12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

200 Quinta parte - f\risti.teles<br />

~.'\i:. A~PO~IX. ~POBAH'MAT~N, KAI'.<br />

i A' XIHXANIKA' KAI' TH'N META'<br />

TA' &YZl KA' PPA~MATEI'AN<br />

ARISTOTE<br />

L I ~<br />

rAO8LEMATA CVM ALEX. APNnu-<br />

01s. L'KUBL. ET MECHANICA, LI Mt<br />

sentido (improprio) C matCria, em segundo<br />

sentido (mais proprio) C "sinolo" e em ter-<br />

ceiro sentido (e por excelencia) C forma; o<br />

ser, portanto, i a matiria; em grau mais ele-<br />

vado, o ser C o sinolo; e, no sentido mais<br />

forte, o ser C a forma. Desse modo, pode-se<br />

compreender por que Aristoteles chegou a<br />

chamar a forma ati mesmo de "causa pri-<br />

meira do ser" (precisamente porque ela "in-<br />

forma" a matiria e fun<strong>da</strong> o sinolo).<br />

substGncia, o ato,<br />

As doutrinas expostas devem ain<strong>da</strong> ser<br />

integra<strong>da</strong>s com algumas explicitaqoes rela-<br />

tivas a pottncia e ao ato referidos 2i substiin-<br />

cia. A matiria C "potCncia", isto C, "poten-<br />

ciali<strong>da</strong>de", no sentido de que i capaci<strong>da</strong>de<br />

de assumir ou receber a forma: o bronze t<br />

pottncia <strong>da</strong> estatua porque C efetiva capaci-<br />

<strong>da</strong>de de receber e de assumir a forma <strong>da</strong> es-<br />

titua; a madeira C potencia dos vjrios obje-<br />

tos que se podem fazer com a madeira, por-<br />

que C capaci<strong>da</strong>de concreta de assumir as<br />

formas desses virios objetos. Ja a forma se<br />

configura como "ato" ou "atuaqiio" <strong>da</strong>que-<br />

la capaci<strong>da</strong>de. 0 composto ou sinolo de<br />

matkria e forma, se considerado como tal,<br />

sera predominantemente ato; considerado<br />

em sua forma, sera sem dtivi<strong>da</strong> ato ou "en-<br />

teliquia"; considerado em sua materiali-<br />

<strong>da</strong>de, sera misto de potBncia e ato. To<strong>da</strong>s as<br />

coisas que tem matiria, portanto, como tais<br />

sempre possuem maior ou menor poten-<br />

ciali<strong>da</strong>de. No entanto, como veremos, se<br />

forem seres imateriais, isto C, formas puras,<br />

seriio atos puros, privados de potenciali-<br />

<strong>da</strong>de. Como ji acenamos, o ato tambCm C<br />

chamado por Aristbteles de "entelCquia",<br />

que significa realizagiio, perfeiqiio em atua-<br />

$50 ou atualiza<strong>da</strong>. Portanto, enquanto es-<br />

sencia e forma do corpo, a alma 6 ato e en-<br />

teliquia do corpo (corno veremos melhor<br />

mais adiante). E, em geral, to<strong>da</strong>s as formas<br />

<strong>da</strong>s substiincias sensiveis siio ato e entelC-<br />

quia. Deus, como veremos, C enteliquia pura<br />

(assim como tambCm as outras Inteligencias<br />

motrizes <strong>da</strong>s esferas celestes).<br />

Diz ain<strong>da</strong> Aristoteles que o ato tem<br />

absoluta "priori<strong>da</strong>den e superiori<strong>da</strong>de so-<br />

bre a potencia. Com efeito, s6 se pode co-<br />

nhecer a pottncia como tal referindo-a ao<br />

ato de que C potencia. AlCm disso, o ato (que<br />

i forma) t condiqio, norma, fim e objetivo<br />

<strong>da</strong> potenciali<strong>da</strong>de (a realizaqiio <strong>da</strong> potencia-<br />

li<strong>da</strong>de ocorre sempre por obra <strong>da</strong> forma).<br />

Por fim, o ato C superior a potencia ontolo-<br />

gicamente, porque C o mod0 de ser <strong>da</strong>s subs-<br />

tiincias eternas, como veremos.<br />

Para com~letar<br />

o conhecimento do edi-<br />

ficio metafisico aristotClico resta ain<strong>da</strong> exa-<br />

minar o procedimento atravCs do qua1 Aris-<br />

t6teles demonstra a existencia <strong>da</strong> subst2ncia<br />

supra-sensivel.<br />

As substincias sio as reali<strong>da</strong>des primei-<br />

ras, no sentido de que todos os outros mo-<br />

dos dependem <strong>da</strong> substincia, como vimos<br />

amplamente. Assim, se to<strong>da</strong>s as substincias<br />

fossem corruptiveis, niio existiria absolu-<br />

tamente na<strong>da</strong> de incorruptivel. Mas, diz

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!