12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

,<br />

Segun<strong>da</strong> parte - A f~n<strong>da</strong>~do do pensamento filosbfico<br />

0 d~namlsmo do reoh<strong>da</strong>de, ~mplic~to no<br />

pensamento dos tr&s m~lenses, Q expl~c~tado<br />

por Her6cl1to de mod0 acentuado.<br />

€IS saus tr&s h-agmentos mals cdlebres<br />

a respelto.<br />

R quem desce no mesmo rio sobrevhm<br />

6guas sempre novas.<br />

Herdclito. fr. 12 D~als-Kronz.<br />

N60 se pode descer duas vezes no mesmo<br />

no s n6o se pode tocar duos vezes uma<br />

substancia mortal no mesmo estado, mas, por<br />

cousa <strong>da</strong> ~mpetuosr<strong>da</strong>de e <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

mu<strong>da</strong>np se espalha e se reune, vem e var.<br />

Herdcl~to. fr 91 D~sls-Kranz.<br />

Descemos e ndo descemos no mesmo no.<br />

n6s mesmos somos e n6o somos.<br />

Herdclrto, fr. 49a D~als-Kronz.<br />

<strong>da</strong> doutrina heraclitiana<br />

-- --<br />

Tal doutrina fol ~ndewdomente Ieva<strong>da</strong><br />

por alguns segudores ds suas extremas consequ&nc~as,<br />

corno comprova este testemunho<br />

de Rr~stoteles.<br />

RlQm d~sso, esses [aqueles que negarn a<br />

possibil~<strong>da</strong>de de alcangar a ver<strong>da</strong>de], vendo<br />

que to<strong>da</strong> a reall<strong>da</strong>ds sensivel @st6 em movrmento<br />

e que <strong>da</strong>qurlo que mu<strong>da</strong> ndo se pods<br />

dizer na<strong>da</strong> ds ver<strong>da</strong>derro, concluiram que ndo<br />

6 possivel dizer a ver<strong>da</strong>de sobre aqu~lo qua<br />

mu<strong>da</strong> em todo sentrdo e de to<strong>da</strong> manerra Dessa<br />

convicgdo derrvou a mals rad~cal <strong>da</strong>s doutnnas<br />

menciona<strong>da</strong>s: a qua professam aquales que<br />

55 dizsm segu~dores de HerCIclrto a que tamb4m<br />

Cr6tilo cond~vrdra. Este acabou por s~ conventer<br />

de qua n6o se dev~a nem mesmo falar,<br />

e se limitava a simplesmente mover o <strong>da</strong>do,<br />

reprovando at6 Heraclito por ter dito que n6o 6<br />

possivel banhar-se duos vezes no mssmo rio:<br />

Cratilo, com efeito, psnsava que n6o fosse pos-<br />

sivel nem mesmo uma vez.<br />

Flrist6tslss, MatoFisico, livro IV. 5.<br />

A harmonia dos opostos<br />

segundo a quo1 o'devir<br />

se dessnvolvs<br />

Para Her6cl1t0, o "tudo escorre"n60 era<br />

o ponto de chega<strong>da</strong>, mas o ponto de port/do<br />

do qua1 se movlo paro olcangar umo ousa<strong>da</strong><br />

s ~rnportantiss~ma 1nfer6ncla.<br />

< fato qus o devr e, portanto, o ser,<br />

lmpllca conti'nuo possar de um contrdrlo oo<br />

outro e, portonto, ele poreceno a atuag6o de<br />

continua luta dos contr6r1os, corno dlzlo Rnaxlmondro;<br />

to<strong>da</strong>vla, destes contrar~os, dlz<br />

Heracl~to, nasce urna harmonla 0, portanto,<br />

morav~lhosa sintesa unltdr~a.<br />

€15 os mols cQlebres h-ogmentos, adm~radiss~mos<br />

em todos os tempos<br />

0 conflito (polemos) 6 pai de to<strong>da</strong>s as coi-<br />

sas e rei de to<strong>da</strong>s as coisas; a uns p6e corno<br />

deuses, a outros corno homens, torno uns es-<br />

cravos e outros livres.<br />

Herdclito, fr. 126 Dials-Kronz.<br />

0 que 6 oposi~6o se concilia e <strong>da</strong>s coisas<br />

diferentes nasce a mais bela harmonia, e tudo<br />

6 gerado por via de contrasts.<br />

Hsrdclito, fr. 8 Dials-Kronz.<br />

Eles [os que s6o ignorantes] n6o compreen-<br />

dem que aquilo que 6 diferente concor<strong>da</strong> con-<br />

sigo mesmo: harmonia de contrkrios, corno a har-<br />

monia do arco e <strong>da</strong> lira.<br />

Hsraclito, fr. 5 1 Dials-Kronz.<br />

R dosn~a torna doce a sacde, a fome torna<br />

doce a sacie<strong>da</strong>de e a fadiga torna doce o<br />

repouso.<br />

Hsrbclito, fr. 1 1 1 Dials-Kronz.<br />

Ndo conhsceriam sequer o nome <strong>da</strong> justi-<br />

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!