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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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I4O Quam parte - Pfn+~o<br />

e'idos, que significam "forma". As IdCias de<br />

que falava Platio nio sio, portanto, simples<br />

conceitos ou representaq6es puramente men-<br />

tais (s6 muito mais tarde o termo assumiria<br />

esse significado), mas sio "enti<strong>da</strong>des", "subs-<br />

tsncias". As IdCias, em suma, nio s5o sim-<br />

ples pensamentos, mas aquilo que o pensa-<br />

mento pensa quando liberto do sensivel:<br />

constituem o "ver<strong>da</strong>deiro ser", "o ser por<br />

excelhcia". Em outras palavras: as IdCias<br />

plathicas sio as essincias <strong>da</strong>s coisas, ou<br />

seja, aquilo que faz com que ca<strong>da</strong> coisa seja<br />

aquilo que 6. Platio usou tambCm o termo<br />

"paradigma", para indicar que as IdCias re-<br />

presentam o "modelo" permanente de ca<strong>da</strong><br />

coisa (como ca<strong>da</strong> coisa deue ser).<br />

Entretanto, as express6es mais famo-<br />

sas utiliza<strong>da</strong>s por Platio para indicar as<br />

IdCias sio indubitavelmente "em sin, "por<br />

si", e tambCm "em si e por sin (o belo-em-<br />

si, o bem-em-si etc.), freqiientemente ma1<br />

compreendi<strong>da</strong>s, a ponto de se terem tor-<br />

nado objeto de isperas pokmicas j i a par-<br />

tir do momento em que Platio acabou de<br />

cunhi-las. Tais express6es, na ver<strong>da</strong>de, indicam<br />

o cariter de nio relativi<strong>da</strong>de e o de<br />

estabili<strong>da</strong>de, o cariter absoluto <strong>da</strong>s IdCias.<br />

Afirmar que as IdCias existem "em si e por<br />

si" significa dizer, por exemplo, que o Belo<br />

ou o Ver<strong>da</strong>deiro nio S ~ tais O apenas relativamente<br />

a um sujeito particular (como<br />

pretendia, por exemplo, Protigoras), nem<br />

constituem reali<strong>da</strong>des que possam ser manipula<strong>da</strong>s<br />

ao sabor dos caprichos do sujeito,<br />

mas, ao contriirio, se imp6em ao sujeito<br />

de modo absoluto. Afirmar que as IdCias<br />

existem "em si e por sin significa que elas<br />

nio sio arrasta<strong>da</strong>s pel0 v6rtice do devir<br />

que carrega to<strong>da</strong>s as coisas sensiveis: as<br />

coisas belas sensiveis tornam-se feias, sem<br />

que isso implique que se torne feia a causa<br />

do belo, ou seja, a IdCia do belo. Em resumo:<br />

as ver<strong>da</strong>deiras causas de to<strong>da</strong>s as coisas<br />

sensiveis, por natureza sujeitas i mu<strong>da</strong>nqa,<br />

nio podem elas mesmas sofrer mu<strong>da</strong>n-<br />

$a, do contriirio nao seriam as "ver<strong>da</strong>deiras<br />

causas", niio seriam as raz6es ultimas e<br />

supremas.

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