História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine
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- Sexta parte - A s escolas filosbficas <strong>da</strong> era helenistica<br />
corno ark do viver<br />
A Carta a Msneceu 6 o ma15 bslo s mors<br />
toconte escrlto de Ep~curo qus nos For conservodo.<br />
Rpc~ drzer q u ssmprs ~ 6 tsmpo ds h-<br />
losofar, porque ao FllosoFor sa sncontra o Fs-<br />
/ladode, Eprcuro rslembra suos 1d6ras Fundomentars<br />
sobre os dsusss e sobrs o morte.<br />
Seguem-se, dspols de algumos mdm-<br />
@es sobre o mod0 ds entsndsr o v~do s o<br />
Futuro, a concep@30 sobre o mod0 am que<br />
devsm sar sntsndidos os prazsres, as dores<br />
s os dessjos e como o homsm devs comportor-se<br />
sm r~lag6o o elss<br />
Conclur a cork um chamado 2, responsob~ll<strong>da</strong>de<br />
do homem s o sxaltog5o do sdbro<br />
que 6 como um deus sntrs os homsns.<br />
1. Srmprr i tempo dr filosofar,<br />
sejamos velhos ou jovrns<br />
E~icuro saO<strong>da</strong> Meneceu<br />
Quem & jovsm ndo espere para Fazer F~lo-<br />
sofla; quem 6 velho ndo se canse d~sso. Com<br />
efe~to, nmgu&m & ~moturo ou superado em relagdo<br />
a sairde do alma. Quem d~z que a~n<strong>da</strong><br />
ndo 6 hora <strong>da</strong> fazer hlosoha, ou qua o hora j6<br />
passou, parece-se com quem d~z, em relagdo 2.1<br />
Fel~c~<strong>da</strong>de, que am<strong>da</strong> ndo & o momento dsla,<br />
ou que ele j6 passou. Por ISSO, tanto o jovem<br />
como o velho devem fazer f~losoha; um para<br />
que, embora envelhecendo, permonega sem-<br />
pre jovem de bens por causa do passado, o<br />
outro para qua se smta jovem e velho ao mes-<br />
mo tempo, para qua ndo tema o Futuro. E precl-<br />
so, portanto, ocupor-se de tudo o que leva b<br />
felic~<strong>da</strong>de, se & Fato qua quando ela est6<br />
conosco possuimos tudo, e que, quando n60<br />
est6 conosco, Fazemos de tudo para obt&-la.<br />
P. 0s deuses @xistem a: s8o imortais e frlizes<br />
Pratica e mdta aqu~lo que te enslnel contrnuamante,<br />
conv~cto de que se trata do abec&<br />
para uma vr<strong>da</strong> felrz. Em prlmerro lugar, cons~dero<br />
qus a dlv~n<strong>da</strong>de 6 um vlvente lncorruptivsl e<br />
feltz, como a no@o comum do dlvmo costuma<br />
acertar, e ndo lhe atr~buas qualquer colsa es-<br />
tranha b imortali<strong>da</strong>de ou de pouca conr;onbn-<br />
cia com a Felici<strong>da</strong>de. Em relagdo b divin<strong>da</strong>de,<br />
pensa tudo o que serve para preservar sua Fe-<br />
lici<strong>da</strong>de uni<strong>da</strong> com a imortali<strong>da</strong>de. 0s deuses<br />
existem de fato e o conhecimento que ddss se<br />
tem 6 evidente. Elas, porbm, ndo siio como a<br />
maioria os cr&, pois ndo continuam coer$mte-<br />
mente a considera-los como os concabem. lmpio<br />
ndo 6 quem nega os deuses como a maioria os<br />
quer, s sim aquele que atribui aos deuses as<br />
opinides que deles tam a maioria. Corn efeito,<br />
as opiniaes do maioria sobre os deuses niio<br />
sdo prolepses, mas enganosas hipolepses.' Da-<br />
qui se segue que dos dsuses ss fazem deri-<br />
var para os homens as razdes de todo maior<br />
<strong>da</strong>no e de todo bem; os deuses, com efeito,<br />
entrquss continuamente Bs suas virtudes, s60<br />
queridos por todos os seus semelhantes, mas<br />
rejeitam como estranho tudo o que ndo i; se-<br />
melhante a eles.<br />
3.0 qur i a mortr para o homrm<br />
Habitua-te a considerar que a morte B<br />
na<strong>da</strong> para nos, do momento que todo bem e<br />
todo ma1 residem na sensagdo, e a morte 6 pri-<br />
vagdo de scsnsagdo. Por isso, a nogdo correta<br />
de que a morte B na<strong>da</strong> para nos, torna alegre<br />
o Fato de que a vi<strong>da</strong> seja conclui<strong>da</strong> com a mor-<br />
te, ndo Ihe concadendo um tsmpo infinito, e sim<br />
Ihe subtraindo o desejo <strong>da</strong> ~mortoli<strong>da</strong>de. Ndo<br />
h6 na<strong>da</strong> de tenivel na vi<strong>da</strong> para quem tenha<br />
compreendido bem quo ndo h6 na<strong>da</strong> ds terri-<br />
vel no Fato de ndo viver mais. Por isso, & tolo<br />
quem diz temer a morte, n60 porque trara dor<br />
ao momento em que ela se opresentar a nos,<br />
mas porque nos faz soFrer na sua espera; com<br />
deito, tolomente pode causar sofrimsnto na<br />
espera, aquilo que ndo faz sofrer com sua pre-<br />
senga.<br />
Portanto, o ma1 qua mais nos atemoriza,<br />
ou sejo, a morte, B na<strong>da</strong> para nos, a partir do<br />
momento que, quando vivemos, a morts ndo<br />
existe, e quando, ao contrdrio, sxiste a morte,<br />
nos ndo existimos mais. A morte, portanto, ndo<br />
nos concerns, nem quando estamos vivos, nam<br />
quando estamos mortos, porque para os vivos<br />
ela ndo exists, s os mortos, ao contrario, ndo<br />
existem mais. 0s outros, por outro lado, Fogem<br />
Bs vezes <strong>da</strong> morte como do pior dos males,<br />
outras vezes a [procuram] como alivio [<strong>da</strong>s des-<br />
grogas] do vi<strong>da</strong>. [0 s6bi0, ao invBs, nem rejeita<br />
a vi<strong>da</strong>], nem teme o ndo viver mais; com efeito,<br />
a vi<strong>da</strong> ndo Ihe molesta, e tombhm n60 cr6<br />
que a morte seja um mal. Assim como para o<br />
'Conceito inodequodo, Fun<strong>da</strong>do sobra n opini6o correnk