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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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Capitulo segundo - 0 s "Naturalistas" OM filClsofos <strong>da</strong> "physis"<br />

VI. 8 s<br />

fisicos Pluralistas<br />

e os fisicos &ICticos<br />

* Emp6docles (*484/481- t 424-421), o primeiro dos "Pluralistas", her<strong>da</strong> dos<br />

Eleiiticos o conceit0 <strong>da</strong> impossibili<strong>da</strong>de do nascer comb um derivar do ser a partir<br />

do nao-ser e do perecer como passagem do ser ao nao-ser. To<strong>da</strong>via, procura superar<br />

a paradoxali<strong>da</strong>de desta tese, que vai contra aquilo que a experiiincia atesta,<br />

recorrendo a urna plurali<strong>da</strong>de de principios, ca<strong>da</strong> um dos quais<br />

mantCm as caracteristicas do ser eleatico.<br />

"Nascer" e "perecer", como desejava Parmbnides, nao con- EmpPdocles:<br />

sistem em "vir do" ou em "ir no" nao-ser, e sim no "agregar- nascere Perecer<br />

se" e "compor-se" e no "desagregar-se" e "decompor-sen dos dependem<br />

quatro elementos originarios ("raizes de to<strong>da</strong>s as coisas"), que $ ~ ~ ~ ~<br />

s%o ar, dgua, terra, fogo. Ca<strong>da</strong> um desses elementos C incor- dos elementos<br />

ruptfvel, homogbneo, eterno, inalterdvel, ou seja, tem as ca- imutdveis,<br />

racterlsticas fun<strong>da</strong>mentais do ser eleatico. Com a reciproca agre- mov;dos<br />

~ g<br />

ga@o e desagregac;%o, esses elementos <strong>da</strong>o lugar a um mundo par ~ mor e ~ dio<br />

multi lo e em devir. 4 2 7.7-7.2<br />

ggua, art terra e fog0 sao movidos e governados por duas<br />

forsas cbsmicas, o Amor e o ddio: urna agrega, a outra desa-<br />

grega. Quando prevalece o Amor, temos perfeita uni<strong>da</strong>de (o E&Io); quando prevalece<br />

o ddio em sentido extremo, temos ao inves o mhximo de desagr~a~aa (0<br />

Caos). Nas fases de relativo predomlnio do ddio, gera-se o cosmo.<br />

EmpCdocles procurou tambem explicar o conhecimento, sustentando que <strong>da</strong>s<br />

coisas se desprendem efluvios que atingem os sentidos. Como nossos sentidos s%o<br />

feitos dos mesmos elementos de que e compost0 o mundo, o fog0 que esta em<br />

nos reconhece o fog0 que esta nas coisas, a terra reconhece a terra, e assim por<br />

diante. Consequentemente, 6 valido o principio geral que o<br />

semelhante conhece o semelhante.<br />

0 semelhante<br />

Empedocles sofreu tambem a influencia orfica e acreditaconhece<br />

va que a alma humana fosse um demBnio caido no corpo por seme/hante.<br />

urna culpa originaria, destinado a reencarnar-se mais vezes, at6 As influencias<br />

sua purifica@io definitiva. orficas<br />

+ 2 7.3-7.4<br />

* Anaxagoras de Claziimenas (por volta de 500-428 a.C.),<br />

como Emp.cSdocles, her<strong>da</strong> dos Eleaticos a conviq%o de que nascimento<br />

e morte niio impiicam passagem do n%o-ser ao ser e do ser ao nlo-seir,<br />

mas derivam do agregar-se e do desagregar-se de reali<strong>da</strong>des originhrias. fa&,<br />

reali<strong>da</strong>des que se agregam e se desagregam sao sementes (depois chama<strong>da</strong>s de<br />

homeomerias) que constituem o "originario qualitativo" (as<br />

~~~~~~~~<br />

sementes de to<strong>da</strong>s as quali<strong>da</strong>des).<br />

A composi@io <strong>da</strong>s homeomerias C produzi<strong>da</strong> por urna Inteligbncia<br />

cosmica, "ilimita<strong>da</strong>, independente e n$o mistura<strong>da</strong>", ,<br />

isto 4, diversa <strong>da</strong>s substhcias sobre as quais atua. dependem<br />

Com o agregar-se <strong>da</strong>s sementes, nascem to<strong>da</strong>s as coisas <strong>da</strong> agregagso<br />

que existem, E em ca<strong>da</strong> urna <strong>da</strong>s coisas que assim se produ- ou desagregagrio<br />

zem est%o presentes, em diversas propor~aes, to<strong>da</strong>s as ho- <strong>da</strong>s homeomerias<br />

meomerias; as que prevalecem determinam as diferen~as es- que srio movi<strong>da</strong>s<br />

pecfficas. De tal modo, em to<strong>da</strong>s as coisas estao presentes poruma<br />

trasos de to<strong>da</strong>s as quali<strong>da</strong>des ("tudo esta em tudo"), e deste lntelig@ncia<br />

mod0 se explica a razBo peia qua1 as coisas podem se trans- cosmica<br />

formar uma na outra. 422

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