12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

--- II. 0 s<br />

Capitulo quarto - S6crates e os Socr6ficos menores<br />

Socv6ticos menores<br />

0s Socraticos menores (secs. V-IV a.C.) atingiram <strong>da</strong> mensagem de S6crates<br />

as vezes alguns conceitos eticos, outras alguns elementos Iogico-dialeticos, desen-<br />

volvendo de mod0 original os primeiros (mas com certa superficiali<strong>da</strong>de), e em<br />

parte tambkm os segundos (mas tambem caindo na eristica).<br />

Foram todos discipulos diretos de S6crates, e s%o-chamados "menores", por-<br />

que entenderam, ou desenvolveram de mod0 parcial, e freqdentemente imper-<br />

feito, seu pensamento.<br />

1) Antistenes, fun<strong>da</strong>dor <strong>da</strong> Escola Cinica, desenvolveu or os cjnicos,<br />

temas eticos <strong>da</strong> liber<strong>da</strong>de e do autodominio; em 16gica elabo- os Cirenaicos,<br />

rou uma teoria particular, que negava a possibili<strong>da</strong>de de defi- os Megdricos<br />

nir as coisas simples. e a ~scola<br />

2) Aristipo, fun<strong>da</strong>dor <strong>da</strong> Escola Cirenaica, afastou-se n%o de lid,<br />

pouco de Socrates, e identificou no prazer o sumo bem. +g 7-6<br />

3) Euclides, iniciador <strong>da</strong> Escola Megarica, assumindo tam-<br />

bem alguns principios <strong>da</strong> Escola de Eleia, identificou o Bem com<br />

o Uno, e desenvolveu em sentido eristico a tecnica Iogico-refutatbria de Socrates.<br />

4) Mdon, fun<strong>da</strong>dor <strong>da</strong> Escola de tli<strong>da</strong>, retomou tanto o aspect0 Icigico-dialbtico<br />

como o etico do mestre, mas sem desenvolvimentos de particular importancia.<br />

Plat50 p6e na boca de Socrates a pro-<br />

fecia de que, depois de sua morte, os ate-<br />

nienses nio teriam mais de se haver com um<br />

filosofo apenas, pedindo-lhes contas de suas<br />

vi<strong>da</strong>s, mas sim com muitos filosofos, com<br />

todos os seus discipulos, que at6 aquele<br />

momento ele havia retido.<br />

Em sua Vi<strong>da</strong>s dos fildsofos, Diogenes<br />

LaCrcio, dentre todos os amigos de Socrates,<br />

aDonta sete como os mais re~resentativos<br />

eLilustres: Xenofonte, ~squines, Antiste-<br />

nes, Aristipo, Euclides, FCdon e o maior de<br />

todos, Plat5o. Excetuando-se Xenofonte e<br />

Esquines, que nio tiveram habili<strong>da</strong>de pro-<br />

priamente filosofica (o primeiro foi predo-<br />

minantemente historiador, o segundo, lite-<br />

rato), os outros cinco foram fun<strong>da</strong>dores de<br />

Escolas filosoficas.<br />

Sio muito diversos o sentido e a dimen-<br />

siio de ca<strong>da</strong> uma dessas Escolas, como tambim<br />

diversos s5o os resultados aue alcancaram.<br />

Entretanto. ca<strong>da</strong> um de seus' fun<strong>da</strong>d&es de-<br />

via sentir-se um autcntico (quando n50 o hico<br />

autcntico) herdeiro de Socrates. Natyralmen-<br />

te, deixaremos de lado Xenofonte e Esquines<br />

de Esfeto, que, como dissemos, n5o foram<br />

propriamente fil6sofos, interessando mais a<br />

105<br />

historia e a literatura do que a historia <strong>da</strong><br />

filosofia. Estu<strong>da</strong>remos, contudo, logo a se-<br />

guir, Antistenes, Aristipo, Euclides, FCdon e<br />

suas Escolas, que veremos ser, por muitas<br />

razGes, Escolas socriticas "menores". 56 a<br />

Plat50 dedicaremos todo um longo capitu-<br />

lo, devido aos grandes resultados de sua es-<br />

peculaq50.<br />

De resto, os antigos j i haviam diferen-<br />

ciado claramente Plat50 dos demais disci-<br />

pulos de Socrates, narrando esta belissima<br />

fabula: "Conta-se que Socrates sonhou que<br />

tinha sobre os joelhos um pequeno cisne,<br />

que logo criou asas e levantou v60, cantan-<br />

do docemente. No dia seguinte, quando Pla-<br />

t5o se apresentou a ele como aluno, Socrates<br />

disse-lhe que o pequeno cisne era justamen-<br />

te ele."<br />

A figura de maior relevo entre os So-<br />

criticos menores foi Antistenes, que viveu<br />

na passagem entre os sics. V e IV a.C., filho<br />

de pai ateniense e m5e tricia. Freqiientou<br />

inicialmente os Sofistas, tornando-se disci-<br />

pulo de Socrates apenas em i<strong>da</strong>de um tanto

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!