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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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Sdtima parte - 6 s hltivnos cJe~en~oI~irne~\to~ <strong>da</strong> filosofia pa+ antiga<br />

Particular <strong>da</strong>s ruinas <strong>da</strong> Acrtipole de Rodes:<br />

em primeiro piano,<br />

os alicerces do templo corintio de Artemzsa;<br />

ao fundo,<br />

as colunas ddricas do templo de Apolo.<br />

AndrBnico n50 se limitou a apresentar<br />

condiqoes para uma leitura inteligivel dos<br />

textos, mas tambCm se preocupou em agru-<br />

par os escritos que tratavam do mesmo as-<br />

sunto e reordeni-10s precisamente com base<br />

em seu conteudo, do modo mais org2nico<br />

possivel. Conjugou alguns breves tratados<br />

que eram mais ou menos autBnomos (e que<br />

possuiam tambCm titulo especifico) a trata-<br />

dos de maior dimens50 dedicados aos mes-<br />

mos assuntos. As vezes deu novos titulos as<br />

obras assim constitui<strong>da</strong>s. E bastante provii-<br />

vel, por exemplo, que a organiza@o de to-<br />

<strong>da</strong>s as obras 16gicas em um unico corpus<br />

remonte precisamente a ele. E procedeu de<br />

mod0 analog0 com os virios escritos de ca-<br />

rater fisico, metafisico, Ctico, politico, estC-<br />

tico e retorico. A organiza@o geral e parti-<br />

cular que Andrenico imprimiu ao Corpus<br />

Aristotelicum tornou-se definitiva. Ela con-<br />

dicionou to<strong>da</strong> a tradiq5o posterior, inclusi-<br />

ve as ediqoes modernas. Em suma: a ediq5o<br />

realiza<strong>da</strong> por Andrenico estava ver<strong>da</strong>deira-<br />

mente destina<strong>da</strong> a "fazer Cpoca" em todos<br />

os sentidos, como ja dissemos.<br />

Ao contririo <strong>da</strong>s obras "exotCricasn<br />

publica<strong>da</strong>s por Aristoteles, as "esotiricas",<br />

que constituiam precisamente as licoes des-<br />

tina<strong>da</strong>s ao uso interno <strong>da</strong> Escola, eram bas-<br />

tante dificeis e freqiientemente obscuras.<br />

Assim, era necessario reconstruir o sentido<br />

dessas obras. Em resumo: era precis0 reali-<br />

zar aquele trabalho de mediag5o que, no<br />

antigo Peripato, era feito durante as aulas.<br />

Assim nasceu o "comentirio", que pouco a<br />

pouco tornou-se mais refinado, chegando<br />

por fim a explicaq50 de ca<strong>da</strong> frase do texto<br />

aristotklico.<br />

AndrBnico e os PeripatCticos do sCc. I<br />

a.C. por ele influenciados prepararam o ca-<br />

minho com parafrases, monografias e ex-<br />

posiqoes resumi<strong>da</strong>s. Com os AristotClicos<br />

dos primeiros dois sCculos <strong>da</strong> Cpoca crist5 e<br />

do inicio do sic. 111, o comentirio se conso-<br />

lidou, tornando-se o gknero literirio atravks<br />

do qua1 se devia ler e entender Arist6teles.<br />

Sobre todos os PeripatCticos dessa Cpoca, po-<br />

rkm, sobressai Alexandre de Afrodisia, que<br />

se imp& como autori<strong>da</strong>de na materia e foi<br />

considerado o comentador por excelkncia.<br />

1 Alexandre de Afrodisia<br />

e sua noktica<br />

Pouquissirno sabemos sobre a vi<strong>da</strong> de<br />

Alexandre. Parece que teve catedra de filo-<br />

sofia em Atenas entre 198 e 211 d.C., sob<br />

Setimio Severo. Dos numerosos comentarios<br />

escritos por Alexandre, chegaram at6 nos os<br />

comentirios aos Primeiros Analiticos (livro<br />

I), aos Topicos, a Meteorologia, a Metafisica<br />

(segundo os estudiosos, porkm, so a parte<br />

concernente aos livros I-V seria autCntica) e<br />

ao pequeno tratado Acerca <strong>da</strong> sensa@o.

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