12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

discurso que ele traz em si mesmo, se 6 que o<br />

tenha encontrado, e depois aqueles que, ou<br />

Filhos ou irmdos deste, nasceram de igual modo<br />

em outras almas de outros homens conforma<br />

seu valor, e saljdo todos os outros e os man<strong>da</strong><br />

amboro; pois bem, Fedro, justamante urn ho-<br />

mem dests tipo t; prov6vsl que seja aquele que<br />

tu e eu gostariamos de nos tornar.<br />

FCDRO - Quero isso de fato, e auguro-me<br />

aquilo que dizes.<br />

Escr~tor e hlosofo 6 aquele que comp6s<br />

obros, sobendo como esta o ver<strong>da</strong>deiro,<br />

a qua portonto, estd em grou de socorr&-<br />

10s e de defend&-/as quando necessdno, e<br />

estd portonto am grau de demonstrar em que<br />

sentdo as co~sos escrltas siio de "menor<br />

valor" em relo@o o co~sas de 'inalor volor"<br />

qua ole possu~, mas que ndo conhou nem<br />

pretende conhor 00s escr~tos, porque os reservo<br />

exclus~vamente 2, orall<strong>da</strong>de.<br />

2. Cls confirrna@es <strong>da</strong> superioridode<br />

<strong>da</strong> orali<strong>da</strong>ds sobre a escrita na Catfu YII<br />

----- ".--- ------- --<br />

I<br />

" que o hl~sofo niio p6e por escrlto as "co~sas<br />

de malor valor", refer~ndo-o justamente a sf,<br />

em pr~ms~ra pessoo. 6s suas polavras preci-<br />

'<br />

sos, torno<strong>da</strong>s Famosiss~mas e urna ver<strong>da</strong>de~ra<br />

e propria cruz para os lnt6rpretes.<br />

~ "- .*-. .-.----.-- I<br />

Isto, port;m, posso dizer sobre todos os que<br />

escreveram ou que escreverdo: todos os que<br />

afirmam saber as coisas sobre as quais penso.<br />

tanto por t&-las owido de mim, como por t&-las<br />

ouvido de outros, tanto por t6-las descoberto<br />

sozinhos: pis bem, ndo t; possivel, a meu parecer,<br />

qua sles tenham compreendido quolquer<br />

coisa sobre o assunto. Sobre estas coisas ndo<br />

ha um e,scrito nem jamais havera.<br />

- -.---....----- --.-.---<br />

€ qua~~ ser~om as razOes pelas qua~~<br />

Platiio ndo acelta confior 'as coms malores" e<br />

SOCRATES - Quanto ao que se refere aos Ye malor valor" aos escrltos, resetvando-as<br />

discursos, brincamos o bastante. Mas tu, vai a unlcamente a oral~<strong>da</strong>de d~alQt~ca, ele as exlisias<br />

e dim-lhe que nos dois, descendo a fonte pl~ca muto bem: o conh~imto dews co~sas<br />

e ao santu6rio <strong>da</strong>s Ninfas, ouvimos discursos que niio pode ser comun~codo como o <strong>da</strong>s outras,<br />

nos ordsnavam dizer a lisias e a qualquer outro porque rquer urna longa s6r1e de d~scussiies<br />

qua componha discursos, e a Homero e a qual- ' Feltas junto e em estrelta comunhdo entre<br />

qusr outro que tenha composto poesia ssm mir- quem ms~na e qum apen& s urna cml<strong>da</strong>sica<br />

ou com musica, e, em tercsiro lugar, a Solon, de de vl<strong>da</strong>, at6 que nasqa na prdprla alma de<br />

s a quem, em discursos politicos que chama de quem aprende a luz que ~lumlna a ver<strong>da</strong>de.<br />

leis, comp6s obras escritas, que se comp6s tais<br />

obras sabendo como at6 o ver<strong>da</strong>deiro, e esta<br />

em grau ds socorr6-lo quando for defender as<br />

0 conhecimento destas coisas ndo Q de<br />

coisas que escreveu, e quando faia esteja em<br />

Fato comunic~vel como os outros conhecimengrau<br />

de demonstrar a fragili<strong>da</strong>de dos escritos,<br />

tos, mas depois de muitas discussdes feitas<br />

entdo um homem desse tipo seja chamado ndo<br />

sobre estas coisas, e depois de uma comunhdo<br />

com o nome que tern, mas com urn nome deride<br />

vi<strong>da</strong>, de ~mproviso, como Iuz que se acends<br />

vado <strong>da</strong>quilo a que se dedicou com ver<strong>da</strong>de.<br />

de uma faisca que sa dssprende, esse conhecimento<br />

nasce na alma s se alimenta dela masma.<br />

FEDRO - E qua1 4 o nome que lhes d6s?<br />

S~CRFITES - Chama-lo de sdbio, Fedro,<br />

parece-me demasiado, e tal nome convbm apenas<br />

a um deus; mas cham640 d~ filosofo, ou seja,<br />

amante de sabsdoria, ou corn qualquer outro<br />

nome desss tipo, se Ihe a<strong>da</strong>ptaria mslhor e<br />

seria mais adequado.<br />

Para diz6-lo brevsment&, quem nBo tam<br />

FEDRO - E de modo nanhum estaria fora natureza afim bs coisas, nem a facili<strong>da</strong>ds de<br />

ds lugor.<br />

aprender nem a memoria poderiam tornd-lo tal<br />

S~CRFITES - Por outro lado, aquele qua ndo (com efeito, ndo se pode gerar em naturezas<br />

possui coisas que sejam de maior valor em re- estranhas), ds mod0 qus os que 1760 sdo de,<br />

lqdo dquelas que comp6s ou sscreveu, jun- natureza semelhante e n6o sdo dins bs coisas<br />

tando uma parte com outra, ou cortando, ndo o que s60 justas e bs outros coisas que sdo bachamarbs,<br />

corn justa razdo, de poeta, ou de las, mesmo se alguns por algumas coisas e<br />

compositor <strong>da</strong> discursos ou de escritor de leis? outros par outras t&m facili<strong>da</strong>de de aprender<br />

FEDRO - E como ndo?<br />

de memoria, e tambQm os que sdo <strong>da</strong> natureza<br />

PlatGo, F~dro. afim mas n6o tQm facili<strong>da</strong>de <strong>da</strong> aprender de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!