História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

Quints parte - S\ristbteles
am pr~ma~ro Iugor o coso, o mulher e o boi E quem & tal por natureza & tamb&m dequa
orn'
sejoso de guerra, pois ndo tern Iiga~des s 6
porque o bbi, junto aos pobres, subst~tu~ como pega de jogo colocada ao acaso. Por isso
o servo A comun~dade que se const~tui para a & claro que o homem & animal mais soci6vel
vrda de todos os d~as & por natureza a famil~a, que qualquer abelha e qualqusr outro animal
CUJOS mernbros Caronda charna de comensais. qua viva em rebanho. Com efeito, conforme o
Ep~rn&nides de Creta companhe~ros de mesa ou que sustentamos, a natureza nada faz em vdo
cornpanhe~ros de lar R prlmelra comunidade, e o homem & o unico animal que tem a fala: a
que der~va da unldo de mais familias voltadas voz 6 simples sinal de prazer e de dor e por
b satlsfa@o de uma necessdads ndo estrita- isso a t&m tambhm os outros animals, h medimente
d16r10, & a aldeia Rlids, poder-se-la dl- da que a natureza deles alcanga ter e significar
zer que a aldeia& por natureza urna col8nia da aos outros a sensagdo do pram e da dor. Ro
casa, cujos componentes alguns chamam ds Ir- passo que a palavra serve para indicar o util e
mZlos de late, e f~lhos e f~lhos de filhos Por o danoso e por isso tamb&m o justo e o injusto:
ISSO, prlrnelro as cldades eram dir~gldas por ras, e isto & proprio do homem am relagdo aos oucorno
agora o 860 a~nda os povos que prov&m tros animals, pols ele & o unico que tem nogdo
de nljcleos dlrig~dos por rels, porque toda casa do bem e do mal, do justo e do lnjusto e das
& o rerno do mas velho, e tamb&m as col8nias outras virtudes: a comunidade de homens consde
casas, que a estas sdo af~ns, t$m o mesmo titui a famil~a e a cidade. € na orderr~ natural a
regime E 6 ~sso que dlz Homero
cidade precede a familia a coda urn de nos.
Com efato, o todo precede necessariamente a
cado um raino sobre os fiihos a sobre os
parte, porque tirando o todo ndo hover6 mais
mulharm,
nem p& nem mdo, a ndo ser por homonimla,
e, corn efato, as famillas habitavam se- que se tem, por exemplo, quando se fala de
paradamente, corno era costume dos antrgos rndo de pedra; esta, por&m, no realidade & mdo
E por essa razdo, ou sqa, porque os propr~os morta. Mas todas as coisas sdo definidas pela
povos, alguns alnda hoje, os outros antlgamen funq5o que realizam e por sua pot&nc~a, de mote,
t~nham um re1 e porque os homens moldam do que n80 possuindo mais nem uma nem a
nZlo apanas as opar&nc~as dos deuses, mas outra, ndo poder8o mas ser ditas as mesmas
tarnb&m seu modo de v~da, tomando a 81 mes- de antes, o nClo ser por homonim~a. € claro.
mos como modelo, d~z-se que os deuses t&m portanto, que a cidade & por natureza, e que &
urn ra. A comun~dade perfelto de mals aide~as anterior 00 individuo, porque se o ~nd~viduo,
constltur doravante a c~dnde, qua alcangou aqul- tomodo em si, ndo & auto-suf~c~ente, estar6 em
lo qua sa charna de nivel da auto-suf1c16ncia e rela$do ao todo na mesma rela