História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
do pensar filosofico<br />
ConForma as informag6es mais ontigas<br />
que temos, Tales n8o escreveu na<strong>da</strong> (ao me-<br />
nos de filosofia) e, portanto, seu ensinamen-<br />
to foi transmitido na dimens60 do oroli<strong>da</strong>d~.<br />
/7s informa@es mais significativas Fo-<br />
ram consenm<strong>da</strong>s por Rrist6teles qua no Me-<br />
taflsica, nos refere o quanto segue.<br />
A mnior parts dos que por primeiro filoso-<br />
faram pensaram que os principios de to<strong>da</strong>s as<br />
coisas fossem apenas os materiais. Com efei-<br />
to, afirmam qua aquilo de que todos os sera<br />
sbo constituidos e aquilo de que derivam origi-<br />
nariamente a em qua terminam por irltimo, b<br />
elemento e & principio dos ssres, enquanto 6<br />
uma rsali<strong>da</strong>de qua permanece id&ntica mesmo<br />
com a transmutagdo <strong>da</strong> suas afecgdes. E, por<br />
asta razdo, cr&em que na<strong>da</strong> se gere e que na<strong>da</strong><br />
se destrua, pois tal reoli<strong>da</strong>de sempre se con-<br />
servo. E como nBo dizemos que Socrates gera-<br />
s~ em sentido absoluto quando sa torna belo<br />
ou mdsico, nem dizemos que perece quando<br />
psrds tais modos de ser, palo fato de que o<br />
substrata - ou ssja, o pr6prio Sbcrates - con-<br />
tinuo a existir, tambbm d@vmos dim que nBo<br />
se corrompe, em sentido absoluto, nenhuma <strong>da</strong>s<br />
outras coisas: deve hover, pois, alguma reali-<br />
<strong>da</strong>ds natural (uma s6 ou mais de uma) <strong>da</strong> qua1<br />
derivam to<strong>da</strong>s as outras coisas, snquanto ala<br />
continua a existir imut6vel.<br />
To<strong>da</strong>via, sstes filbsofos nbo sst60 todos<br />
de acordo sobre o nljmero e a espbcia de tal<br />
principio. Tales, iniciador deste tipo de Filoso-<br />
fio, diz que tal principio b a dguo (por isso<br />
afirma tambbm qua a terra navega sobre a<br />
6gua), deduzindo sua convicg60 indubitavel-<br />
mente <strong>da</strong> constatagdo <strong>da</strong> que o alimento de<br />
to<strong>da</strong>s as coisas & irmido, e qua at& o calor<br />
gera-se do irmido e viva no irmido. Oro, aqui-<br />
lo de que to<strong>da</strong>s as coisas sBo gera<strong>da</strong>s 6, jus-<br />
tamente, o principio <strong>da</strong> tudo. Els deduz, por-<br />
tanto, sua convic@o deste fato e do fato ds<br />
que as sementas <strong>da</strong> to<strong>da</strong>s as coisas t&m na-<br />
tureza irmi<strong>da</strong> e a 6gua & o principio do nature-<br />
za <strong>da</strong>s coisas irmi<strong>da</strong>s.<br />
Capitulo segundo - 0 s "naturalistas" OM filcjsofos <strong>da</strong> "phisis"<br />
H6 arn<strong>da</strong> alguns que cr&em qus tamb6m<br />
os ant~quiss~mos qua por prrmsrro tratararn dos<br />
deusss, murto antes <strong>da</strong> presente geragdo, ts-<br />
'<br />
nham tldo essa mesma concepgdo <strong>da</strong> r@alr<strong>da</strong>de<br />
natural. Com efel to, puseram Oceano e Thtk<br />
como autores <strong>da</strong> gera$do <strong>da</strong>s corsas, s drsssram<br />
que aqurlo pelo que os deusss juram 6 a<br />
dguo, a qua1 & por eles chama<strong>da</strong> Estlge. Com<br />
sfelto, o que 6 mas ant190 & tambbm mars d~gno<br />
de respe~to:a aqurlo sobre o qua1 se jura 6,<br />
justamente, o que & mais digno de resperto.<br />
To<strong>da</strong>v~a, que tal concap$bo <strong>da</strong> reall<strong>da</strong>ds natural<br />
tenha srdo assrm orrgrn6rla 5 asslm antlga,<br />
nbo aparece de fato de mod0 claro; ao contrar~o,<br />
af~rma-se que Tales fol o prlmalro a professor<br />
essa doutrrna a resperto <strong>da</strong> causa prlmelra.<br />
Rnstotsles, Matafhca, llvro 1, 3<br />
(= Tcilss, tax. I2 Drsls-Hronz) .<br />
Tudo i vivo H e tudo est6 cheio de deuses<br />
Tales tornou-se muto Fornoso por sua<br />
concep@o 'panpsiqu~sto", ou sep, pela teorlo<br />
segundo a qua1 to<strong>da</strong>s as coisas s8o on/mados,<br />
memo as qua oparentemente n8o<br />
parecwiam sar, como os minero~s.<br />
Rl&m disso, cons~derava que tudo @st/vesss<br />
"cheio de deuses": COISO que concor<strong>da</strong>vo<br />
psrFeitarnente corn sua concep@o do<br />
princlpio-dguo entendido como o divino por<br />
exceldnc~a, <strong>da</strong>do que o prlnc@io d Fonte s<br />
Foz de to<strong>da</strong>s as coisas e, al&m d~sso, sustenta<br />
todos slas e, portonto, @st6 present@<br />
em to<strong>da</strong> coisa que existe.<br />
Cis dois testemunhos de flrist6teles sobre<br />
este temo s um de I?dcio.<br />
Rlquns afrrmam que a alma est6 mrsturado<br />
comtudo. E talvez justamente por esto razdo<br />
Tales cons~dera que to<strong>da</strong>s as corsas estdo<br />
cham de deuses.<br />
Rr1st6teles, ff olma, l~vro 1, 5<br />
(= Talss, tex 22 D~els-Krclnz)<br />
Do que fo~<br />
Ismbrado parece que tambbrn<br />
para Tales a alma fosse 0190 de movente, pois<br />
drzla que at& o magneto tam uma alma, urn0<br />
vez que ale move o ferro.<br />
Ar~stbtslczs, FI alma, lrvro I, 2.