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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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<strong>da</strong>, Aristoteles reafirma claramente que nio<br />

apenas ca<strong>da</strong> um de nos C alma, mas tambCm<br />

e a parte mais eleva<strong>da</strong> <strong>da</strong> alma: "se a alma<br />

racional i a parte dominante e melhor, pare-<br />

ceria que ca<strong>da</strong> um de nos consiste precisamen-<br />

te nela. ( . . .) Fica, pois, claro que ca<strong>da</strong> um C<br />

sobretudo intelecto." Arist6teles proclama,<br />

portanto, os valores <strong>da</strong> alma como valores<br />

supremos, embora, corn seu forte senso rea-<br />

lista, reconheqa a utili<strong>da</strong>de tambCm dos bens<br />

materiais em quanti<strong>da</strong>de necessiria, j i que eles,<br />

mesmo nio estando em condiqoes de <strong>da</strong>r a<br />

felici<strong>da</strong>de com sua presenqa, podem (em par-<br />

te) comprometi-la com sua ausincia.<br />

As virtudes kticas<br />

C O ~ O "meio justo" ou<br />

0 homem 6 principalmente razio, mas<br />

nio apenas razio. Com efeito, na alma "ha<br />

algo de estranho i razso, que a ela se opoe<br />

e resiste", e que, no entanto, "participa <strong>da</strong><br />

razio". Mais precisamente: "A parte vegetativa<br />

nso participa em na<strong>da</strong> <strong>da</strong> razHo, ao passo<br />

que a facul<strong>da</strong>de do desejo e, em geral, a<br />

do apetite, participa de alguma forma dela<br />

enquanto a escuta e obedece." Ora, o dominio<br />

dessa parte <strong>da</strong> alma e sua redu~io aos<br />

ditames <strong>da</strong> razso C a "virtude Ctica". a virtude<br />

do comportamento pratico.<br />

Esse tip0 de virtude se adquire com a<br />

repetiqso de uma sCrie de atos sucessivos, ou<br />

seja, com o habito.<br />

Assim, as virtudes tornam-se como que<br />

"hibitos", "estados" ou "modos de ser" que<br />

nos mesmos construimos segundo o mod0<br />

indicado.CComo sio muitos os im~ulsos e<br />

tend~ncias-que a razio deve modeiar, tambCm<br />

sio muitas as "virtudes iticas", mas<br />

to<strong>da</strong>s tim uma caracteristica essencial comum:<br />

os impulses, as paix6es e os sentimentos<br />

tendem ao excess0 ou ii falta (ao muito<br />

ou ao muito pouco); intervindo, a razao deve<br />

impor a "justa medi<strong>da</strong>", que C o "caminho<br />

intermidion ou "meio-termo" entre os dois<br />

excessos. A coragem, por exemplo, C o ca-

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