12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Terceira parte - pl descobertcl do homem<br />

razdo dtsso Mas, para qus ndo crelas ser enga- Gorgias de leontini pertencia ao mesmo<br />

nado. quando aflrmo que todos efetlvamente grupo <strong>da</strong>queles qua rejeitam o crithrio, ndo posustentam<br />

qua co<strong>da</strong> homem partlclpe <strong>da</strong> just~ca r&m sobre a base do rac~ocinio <strong>da</strong>queles qua<br />

a de ca<strong>da</strong> v~rtude politlca, trago-te esta outra seguem Prot6goras. Na obra Sobrs o noturszo<br />

prova Em to<strong>da</strong>s as outras habll~<strong>da</strong>des, como ou sobrs o n6o-sar ele sustenta tr&s teses fundlzes,<br />

se algu6m sustenta ser, suponhamos, h6- <strong>da</strong>mentals coloca<strong>da</strong>s uma depo~s <strong>da</strong> outra. Uma,<br />

b11 na ate <strong>da</strong> flauta ou em qualquer outra arte, que & tamb6m a primeira, & qua "na<strong>da</strong> existe";<br />

quando ndo o 6, todos dele cacoam ou com ele a segun<strong>da</strong>, que "mesmo que 0190 exista, ndo &<br />

se ~rntam, a os mats intlmos acorrem e o consl- capt6vel por um ser humano"; a terce~ra, que<br />

deram louco. Flo contr6r10, quando se tratar de "mssmo q& seja capt6vs1, to<strong>da</strong>via ndo pode<br />

just~qa ou de to<strong>da</strong> outra vlrtude politlca, tambGm ser comunicado ou explicado a outro".<br />

quando todos v&em que algu&m & Injusto, ao (Sue na<strong>da</strong> existe Gorgias demonstra-o<br />

d~zer contra SI a ver<strong>da</strong>de dlante de todos, pols <strong>da</strong>ste modo: se a190 existe, Q ou ente ou ndobczm,<br />

o que no caso precedents todos cons~de- ente ou entdo & ente e ndo-ente ao mesmo temravam<br />

sabsdona, ou seja, dlzer a ver<strong>da</strong>de, nes- po; mas o ente ndo existe, como demonstrarb,<br />

ts caso o consldsram loucura; e sustentam que, nem o ndo-ente, como confirmarb, e nem sequer<br />

de qualquer modo, todos devem d~zer que sdo o ante e o ndo-ente ao mesmo tempo, como<br />

justos, seja que de fato o sejam, ou ndo, e que<br />

6 louco qusm ndo s~mula ser justo E lsto na contambbm<br />

explicar6. Portanto, algo ndo existe.<br />

0 ndo-ente ndo existe certamente. Se,<br />

vrqdo de qua & necess6r10 que co<strong>da</strong> um, sem com efeito, o ndo-ente 6, ao mesmo tempo ser6<br />

exce@o, partlclpe de qualqusr modo <strong>da</strong> justlga,<br />

ou que n60 permanep entre os homens"<br />

e ndo ser6: enquanto 6 pensado como ndoente<br />

ndo ser6, enquanto C ndo-ente, por sua<br />

PlatBo. Protagoros, 32Oc -323c vez ser6. € completamente absurdo que 0190<br />

seja e ao mesmo tempo ndo seja; portanto, o<br />

ndo-ente ndo ex~ste.<br />

De outro ponto de vista, se o ndo-ente<br />

sxiste, o ante ndo ser6: com efe~to, estes sdo<br />

termos reclprocamente contraditorios, e se ao<br />

ndo-ente atri bul-se o ser, ao ente sa atribuir6 o<br />

ndo-ser. Ndo 6, porCm, ver<strong>da</strong>deiro que o ente<br />

ndo 6, razdo pela qua1 nem o ndo-ente ser6.<br />

Rlbm disso, nern sequer o ente existe. Se,<br />

com efeito, o ante 6, 6 ou eterno ou gerado ou<br />

eterno e gerado ao mesmo tempo; mas ndo 6<br />

-- -<br />

eterno nern gerado nem ambas as coisas ao<br />

mesmo tempo, como demonstraremos. Portan-<br />

19 obro de Gorglas Sobre a natureza<br />

ou sobre o n6o-ser FOI frsquentsments conto,<br />

o ente ndo exlste.<br />

Se, com efeito, o ente 6 eterno (6 precis0<br />

sidero<strong>da</strong> openos h6b1l jog0 rstorico R uma comepr por esta tese) ele n6o tem nenhum<br />

la~tura h~stor~ogrdhca s tsordtm mo~s otsn- inicio. Com efeito, tudo o que 6 gerado tem alto,<br />

slo resulta ao ~nvts um texto ds /ntsrss- gum inicio, enquanto aquilo que & eterno, sense<br />

hlosdfico esssnc~al Corn sfelto, n8o so do ndo-gerado, ndo tem inicio. Ndo tendo inirnostro<br />

como a gronds Sofi'st~co ports ds umo cio, 6 infin~to. Se 6 infinito, ndo est6 em algum<br />

cri'tico do Elsot~srno, mas oprsssnto, pelo lugar. Se, com efeito, sst6 em algum lugar, a<br />

prirnelra v@z, o ni~lismo corno 6x1to do cr~sa uni<strong>da</strong>de na qua1 se encontra resulta diversa dele<br />

dos fundornsntos sspaculotivos<br />

e, assim, o ente ndo ser6 mais infinito enquan-<br />

Substonciolmsnts, Gorg~os mostro qus, to est6 contido em alguma coisa: com afeito, o<br />

a portir <strong>da</strong>s prsmissas elsdt~cos, pods-se continente & maior que o conteudo, enquanto<br />

sustentor tudo e o contrdrio ds tudo, com na<strong>da</strong> & maior que o ~nfinito, razdo pela qua1 o<br />

&x~to qus d d~strutivo para qualqusr ossar@io infin~to ndo est6 em algum lugar. RIGm disso,<br />

vsrltotivo, no plono ontologico, gnos~ologico ndo est6 sequer contido em SI mesmo. Nests<br />

@ at& no cornun1co~80 ~ntsrpsssoal /7 unlco caso, serdo id&nt~cos o continente e o conteusoi<strong>da</strong><br />

possivel, (5, luz dssto dsmoiig80, d uma do, e o ente se tornard duos coisas, o lugar e o<br />

antropolog~o pr~vado de qualqusr Fun<strong>da</strong>mento<br />

que ndo ssjo ~nt~ligsnts uso do rstorm<br />

corpo (o continente 6, com efeito, o lugar, o<br />

conteudo o corpo). lsso i: absurdo. Portanto, o<br />

Rbre-ss, snttio, o comlnho para o ente ndo est6 sequer em si proprio.<br />

r~lat~v~srno do sagundo garo@o dos Sohstos Por conseguinte, se o ente & eterno, 6 in-<br />

-..-" *<br />

Finito; se & infinito, ndo est6 em algum lugar; se

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!