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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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122<br />

Terceira parte - A descoberta do hornern<br />

pericncia e <strong>da</strong>s pesquisas dos mCdicos dessas<br />

escolas de medicina, anexas aos templos; tais<br />

mkdicos, pouco a pouco, foram se distanciando<br />

dos primeiros at6 romperem decidi<strong>da</strong>mente<br />

os lagos com eles, definindo conceitualmente<br />

a pr6pria identi<strong>da</strong>de especifica.<br />

Mas, para se compreender como isso<br />

foi possivel e, portanto, como C que tambCm<br />

a medicina cientifica chegou a ser uma<br />

cria~iio dos gregos, C necessario lembrar alguns<br />

fatos muito importantes.<br />

No sCc. XX, foi descoberto um papiro<br />

contendo um tratado mCdico que comprova<br />

que, em sua sabedoria, os egipcios ja haviam<br />

atingido um estagio bastante avanqado<br />

na elaboragiio do material mCdico, com<br />

a indicagiio de algumas regras e de alguns<br />

nexos de causa e efeito. Desse modo, devemos<br />

convir que os antecedentes <strong>da</strong> medicina<br />

se encontram no Egito. Mas, justamente,<br />

trata-se apenas de "antecedentes", que<br />

estiio para a medicina grega na mesma rela-<br />

qiio em que as descobertas matematico-geo-<br />

mitricas egipcias estiio para a criagiio <strong>da</strong><br />

cicncia dos numeros e <strong>da</strong> geometria grega,<br />

fato ao qual jh acenamos e ao qual ain<strong>da</strong><br />

voltaremos.<br />

Foi a "mentali<strong>da</strong>de cientifica" cria<strong>da</strong><br />

pela filosofia <strong>da</strong> physis que possibilitou a<br />

constituigiio <strong>da</strong> medicina como ciincia.<br />

Altm disso, i influincia <strong>da</strong> filosofia dos<br />

Fisicos, deve-se agregar tambCm uma parti-<br />

cular agudeza argumentativa, her<strong>da</strong><strong>da</strong> dos<br />

Sofistas e bem visivel em alguns tratados<br />

hipocraticos.<br />

Concluindo, como j i recor<strong>da</strong>mos, cons-<br />

tatamos a ocorrincia desse fen6meno de im-<br />

portsncia fun<strong>da</strong>mental para se compreen-<br />

der o pensamento ocidental: i no 2mbito <strong>da</strong><br />

mentali<strong>da</strong>de filosdfica, ou seja, no imbito<br />

do racionalismo etiolbgico por ela criado,<br />

que p6de nascer, se autodefinir e se desen-<br />

volver a ciincia mCdica (assim como as de-<br />

mais cikncias).

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