História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
"Falarei 1090 que me tenha posto de acor-<br />
do convosco", disse, "e depois de vos ter recor-<br />
<strong>da</strong>do as coisas qua foram ditas antes, e tam-<br />
b&m outras e freqijentes vezes".<br />
"0 que?", psrguntei.<br />
"Muitas coisas belas", disse, "e muitas<br />
coisas boas, e assim ca<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s outras coi-<br />
sas, qua dizemos existir e as definimos em nos-<br />
so discurso".<br />
"Nos o dizemos, de fato".<br />
"E tambbm o proprio Belo e o proprio Bem,<br />
e tamkkm to<strong>da</strong>s as outras coisas que antes<br />
consideramos corno muitas, mas por sua vez<br />
refsrindo-as a uma id&ia que b uma so em ca<strong>da</strong><br />
caso, dizemos 'aquilo qua 6' co<strong>da</strong> uma".<br />
"Rssim 6".<br />
"E dizsmos que umas sdo vistas, mas que<br />
ndo sdo pensa<strong>da</strong>s; e, ao contr6ri0, dizemos que<br />
as idbias sdo pensa<strong>da</strong>s, mas ndo vistas".<br />
"E com o que de nos vemos as coisas vi-<br />
siveis?"<br />
175<br />
Capitdo sexto - Plat60 e a Academia nntiga -<br />
do rsol~dods, qus 8 justornants o ld81o do Bern, cujo conhscirnsnto constltul '0 conhac~m~znto<br />
mdx~rno", s qua ss olcongo opsnas psrcorrsndo urn Iongo corninho Se n60 se conhecs o Oem,<br />
ndo ss conhece, na real~<strong>da</strong>de, nam mesmo o resto<br />
Hsgsl, ~nsp~rondo-ss nssto possogsrn, dsss qus em hlosoho n8o hd otolhos, s Plat60<br />
sxpr~rna justomants ssts concslto, lsto 8, qua oo conhecirnanto do Id81o do Aam, qus & o<br />
conhsc~rnanto rndxirno, n8o ss chsgo o n8o serpercorrsndo "o vlo rno~s longo" s afodigondo-sa<br />
quotld~onornsnts, corno nos sxsrci'cios gindsticos (qus no Gr&cia srorn quotld~anos), ou ssjo,<br />
smpanhando-ss at8 o fundo s globolrnants<br />
Mos vornos 2, oprsssntogbo s 2, leituro do gronds possogsrn<br />
0 Bsrn pods ssr ilustrodo por onologlo corn o So1 (qua, justomants por ISSO, FOI oprsssntodo<br />
corno 'hlho" do Bsrn), pelos saguintss rozbes No ssfsro do intsl~givsl o Bern sstd, em<br />
rslog80 corn o ~ntsl~givsl e corn o ~ntslscto, em umo Fvng80 s am urna proporgdo ondloga<br />
dquslo srn qua o Sol, no ssfsro do sansivsl, sstd sm rsIog8o corn o vlsto e com o v~sivsl<br />
Quondo os olhos olhorn as coisos no sscuro do no@ v&sm pouco ou nodo, oo inv& quondo<br />
olhorn as coisos ilurninados pslo Sol, v&m corn clorszo a o v~sto ossurna seu pops1 odequado<br />
E asslrn sucsds tornb8rn corn o olrno, a quol, quondo hxo oqullo qus sstd rnisturado corn as<br />
trsvos, ou ssjo, oquilo qus noscs s rnorrs, snt8o 8 copoz openas ds oplnar s conjsturor, e<br />
porscs 0th qus n8o tsnho intslscto, snquonto, quondo contsmplo aquilo qus a vsrdods s o ser<br />
ilum~norn, ou ssjo, o puro intsl~givsl, sntdo assume suo sstoturo s sau papal odsquado<br />
8.5, portonto, corno, por onologlo corn o So1 (o Klho'3, o Barn (o 'px'y dsssnvolvs a<br />
propno Fung8o essenc~ol s o que d~sso dsr~vo<br />
o) R ld81o do Bern dd 6s colsos conhec~<strong>da</strong>s o ver<strong>da</strong>de, s o quem os conhecs a faculdods<br />
ds conhecsr suo vsrdods, s, snquonto to/, o ld&io do Bern torno-ss slo propria cognoscivsl<br />
b) € corno o vlsto e o visto n8o 5-80 o Sol, rnos sdo ohns oo Sol, ossirn tombdm o conhec~rnento<br />
s a vsrdods n8o s8o o Rsrn, rnos sdo ohns oo Bern<br />
c) fl18rn d~sso, corno o So1 sstd ocirno do visto s do visto, osslrn o Bern sstd acimo do<br />
conhac~rnsnto a do vsrdods 0 Bsrn rssulto, portonto, umo bslszo sxtraord~ndr~a, snquonto<br />
supsro o bslszo do conhac~rnento s do vsrdods<br />
d) Mos o cornporog80 corn o So1 ofsrscs ultsriorss indlcogd~s Como o So1 ndo openas dd<br />
as colsos o copocldods ds ser vistos, mas couso suo gsrog80, crssc~msnto s nutr~gtjo, rnesrnc<br />
qua n8o astsjo sls proplo ~rnplicodo no gsrogbo, onologornsnts o Bsrn n8o so couso a<br />
cognosc~bil~dods dos coisos, mas couso, ~guolrnants, o ssr s o sss&nclo, ssndo n8o 'ser" ob<br />
"sss&nc~o", rnos supsrior oo ssr s 2, sss&ncio por dign~dods s por pot&nc~a<br />
"Com a v~sta", respondeu.<br />
"E entdo", perguntel, "tamb&m com o ouvldo<br />
as colsas audive~s e com os outros ssntidos<br />
to<strong>da</strong>s as colsas sensivels?"<br />
"Como ndo?"<br />
"E acaso ndo conslderasts", drsse, "o<br />
quanto o Rrtif~ce dos sent~dos tenha Formado<br />
corno prec~osiss~ma a facul<strong>da</strong>de de var e de satvlsto?"<br />
"N60 muto", respond^.<br />
"Mas reflete o segumts. 'h6 talvsz outro<br />
q2nero de rsall<strong>da</strong>de do qua1 se tsnho necessl<strong>da</strong>ds<br />
para o ouvldo e para a voz, a fm ds po<strong>da</strong>r,<br />
um, ouvlr e, a outra, ser ouvl<strong>da</strong>, e qua se<br />
ndo lntervbm como tercalro, o ouvldo ndo pods<br />
ouvlr e a voz nbo pod@ ser ouvl<strong>da</strong>?<br />
"Ndo ex~ste", respondl.<br />
"E cre~o", cllsss, "que nem para mu~tos<br />
outros sentdos, para ndo dmr para nenhurn,<br />
hap necess~<strong>da</strong>ds de na<strong>da</strong> semelhanta. Ou tar~as<br />
algum a lndlcar?".