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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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Capitulo qua?<br />

E tambt:m nests caso tornei-me inimigo<br />

tanto dele como do muitos outros.<br />

4. Socrates submete a exame<br />

tambrim os poetas<br />

Dspois disso, continuei corn or<strong>da</strong>m minhas<br />

pesquisas, parcebendo, porhm, com dor e me-<br />

do, que me tornava odioso. Flpesar disso pare-<br />

cia-me qua fosse necesshrio tar em grandissima<br />

considerqdo o orbculo do deus. Para tentar com-<br />

preander o que o orbculo dizia, eu devia procu-<br />

rar todos os que psnsam saber alguma coisa.<br />

Pois ban, ci<strong>da</strong>ddos atenienses - t: pre-<br />

ciso que lhes diga a ver<strong>da</strong>de -, o que me acon-<br />

taceu & o que segue. 0s que tinham maior fama,<br />

continuando a minha pssquisa por causa do<br />

orbculo do deus, pareceram-me ser quase to-<br />

dos privados de sabedoria em grau supremo;<br />

e, ao contrbrio, outros que Gram considerados<br />

de menor valor, erom homens que se encontra-<br />

vam mais perto <strong>da</strong> sabedoria.<br />

Mas devo mostrar-vos minha vagabun<strong>da</strong>-<br />

gem e as fadigas qua suportei, para que o dito<br />

do oraculo se tornasse irrefutbvsl.<br />

Depois de ter examinado os homens poli-<br />

ticos me dirigi aos poetas, os que compdem<br />

tragt:dias e os que escrevem ditirambos e tam-<br />

b&m os outros, na conviqdo de que nests cir-<br />

culo conseguiria,verificar para al&m de qualquer<br />

dljvidn o fato de qua sou mais ignorante do<br />

que eles. Tomava ssus poemas, os que me pa-<br />

reciam compostos do melhor modo s pergunta-<br />

va a eles o que pretendiam dizer, a fim de po-<br />

der tambbm eu aprender deles alguma coisa.<br />

Enverqonho-me de dizer-vos a ver<strong>da</strong>de,<br />

ci<strong>da</strong>ddos. Mas & preciso qus a diga!<br />

Todos os outros que estavam pressntes,<br />

por assim dizer, Falavam quase melhor do que<br />

eles sobra as coisas a respeito <strong>da</strong>s quais ales<br />

tinham composto poesias.<br />

Portanto, tambhm dos poetas cheguei<br />

logo a conhecer isso, ou seja, que eles ndo por<br />

sabedoria compunham as coisas que compu-<br />

nham, mas por csrto dom de natureza e porque<br />

eram inspirados por um deus, como os vates e<br />

os adivinhos. Tambt:m estes, com efeito, dizem<br />

muitas e belas coisas, mas ndo sabem na<strong>da</strong><br />

do que dizem. Um FenBmeno deste tipo pareceu-<br />

me ser tambQm o que se refere aos poetas. E,<br />

ao mesmo tempo, percsbi qua os poetas, por<br />

causa de sua poesia, se consideravam os mais<br />

sbbios dos homens tambt:m nos outras coisas<br />

em que ndo o eram.<br />

Rfastei-me, portanto, tombbm dsstes,<br />

com a persuasdo de valer mais pelo mesmo<br />

motivo pelo qua1 valia mais que os homens po-<br />

liticos.<br />

5. Por irltimo, Socrates<br />

submete a exame tambem os artesiios<br />

Concluindo, fui at6 os artasdos. Com sf<br />

to, eu estava perfeitamente consciente<br />

saber na<strong>da</strong> disto, para diz6-lo breve<br />

enquanto estava convencido de qua en<br />

ria estes com conhecrmentos de multas s belas<br />

co1sas<br />

(Suanto a ISSO, ndo me enganel De fato,<br />

eles t~nham conhecrmentos qua eu n6o trnha e,<br />

em relarpo a mlm, n~sto @ram mas sbblos.<br />

To<strong>da</strong>vra, c~<strong>da</strong>ddos atenlenses, pareceume<br />

que os poetas e vbrros artihces tlnham o<br />

mesmo defato Com eFe~to, pel0 mottvo de saberm<br />

exeratar bem sua arts, ca<strong>da</strong> urn debs<br />

estava convencldo de ser sap~entisslmo tamb&m<br />

em outras colsas grandiss~mas, s justamente<br />

este dsfe~to punha em segundo plano a sobedorla<br />

que de fato possuiam.<br />

Por rsso, cons~dsrando o responso do<br />

orbculo, coloquer a mrm mesmo a pergunta se<br />

terla acerto permanecer no estado em que me<br />

encontrava, ou seja, de ser nem sbb~o na<br />

sabedor~a <strong>da</strong>les, nem Ignorant@ na rgnordncra<br />

deles, ou de ter ambas as colsas qua eles<br />

t~nham<br />

R resposta que de~ a mlm a ao orbculo for<br />

que, para mlm, era melhor permanecer no sstado<br />

em qua me encontrava.<br />

6.0 significado do vaticinio:<br />

Socrates 6 o mais s6bio dos homarns<br />

porque sabe que a sabedoria humana<br />

6 um na<strong>da</strong><br />

De tal exam acurado, cr<strong>da</strong>ddos atentenses,<br />

me provreram mu1 tas ~nr mrzades, perr~osisslmas<br />

e gravisslmas, a ponto de surglrem delas<br />

multas calunlas, e tambBm me coube tat<br />

reputa

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