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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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algdm nunca pecasse, n50 seria homem; o<br />

pr6prio sibio, enquanto permanece homem,<br />

n5o pode deixar de pecar. 13/<br />

fraterni<strong>da</strong>de universal<br />

No imbito <strong>da</strong> Estoa, SGneca talvez te-<br />

nha sido o pensador que mais acentua<strong>da</strong>-<br />

mente contrariou a instituiq50 <strong>da</strong> escravidPo<br />

e as distinq6es sociais: o ver<strong>da</strong>deiro valor e<br />

a ver<strong>da</strong>deira nobreza sio <strong>da</strong>dos somente<br />

pela virtude, que esta indistintamente a dis-<br />

posig5o de todos, pois exige unicamente o<br />

"homem nu".<br />

A nobreza e a escravidiio social depen-<br />

dem <strong>da</strong> sorte; todos incluem servos e no-<br />

bres entre seus mais antigos antepassados;<br />

na origem, todos os homens eram inteira-<br />

mente iguais. A unica nobreza que tem sen-<br />

tido C a que o homem constroi para si na<br />

dimens50 do espirito. E eis a norma que<br />

SGneca prop8e para regular o mod0 como o<br />

senhor deve se comportar em relaq5o ao es-<br />

cravo e o superior em relaqio ao inferior:<br />

"Comporta-te com os inferiores como gos-<br />

tarias que se comportassem contigo aqueles<br />

que te s5o superiores." Trata-se de mixima<br />

que se aproxima bastante do espirito evan-<br />

gilico.<br />

No que se refere as relaq6es entre os<br />

homens em geral, SGneca p6e como fun<strong>da</strong>-<br />

mento a fraterni<strong>da</strong>de e o amor. A passagem<br />

seguinte expressa seu pensamento de mod0<br />

paradigmatico: "A natureza nos produz<br />

como irmiios, gerando-nos dos mesmos ele-<br />

mentos e destinando-nos aos mesmos fins.<br />

Ela inseriu em nos um sentimento de amor<br />

reciproco, com que nos fez sociaveis, deu a<br />

vi<strong>da</strong> uma lei de equi<strong>da</strong>de e justiqa e estabe-<br />

leceu, segundo os principios ideais de sua<br />

lei, que C coisa mais misera ofender que ser<br />

ofendido. Ela ordena que nossas m5os este-<br />

jam sempre prontas a fazer o bem. Conser-<br />

vemos sempre no coraq5o e nos Iabios aquele<br />

verso: 'Sou homem e n5o consider0 estra-<br />

nho a mim na<strong>da</strong> do que C humano.' Tenha-<br />

mos sempre presente esse conceit0 de que<br />

nascemos para viver em socie<strong>da</strong>de. E nossa<br />

socie<strong>da</strong>de humana i precisamente semelhan-<br />

te a urn arc0 de pedras que n5o cai justamen-<br />

te porque as pedras, opondo-se umas as<br />

outras, sustentam-se reciprocamente e, as-<br />

sim, sustentam o arco."

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