12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Qtrarta parte - Plat60<br />

Quando sles vdo ao banquste para to- Ievanta a cabqa do auriga para o lugar que<br />

mar alimento, procedem pela subi<strong>da</strong> at& a est6 for0 do cbu, 6 transporta<strong>da</strong> na rota~do cirsumi<strong>da</strong>de<br />

do firmamento do c&u. 16 os veiculos cular, e, perturba<strong>da</strong> pelos cavalos, a custo condos<br />

deuses, que 880 bem equilibrados e 6geis tampla os seres; outra, ao contrdrio, ora levanpara<br />

quiar, proce<strong>da</strong>m bem, enquanto os outros to a cabqa e ora a abaixa, e, uma vez que os<br />

avanGam com dificul<strong>da</strong>de. Com efeito, o cavalo cavalos fazem viol&nc~a, v& alguns dos seres e<br />

qua participa do ma1 se torna pesado, tenden- ndo v2: outros. Rs outras aspiram to<strong>da</strong>s a subir<br />

do para a terra e oprimindo o auriga que ndo para o alto, procuram estar no seguimento; mas,<br />

soube cri6-lo barn.<br />

ndo sendo capazes de faz&-lo, sdo transporta<strong>da</strong>s<br />

e engoli<strong>da</strong>s na rotaq50, chocando-se mu-<br />

0.0 Hiperurdnio e as coisas<br />

tuamente e pisoteando-se, tentam passar urna<br />

aus sst6o al6m do c6u<br />

na frente <strong>da</strong> outra.<br />

Neste ponto apresentam-se b aha a fadiga<br />

e a prova suprema.<br />

Com efeito, quando as almas qua sdo chama<strong>da</strong>s<br />

de imortais chegam a sumi<strong>da</strong>de do c&u,<br />

avanpndo de fora pousam sobre a aboba<strong>da</strong><br />

do c&u, e a rota@o circular do c&u as transporta<br />

assim pousa<strong>da</strong>s, e elas contemplam as coisas<br />

que @st60 al&m do c&u.<br />

0 HiperurCinio, ou lugar supraceleste, nenhum<br />

dos poetas de c6 embaixo jamais o canto~,<br />

nem jamais o cantar6 <strong>da</strong> modo digno. A coisa<br />

est6 deste modo. Com efeito, & precis0 ter realmente<br />

coragem de dizer o ver<strong>da</strong>deiro, especialmente<br />

auando se fala <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de. Com efeito,<br />

o ser qU'e realmants 6, incolor e privado de figu-<br />

Surge, portanto, urn tumulto, uma luta e uma<br />

extrema fadiga, e, pela inaptiddo do auriga,<br />

muitas almas permanecam aleija<strong>da</strong>s, e muitas<br />

trazem despedqa<strong>da</strong>s muitas <strong>da</strong>s suas penas.<br />

To<strong>da</strong>s, depois, oprimi<strong>da</strong>s pela grande fadiga,<br />

ofastarn-se sern ter fruido a contemplqdo do<br />

ser, e, quando se afastam, nutrern-se do alimento<br />

do opinido.<br />

FI raz6o pela qua1 h6 tanto empenho para<br />

saber onde est6 a Planicie <strong>da</strong> Ver<strong>da</strong>de & que o<br />

alimento adsquado h parte melhor <strong>da</strong> alma<br />

provbrn do prado que 16 est6, e a natureza <strong>da</strong>s<br />

asas com que a aha pode voar se alimenta<br />

exatamente dele.<br />

ra e ndo visivel, que pode ser contamplado ape- 4. 0s dsstinos escatologicos <strong>da</strong>s almas<br />

nas pelo guia <strong>da</strong> alma, ou seja, pelo intelecto, e s a metsmpsicoss<br />

ao redor do qua1 verte o g&nero do ver<strong>da</strong>de~ro<br />

conhecrmsnto, ocupa tal lugar Pols bem, uma<br />

A lei de Rdrast6ia & esta: to<strong>da</strong> alma que,<br />

vez que a razdo de um deus & al~menta<strong>da</strong> por<br />

tornado seguidora de urn deus, tiver contemlntel~qisncra<br />

e por puro conhsc~mento, tambbm a<br />

.plod0 alguma <strong>da</strong>s ver<strong>da</strong>des, at& o sucessivo<br />

ds to<strong>da</strong> alma a qua1 & prements conhecer o que<br />

giro do c&u perrnanece i lesa, e, se for capaz de<br />

fazer isto sempre, permanecar6 irnune para sem-<br />

Ihe conv&m, vendo depols de certo tempo o ser,<br />

se alegra, e, contemplando a ver<strong>da</strong>de, nutre-se<br />

pre; se, ao contrbrio, n60 estando em grau de<br />

dela e goza, at& que a rotagio circular 060 a<br />

seguir o deus, n60 viu, e se, por uma dssventutenha<br />

Ievado de novo ao mesmo ponto<br />

ra que sofre, enchendo-se de esquecimento e<br />

No gro que ela realrza, viz a proprra Justlmal<strong>da</strong>de,<br />

se torna pesa<strong>da</strong>, e, tornando-se pec;a,<br />

viz a Tempernn

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!