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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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0 s primeiros S~M~OS<br />

q~estao do "pri~cipio"<br />

de to<strong>da</strong>s as coisas<br />

Tales de Mileto (fim do VII - primeira metade do sec. VI a.C.) ti o criador, do<br />

ponto de vista conceitual (mesmo que n%o ain<strong>da</strong> do ponto de vista lexical), do<br />

problema concernente ao "principio" (arch&), ou seja, a origem de to<strong>da</strong>s as coisas.<br />

0 "principio" e, propriamente, aquilo de que derivam e em que<br />

se resolvem to<strong>da</strong>s as coisas, e aquilo que permanece imutdvel 0 princrpio de<br />

mesmo nas varias formas aue ~ouco a ~ouco assume. Tales iden- to<strong>da</strong>sas cOisas<br />

tificou o principio com a Ague, pois constatou que o elemento a<br />

liquid0 estd presente em todo lugar em que hd vi<strong>da</strong>, e onde nlo<br />

existe dgua n%o existe vi<strong>da</strong>.<br />

Esta reali<strong>da</strong>de originaria foi denomina<strong>da</strong> pelos primeiros filosofos de physis,<br />

ou seja, "natureza", no sentido antigo e originario do termo, que indica a reali<strong>da</strong>-<br />

de no seu fun<strong>da</strong>mento. "Fisicos", por conseguinte, foram chamados todos os pri-<br />

meiros filosofos que desenvolveram esta problematica inicia<strong>da</strong> por Tales.<br />

0 Anaximandro de Mileto (fim do VII - segun<strong>da</strong> metade do sec. Vl) foi provavelmente<br />

discipulo de Tales e continuou a pesquisa sobre o principio. Criticou a<br />

soluglo do problema proposta pelo mestre, salientando sua<br />

incompletude pela falta de explica$ao <strong>da</strong>s razdes e do mod0 pelo o principio<br />

qua1 do principio derivam as coisas. e indefinido-<br />

Se o principio deve poder tornar-se to<strong>da</strong>s as coisas que s%o infinit0<br />

diversas tanto por quali<strong>da</strong>de como por quanti<strong>da</strong>de, deve em si (= apeiron)<br />

ser privado de determinagaes qualitativas e quantitativas, deve + 3<br />

ser infinito espacialmente e indefinido qualitativamente: conceitos,<br />

estes, que em grego se expressam com o Qnico termo, apeiron. 0 principio<br />

- que pela primeira vez Anaximandro designa com o termo tecnico de arch6 - e,<br />

portanto, o apeiron. Dele as coisas derivam por uma especie de injustiga originaria<br />

(o nascimento <strong>da</strong>s coisas estci ligado com o nascimento dos "contri5rios", que<br />

tendem a subjugar um ao outro) e a ele retornam por uma especie de expiaga"o (a<br />

morte leva dissolu@o e, portanto, a resoluglo dos contraries um no outro).<br />

0 Anaxlmenes de Mileto (sec. VI a.C.), discipulo de Anaximandro, continua a<br />

discusslo sobre o princlpio, mas critica a solu$%o proposta pelo mestre: o arch& ti o<br />

ar infinito, difuso por to<strong>da</strong> parte, em perene movimento. 0 ar<br />

sustenta e governa o universo, e gera to<strong>da</strong>s as coisas, transfor- 0 principio<br />

mando-se mediante a condensap30 em agua e terra, e em fog0 e arinfinito<br />

pela rarefagao. -3 § 3<br />

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