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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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Com efato, nam a contempla@o nern seu objeto<br />

t&m Irmlte. €la, por ISSO, est6 sm todo lugar.<br />

Com sfelto, onde niio esta? €la est6 em to<strong>da</strong><br />

alma, sempre a mesma, pols n8o @st6 clrcunscrta<br />

no espqo. N60 est6, porbm, do mesmo<br />

modo em to<strong>da</strong>s as colsas, nern em to<strong>da</strong>s as<br />

partes <strong>da</strong> alma Por ~sso (d~z Platiio), "o coche~ro<br />

forma parte com os cavalos <strong>da</strong>qudo que vlu" s<br />

eles o acolhem; e & claro que dssejom oqurlo<br />

que vrram, POIS ndo o acolheram completamen-<br />

te E, se desejam, agem, agem em wsta do ob-<br />

jato que desejam. E ate 6 objeto ds contsm-<br />

placdo s contemplaq30.<br />

Plotmo. En<strong>da</strong><strong>da</strong>s, 111. 8, 5<br />

r rrconjun~80<br />

com o Absoluto<br />

Com base nos passagens que Iemos,<br />

torna-se Fac~lmente compr~nsivel que a olma<br />

pode se Ilbertar <strong>da</strong> "ue<strong>da</strong>': sl~minando to<strong>da</strong>s<br />

as 'dferenps" ou 'blterl<strong>da</strong>des " que provocaram<br />

sua separag6o <strong>da</strong>r reall<strong>da</strong>des supenores.<br />

Asslm como o olho, para ver o objeto,<br />

deve tornar-se semelhonte ao objeto, tambQrn<br />

a almo deve tornar-se dtvm e bla para<br />

poder ver o D~vmo s a Beleza que 6 o Espirl-<br />

to, manlfestag60 supremo do Bem, ou seja,<br />

do Absoluto<br />

Para despojar-se de to<strong>da</strong> olter~<strong>da</strong>de,<br />

a alma do homem dsve:<br />

a) reentrar em s mesma;<br />

6) separar-ss depols tambdm <strong>da</strong> parte<br />

afetlva de 51 mssma;<br />

c) at6 de si mesma;<br />

Capitulo dkcimo sexto - Woti~o e o I\)eoplatonismo -<br />

depo~s, & ver<strong>da</strong>delrcl reah<strong>da</strong>de, snquanto a<br />

feal<strong>da</strong>de & uma natur&za dlversa. A mesma<br />

corm sdo, em prlmelro lugar, fao s o mau;<br />

asslm s8o a mama coisa o bom e o belo, ou o<br />

&m s a Beleza. preclso, portanto, buscar, com<br />

o mesmo mbtodo, o bem e o belo, o Feio a o<br />

mal. € preclso obssrvar antes de tudo que o<br />

Bslo & o mesmo que o Bem, do qua1 a Intalig&nc~a<br />

extra1 sua beleza: e a olma & bela para<br />

a lntehg&nc~a: as outras blezas -as <strong>da</strong>s ag%s<br />

e <strong>da</strong>s ocupa$bes - sdo tas porqua a alma as<br />

~nforma. A alma, a~n<strong>da</strong>, torna belos tambbm os<br />

corpos qus 880 asslm chamados: e uma vez que<br />

ela & dlvlna e como que parte <strong>da</strong> beleza, ela<br />

torna belas todos as colsas qua toca e dlrrge,<br />

conForme a possibili<strong>da</strong>de destas do partrcipar<br />

<strong>da</strong> beleza.<br />

Plot~no. En&<strong>da</strong>s, I, 6, 6.<br />

A reconjung8o corn o Uno<br />

r a "fuga do st5 para o 58'<br />

R reunlhcagtio com o Uno, que, ern seu<br />

momento culmmante, P lot~no chama tamb8m<br />

de "6xtase", Q um estado qve poderiamos<br />

chamar de h~psrconsc~&ncla e h~per-rac~onal~<strong>da</strong>de.<br />

R alrno, no gxtase, v& a s~ mesma<br />

'Bndeusa<strong>da</strong>" e torna<strong>da</strong> part~cipants do Uno<br />

e, portanto, em certo sentldo, plenorn~nte<br />

oss~m~la<strong>da</strong> ao Uno, ou, corno diz Plotmo corn<br />

bela express00 rnatafdr~ca que, de rnodo<br />

espl&nd~do, conclv~ as €n&odos, d &ma "hgo<br />

do so para o So".<br />

d) unmdo-se, <strong>da</strong>te rnodo, com o propr~o<br />

Uno.<br />

E lsto quer dlzer a prescri~60 dos mlsthrios<br />

que proibe manrfestar ~eusaos ndo ~nicrados,<br />

vetando como ilicrto desvelar aqu~lo que &<br />

dwlno dquelss qus n80 podem compreend&lo.<br />

Portanto, uma vez que ndo Gram dois, mas<br />

um, o contamplante e o contemplado. como se<br />

A alma, punf~ca<strong>da</strong>, torna-se forma, razdo. este n8o fosse contemplado mas unido, aquetorna-se<br />

totalmente ~ncorpdra, rntelcsctual a per- le que asslm FOI, se pudessa recor<strong>da</strong>r-se de<br />

tence lntelramente ao D~v~no, onde esta a fon- quando se unlu com Deus, tdna em si a imate<br />

<strong>da</strong> beleza e de onde nos v&m to<strong>da</strong>s as corsas gsm do pr6prio Deus. Mas tamMrn ele proprio<br />

do mesmo g&nero. A alma, portanto, recondu- era uno e ndo tmha nenhuma dlferensa nern<br />

zr<strong>da</strong> b lnteligBncia, 6 murto mas bela qua as em sr nern em relacdo a outro. Com efelto, em<br />

colsas sensive~s. Mas a lntelig&nc~a s aquilo que Deus na<strong>da</strong> se move, nem em quem se elevou<br />

<strong>da</strong>la dsnva & para a alma uma belaza prapria. at6 Deus ex~ste ira ou desejo, nBo somente,<br />

n8o alhera, pols a alma ant60 @st6 ver<strong>da</strong>de~ra- mas nern rnesmo raclochio ou pcznsamento; tamments<br />

s6. for rsso se d~z justamente que o bsm b6m nern & mais si mesmo, se podemos asslm<br />

e a beleza <strong>da</strong> alma consrstam em se osseme- dizer, mas, como raptado e absorv~do em tranlhar<br />

a Deus, uma vez qua dele derlvam o belo qij~la sohd8o e absoluta quretuds, nBo se ahse<br />

a natureza essenclal dos sares. A beleza, tando nunca <strong>da</strong> sua ess&ncra nern jamars vol-

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