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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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VII. v+i<strong>da</strong> decadgncia<br />

Com o sucessor Teofrasto, a Escola de Aristbteles (o Perlpato) assumiu uma<br />

orienta@o principalmente cientifica e descurou os temas mais propriamente<br />

metafisicos, tambem pelo fato de que as obras de escola do<br />

fun<strong>da</strong>dor, por uma serie de circunstlncias, acabaram na Asia ~ ~ ~ ~ ~ ~ ! ' ~<br />

Menor, e por decCnios foram subtral<strong>da</strong>s ao conhecimento e<br />

Foi bastante infeliz a sorte que coube a<br />

Aristoteles em sua Escola durante to<strong>da</strong> a<br />

Cpoca helenistica at6 os limiares <strong>da</strong> Cpoca<br />

crist2. Seu maior discipulo, colaborador e su-<br />

cessor imediato, Teofrasto (que, em 3231322<br />

a.C., sucedeu Aristoteles no cargo de<br />

escolarca do Peripato, que manteve at6 2881<br />

284 a.C.), embora certamente estivesse a<br />

a h a pela vastid20 de seu conhecimento e<br />

pela originali<strong>da</strong>de de sua investigaqiio no<br />

Smbito <strong>da</strong>s ciincias, niio se mostrou a altu-<br />

ra para compreender e, portanto, fazer os<br />

outros compreenderem o aspecto mais pro-<br />

fun<strong>da</strong>mente filosofico de Aristoteles. E ain-<br />

<strong>da</strong> menos capazes de entender Aristbteles<br />

mostraram-se seus outros discipulos, que ra-<br />

pi<strong>da</strong>mente recuaram para posiqoes materi-<br />

alistas de tip0 prC-socratico, enquanto o<br />

sucessor de Teofrasto, Estratiio de Limpsaco<br />

(que dirigiu o Peripato de 2881284 a 2741<br />

270 a.C.), marca o mais clamoroso ponto<br />

de ruptura com o aristotelismo.<br />

To<strong>da</strong>via, para alCm desse esquecimen-<br />

to ou dessa nHo intelecqiio do mestre, que se<br />

verifica nos discipulos e que, como vimos,<br />

tem paralelo precis0 na historia <strong>da</strong> Acade-<br />

mia platbnica, hi outro fato que explica a<br />

ma sorte de Aristoteles.<br />

Ao morrer, Teofrasto deixou os pridios<br />

do Peripato a Escola, mas legou a Neleu de<br />

Scepsi a biblioteca que continha to<strong>da</strong>s as<br />

obras niio publica<strong>da</strong>s de Aristoteles. Ora,<br />

comq sabemos, Neleu levou a biblioteca pa-<br />

ra a Asia Menor e, ao morrer, deixou-a para<br />

seus herdeiros. Estes esconderam os precio-<br />

sos m-anuscritos em uma cantina, para evi-<br />

tar que caissem nas mHos dos reis Atali<strong>da</strong>s,<br />

que trabalhavam na constituiqiio <strong>da</strong> biblio-<br />

teca de PCrgamo. Assim, os escritos per-<br />

maneceram ocultos ati que um bibliofilo<br />

chamado ApelicHo os comprou, levando-os<br />

novamente para Atenas. Pouco depois <strong>da</strong><br />

morte de Apeliciio, eles foram confiscados<br />

por Sila (86 a.C.) e levados para Roma, onde<br />

foram confiados ao gramatico Tirinion para<br />

transcriq20. Entretanto, uma ediqiio sistema-<br />

tica so foi feita por AndrBnico de Rodes (di-<br />

cimo sucessor de Aristoteles), na segun<strong>da</strong><br />

metade do sCc. I a.C. Mas desse assunto de-<br />

veremos tratar mais adiante.

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