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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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a ktica e a plitica<br />

To<strong>da</strong>s as aqdes humanas tendem a um fim, isto e, a reali-<br />

za@o de um bem especifico; mas ca<strong>da</strong> firn particular e ca<strong>da</strong> A feljcj<strong>da</strong>de<br />

bem especifico estio em relagio com um fim ultimo e com um propria<br />

bem supremo, que e a felici<strong>da</strong>de. do hornern<br />

0 que e a felici<strong>da</strong>de? Para a maior parte dos homens e o 4 § 1<br />

prazer, ou a riqueza; para alguns e, ao inves, a honra e o suces-<br />

so. Mas estes presumidos "bens" tem todos um defeito, isto e, pdem o homem em<br />

dependencia <strong>da</strong>quilo de que dependem (0s bens materiais, o publico etc.), e, por-<br />

tanto, a felici<strong>da</strong>de liga<strong>da</strong> a tais coisas e totalmente precaria e aleatoria.<br />

0 homem, enquanto ser racional, tem como fim a realizaqao desta sua natu-<br />

reza especifica, e exatamente na realizaqao desta sua natureza de ser racional<br />

consiste sua felici<strong>da</strong>de.<br />

No homem t@m notavel importdncia, alem <strong>da</strong> razio, os apetites e os instintos<br />

ligados a alma sensitiva. Tais apetites e instintos se opdem em si a razio, mas<br />

podem ser regulados e dominados pela propria razao. A submiss20 <strong>da</strong> alma sensitiva<br />

a razao ocorre Dor meio <strong>da</strong>s virtudes eticas. as auais nao<br />

sio mais que os modos pelos quais a razao instaura sua sobera-<br />

As ,,jrtudes @ticas<br />

nia sobre os instintos. ,c?<br />

De fato, as virtudes eticas se traduzem em busca <strong>da</strong> "justa<br />

7 Y L<br />

medi<strong>da</strong>" entre o "excesso" e a "car@ncia" nos impulsos e nas<br />

paixdes. Esta busca e aquisiqao <strong>da</strong> justa medi<strong>da</strong> por meio <strong>da</strong> repetigio se traduz<br />

em um habitus e, portanto, constitui a personali<strong>da</strong>de moral do individuo. Aristoteles<br />

teoriza deste mod0 a maxima dos gregos: "Na<strong>da</strong> em demasia".<br />

Ao lado destas virtudes eticas, que estao liga<strong>da</strong>s a vi<strong>da</strong> pratica, existem<br />

virtudes - as assim chama<strong>da</strong>s virtudes dianeticas- que dirigem o homem para o<br />

conhecimento de ver<strong>da</strong>des imutaveis e para o sumo Bem, tanto para aplica-lo a<br />

vi<strong>da</strong> concreta, e entao se tem a sabedoria, quanto, tambem, para fim puramente<br />

contemplativo, e entio se tem a sapibcia.<br />

Justamente na contempla~a"~ <strong>da</strong>s reali<strong>da</strong>des que estao acima<br />

do homem consistem a felici<strong>da</strong>de suprema e a tang@ncia AS vi*udes<br />

do homem com o divino.<br />

dianeticas<br />

<strong>da</strong> sabedoria<br />

Esta e uma doutrina que leva as extremas conseqiiencias , <strong>da</strong> ,piE.ncja<br />

uma <strong>da</strong>s conotagdes essenciais <strong>da</strong> espirituali<strong>da</strong>de dos gregos. , §<br />

Aristoteles apresenta tambem analises detalha<strong>da</strong>s sobre a psicologia do ato<br />

moral, distinguindo:<br />

1) a delibera@o, que e o encontro dos meios que tornam possivel a atua@o<br />

de determinados fins;<br />

2) a escolha, que e a decisao a tomar sobre os meios, ou<br />

seja, sobre quais meios se devem usar e sobre a sua colocaq2o Psicologia<br />

em ato;<br />

do ato moral<br />

3) finalmente, a voli@o, que e a escolha dos proprios fins, +s4<br />

<strong>da</strong> qua1 depende propriamente a bon<strong>da</strong>de ou a mal<strong>da</strong>de do<br />

homem, conforme ele escolha os ver<strong>da</strong>deiros bens ou os bens aparentes e falazes.

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