />

S6crates foi para o careere e nele se encon-<br />

tra niio C de ordem meciinica e material, mas<br />

de ordem superior, representando um valor<br />

espiritual e moral: ele decidiu acatar o vere-<br />

dito dos juizes e submeter-se B lei de Ate-<br />

nas, acreditando que isso representasse para<br />

ele o bem e o conueniente. E, em conseqiiin-<br />

cia dessa escolha de carater moral e espiri-<br />

tual, ele, em segui<strong>da</strong>, moveu os musculos e<br />

as pernas, dirigiu-se para o circere, e 1i per-<br />

maneceu.<br />

A "segun<strong>da</strong> navegaqiio", portanto, leva<br />

ao reconhecimento <strong>da</strong> existencia de dois pla-<br />

nos do ser: um, fenomcnico e visivel; outro,<br />

invisivel e metafenominico, captavel apenas<br />

com a mente e, por conseguinte, puramente<br />

inteligivel.<br />

Podemos afirmar sem duvi<strong>da</strong> que a "se-<br />

gun<strong>da</strong> navegaqiio" plat6nica constitui uma<br />

conquista que assinala, ao mesmo tempo, a<br />

fun<strong>da</strong>qiio e a etapa mais importante <strong>da</strong> his-<br />

toria <strong>da</strong> metafisica. De fato, todo o pensamen-<br />

to ocidental seri condicionado definitiva-<br />

mente por essa "distinqiio", tanto na medi<strong>da</strong><br />

de sua aceitaqiio (o que C 6bvio), como tam-<br />

bim na medi<strong>da</strong> de sua niio aceitaqiio. Neste<br />

ultimo caso, na ver<strong>da</strong>de, teri de justificar<br />

polemicamente a n5o aceitaqiio e, por forga<br />

dessa polemica, continuari dialeticamente<br />

sempre condicionado.<br />

Depois <strong>da</strong> "segun<strong>da</strong> navegaqiio" pla-<br />

t6nica (e somente depois dela) C que se pode<br />

falar de "material" e "imaterial", "sensivel"<br />

e "supra-sensivel", "empirico" e "metaem-<br />

pirico", "fisico" e "suprafisico". E i A luz<br />

dessas categorias que os Fisicos anteriores<br />

se revelam materialistas e que a natureza e<br />

o cosmo niio aparecem mais como a totali-<br />

<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s coisas que existem, mas apenas<br />

como a totali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s coisas que aparecem.<br />

0 "ver<strong>da</strong>deiro ser" C constituido pela "rea-<br />

li<strong>da</strong>de inteligivel".<br />

0 +liperur&nio<br />

OM o m~ndo <strong>da</strong>s Jdkias<br />

Plat30 denominou essas causas de na-<br />

tureza niio-fisica, essas reali<strong>da</strong>des inteligi-<br />

veis, principalmente com os termos idba e

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!