12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Capitdo sexto - Platzo e a Academia<br />

GRDRMER - Nd0 CrG10 qU8 SGJQ POSS~V@~<br />

negar que exlsta 0190 al&m <strong>da</strong> razdo. Mas,<br />

naturalmente, d~zer o que seja aste al&m &<br />

algo d~ferents Na busca continua <strong>da</strong> razbo<br />

n60 crao ser possival alcansar um prlnciplo<br />

RERLE - Outra afirma~do sua que muito<br />

me agradou & a seguinte: a ver<strong>da</strong>deira expsri6ncia<br />

0 perceber a finitude humana. Explique-nos<br />

tambhm isso, pois 0 muito importante para o<br />

homsm de hojs.<br />

GADRMER - Escrevi no meu livro e expli- prlmelro.<br />

quei como se chega d experi&ncia <strong>da</strong> finituds, Crao que o problema <strong>da</strong> rehg~do s de<br />

e como alcan~amos este conceito. R experihn- Daus seja em todo caso um mlstdr~o: 6, porQm,<br />

cia em geral & gradual: nos nos dizemos: isto & um m~st&no ssm o qua1 ndo podemos vlver. Eu<br />

nosso, isto me pertence, e vamos para frente. sou de re11gldo lutsrana lernbro-me de que,<br />

Poderia citar Parm&nides, que foi o primeiro a racentemente, disse algo <strong>da</strong> samelhante a<br />

ver e compreendeu muito bem a experihcia Glann~ Vatt~mo: sle escreveu o livrtnho Crwque<br />

do Finitude e <strong>da</strong> coduci<strong>da</strong>de. Depois encontrou ss cr8. Eu Ihe flz notar que esta era a atrtude<br />

a solu~do, justamente para superar a experihn- de lutero, o qual, retomando urna frase do<br />

cia <strong>da</strong> finitude.<br />

RERLE - Rin<strong>da</strong> uma pergunta. 0 senhor<br />

evangelho de sdo Marcos, rezava assim: "Senhor,<br />

eu gostana de crer, mas tu ajudci mmha<br />

era muito amigo de Gerhard Kruger, cuja obraprima<br />

traduzimos Fro o italiano (Roztio epixtio,<br />

~ncredul~<strong>da</strong>del"<br />

RERLE - 0 senhor For declarado c~<strong>da</strong>dbo<br />

Vita e Pensiero, Milbo, 1 995): este livro tevegrm- honordrro de Ndpoles, e gosta multo <strong>da</strong> ItdJ~a.<br />

de sucssso s j6 estd se esgotando e, portanto, 0 qus acha <strong>da</strong> Italla, e o qua ssnte quando<br />

estamos preporando a segun<strong>da</strong> ediq5o.. .<br />

GRDRMER - Otimo!<br />

REALE - Pois bern, a tese de fundo de<br />

vem b ltdlla?<br />

GADRMER - Oh, It61 10 6 PQTQ mtm a autoapressnta@o<br />

natural do human~smo. 0 huma-<br />

Kri'ger & a seguinte: a razbo & ver<strong>da</strong>deira ra- nlsmo i: tdo natural em Ndpoles. lambro-ma de<br />

260 quando compreende que h6 0190 al0m<br />

dela. R razdo 0, portanto, dependente. E o sros<br />

um professor de hcsu qua Ievam seus estu<strong>da</strong>ntes<br />

a ouvrr uma confer6ncra minha. F~quei muto<br />

plat6nico 0 o sentido dessa depend6ncia de<br />

algo ulterior. 0 senhor, que foi tbo amigo de<br />

fascrnado pelas perguntas desses jovans, do<br />

expresslv~<strong>da</strong>ds de seus olhos. Esta juventuds<br />

Kruger, com o qua1 lia os textos dos gregos e 8, obvramente, normal, eles fazem as mesrnas<br />

de outros grandes, condivide este conceito, ou colsas que todos os outros jovens no <strong>da</strong>ds<br />

se diferencia neste ponto? € urna pergunta so- deles, mas nestes, de modo part~cular, & evlbre<br />

a religiosi<strong>da</strong>de dele.<br />

GRDRMER - Gerhard Kruger era um homem<br />

dente o ~nic~o <strong>da</strong> reflexdo f~losbf~ca nos anos<br />

<strong>da</strong> puber<strong>da</strong>de Estes sdo os anos em qua se<br />

muito extremo e radical. Seus primeiros estu- comsp a perguntar, em qua comeca a f~losodos<br />

s suas primeiras experi&ncias foram com f~a Rlguns <strong>da</strong>po~s cont~nuam e assrm per-<br />

Nicolai Hartmann, snquanto mais tards veio a manecem perenemente jovens. Credo que su<br />

estu<strong>da</strong>r, como eu, com Heideggsr. Outro livro<br />

dele muito importante & o que escreveu sobre<br />

mesmo sela um testemunho vlvo desse prw<br />

Kant. Tambbm ele insistia, em sews primeiros RERLE - 0 senhor tem<br />

estudos, sobre a dial8tica e sobra o continuo<br />

perguntar: perguntas, respostas, e ain<strong>da</strong> perguntas.<br />

Esta 0 o inicio de to<strong>da</strong> reflexdo, e era<br />

isso que fazia. E um continuo perguntar & tam-<br />

It6110 Cre~o qua 6 o f~losof<br />

b0m o principio <strong>da</strong> religiosi<strong>da</strong>de. lsso preparou lo edtor Cortlna Como ex<br />

sua conversdo ao catolicismo. Naturalmente ma sucesso na lt61rc1? Co<br />

tambbm Heideggsr era fascinado pel0 religido,<br />

em certo sentido; mas ndo aceitava as posimente?<br />

~6ss extremas s definitivas. Creio qua a men- tremamente ~tallano lsso<br />

sagsm plat6nica de Kruger est6 am todo caso mlral;do tamb&m para mln<br />

centra<strong>da</strong> ncdnport8ncia do didlogo. No mundo<br />

de hoje a televisdo matou o didlogo! Tudo isso<br />

no f~m de uma semana no<br />

& o produto do tbcnica. Cis o que produziu a de que certa vez estava n<br />

ci&ncia, ou seja, a aushcia <strong>da</strong> base do huma- vla falar ds Ortega y Gass<br />

nism~. E Kruger reconhecia isso.. .<br />

RERLE - Mas o senhor pessoalmente consider~<br />

que a razdo sinta algo de ulterior em<br />

relac;do a si? Ou pessoalmente diz: "eu paro na<br />

razao"?<br />

soas que parguntavam, qu

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!