12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Segun<strong>da</strong> parte - fun<strong>da</strong>Gz\o do pensamento filosbfico<br />

raro o denso, do Fno o quante, do escuro o luminoso<br />

e do irmldo o enxuto. E ha multas partes<br />

de multos. Completamente, porbm, na<strong>da</strong> se<br />

Forma, nem ss dlv~dem as colsas uma do outra<br />

a ndo ser pela 1ntellg6nc1a E a ~ntelrg&nc~a 6<br />

to<strong>da</strong> semelhante, tanto a malor como a menor.<br />

Mas, por outro lado, na<strong>da</strong> & semelhante a na<strong>da</strong>,<br />

contudo, ca<strong>da</strong> smgular 6 e era constrtuido <strong>da</strong>s<br />

coisas mais vistosas <strong>da</strong>s quals mars partlcrpa<br />

flnax69oras, fr 12 Dlels-Kranz<br />

causa <strong>da</strong>s coisas,<br />

n80 se mantim<br />

se psrmanecermos<br />

no plano fisico<br />

Grande esperanp teve Plat60 no prlrneiro<br />

impact0 corn o llvro de Rnaxdgoras,<br />

que introduz~a a Intelig&nc~a corno causa de<br />

to<strong>da</strong>s as coaas. Mas a esperanp logo se<br />

desilud~u, porque Rnaxdgoras, ernbora tendo<br />

introduzido uma Intel~g&~c~o cdsmlca, permaneceu<br />

no plano Wlco, s cont~nuou a <strong>da</strong>r o<br />

rndximo relevo aos elernsntos fis~cos. To<strong>da</strong>vra,<br />

devena ter mostrado corno a Intel lg&ncla,<br />

enquanto tal, age em fun~bo do melhor,<br />

ou seja, do Rsm, que 1mp11ca urna d~rnensdo<br />

do sw qque estd alQm <strong>da</strong> purarnente fisica.<br />

R Intelig&nc~a, portanto, se tornado sozinha<br />

junto corn os elernentos fis~cos, n6o Q<br />

suficimte para "ligar" e 'inanter juntas" as<br />

coisos: Q necessdno ganhar outra dlmsnsdo<br />

que leve a "ver<strong>da</strong>delra causa", que d justammte<br />

aquilo a qu~ a ver<strong>da</strong>deira Intd~g&naa<br />

se refere. E esta Q o dirnensdo do mtsllgive/,<br />

qus se pode ganhar apenas corn urn<br />

tipo de mdtodo diferente do segu~do pelos<br />

Fislcos, um tipo de m&todo que Ieve para<br />

alQm do fis~co.<br />

Esta critlca, apesar do relevo <strong>da</strong>do ao<br />

ponto h-aco <strong>da</strong> doutrina de Rnaxcigoras, con-<br />

Firma a grande ~mportdncla <strong>da</strong> Intelig&nc~a<br />

c6smlca.<br />

-<br />

-----.. - - --- - - +<br />

"Certo dia, ouvi alqu8m que lia um livro,<br />

que afirmava ser de ~n6x6goras, o qua1 d m<br />

que & a Intelig8ncla que ordena e causa to<strong>da</strong>s<br />

as coisas. Gostel do assunto e paremu-me bem<br />

que, em certo sent~do, era born p6r a lnte1198ncla<br />

como causa de tudo, e dentro de mlm pen-<br />

sei qua, se isso fosse ver<strong>da</strong>de, a Intelig6ncia<br />

ordenadora teria de ordenar to<strong>da</strong>s as coisas e<br />

dispor ca<strong>da</strong> uma debs <strong>da</strong> manaira que para<br />

elas & a malhor possivel; e, portanto, psnsei<br />

qua, ss algu&m quisesse dsscobrir a causa de<br />

ca<strong>da</strong> coisa, isto 8, a causa pela qua1 co<strong>da</strong> uma<br />

<strong>da</strong>las se gera, perece e exists, teria de descobrir<br />

justamente qua1 seja para co<strong>da</strong> coisa esta<br />

causa, ou seja, qua1 seria sua melhor condi~do<br />

de ser, de sofrer ou de fazer alguma coisa. Com<br />

base neste raciocinio, eu pensava que ao homem<br />

nbo convinha considerar, a respeito ds si<br />

proprio a <strong>da</strong>s outras coisas, a nbo ser aquilo<br />

qua 6 perfeito e 6timo; e, naturalmente, o homsm<br />

deveria conhecer tambbm o pior, porque<br />

a ci6ncia do melhor e do pior, em relqdo bs<br />

mesmas coisas, & a masma. E raciocinando deste<br />

modo, contents, acreditava ter encontrado<br />

em Anax6goras o mestre qua me tsria ensinado<br />

as causas <strong>da</strong>s coisas qua existem, justamants<br />

segundo aquilo que era o mau entendimento;<br />

e acreditava que ale me teria ensinado, em<br />

primsiro lugar, ss a tsrra t: plana ou redon<strong>da</strong>,<br />

e, depois disto, qua tambbm me teria ensinado<br />

a causa pela qua1 6 assim, mostrando-me o<br />

melhor, isto 6, mostrando-me que para a tsrra<br />

o melhor era justamente ssr assim como era. E<br />

psnsava qua, se depois me tivesse dito que a<br />

terra estava no meio, tar-me-ia explicado tamb&m<br />

como fosse melhor para ela estar no meio;<br />

e se me tivesse explicado isso, eu estaria disposto<br />

a ndo exigir mais nenhuma esp6cie ds<br />

causa. E assim, eu, tambBm do sol estaria pronto<br />

a nBo exigir outra esp6cie ds causa; e tambQm<br />

<strong>da</strong> lua s dos outros astros e de suas relacdes<br />

de veloci<strong>da</strong>de e <strong>da</strong>s revolu~6es e dos vdrios<br />

outros fen8msnos: teria bastado qus me sxplicasse<br />

de que modo para co<strong>da</strong> urn debs o melhor<br />

era qus fizssse aquilo qua faz e que sofra<br />

aquilo que sofre. Com efeito, eu ndo teria acreditado<br />

jamais que algu&m, qus sustentava que<br />

estas coisas foram ordena<strong>da</strong>s pela Intelig6ncia,<br />

atribuisse a elas outra causa que nbo fosse<br />

esta, ou seja, qua o melhor para elas era<br />

ser como sbo. Em resumo, eu acreditava que<br />

ele, atribuindo a causa a co<strong>da</strong> coisa em particular<br />

e a to<strong>da</strong>s em comum, teria explicado aquilo<br />

que & o melhor para ca<strong>da</strong> urna delas e aquilo<br />

que & o melhor que & comum a to<strong>da</strong>s. E a tais<br />

esperanGas eu nbo teria renunciado por nenhuma<br />

razdo ao mundo! Tomei, portanto, saus livros<br />

com a maior solicitude, e os li o mais depressa<br />

possivel, para poder conhecsr o mais<br />

r6pido possivel o mslhor e o pior.<br />

To<strong>da</strong>via, <strong>da</strong>ta maravilhosa esperanca, o<br />

amigo, eu me sentia arrancado, porque, enquanto<br />

procedia na leitura do livro, via que<br />

nosso homem de fato ndo se servia <strong>da</strong> Intali-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!