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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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38 Segun<strong>da</strong> parte - $\ fundnG60 do pcvrsomen+o filos6fico<br />

ser infinitos, pois um deveria ter seu limite<br />

no outro".<br />

Ademais, Melisso qualificou esse uno-<br />

infinito como "incorp6reon, niio no senti-<br />

do de que k imaterial, mas no sentido de<br />

que C privado de qualquer figura que deter-<br />

mine os corpos, n2o podendo, portanto, se-<br />

quer ter a figura perfeita <strong>da</strong> esfera, como<br />

queria Parmhides. (0 conceit0 de incorpo-<br />

reo no sentido de imaterial nascera so corn<br />

Platiio.)<br />

Outro ponto em que Melisso corrigiu<br />

Parmhides consiste na total eliminagiio do<br />

campo <strong>da</strong> opiniiio, com um raciocinio de<br />

notavel acui<strong>da</strong>de especulativa: o hipotktico<br />

multiplo poderia existir apenas se pudesse<br />

ser como o Ser-Uno: "Se os muitos existis-<br />

sem - diz ele expressamente - ca<strong>da</strong> um<br />

deles deveria ser como C o Uno."<br />

Dessa forma, o Eleatismo acaba na afir-<br />

maqiio de um Ser eterno, infinito, uno, igual,<br />

imutavel, imovel, incorporeo (no sentido<br />

preciso) e com a explicita e categ6rica nega-<br />

$50 do multiplo - negando, portanto, o<br />

direito dos fen6menos a pretensiio de um<br />

reconhecimento veraz. E claro que apenas<br />

um ser privilegiado (Deus) poderia ser como<br />

o Eleatismo exige, mas niio todo ser.<br />

0 grande problema que os Eleatas dei-<br />

xavam para os sucessores era o seguinte: era<br />

necessario reconhecer a raziio as suas razoes,<br />

mas, ao mesmo tempo, deviam ser reconhe-<br />

ci<strong>da</strong>s tambCm as raz6es <strong>da</strong> experigncia, que<br />

testemunha (sob certos aspectos) o contra-<br />

rio. Tratava-se, em resumo, de salvar o prin-<br />

cipio de Parmhides, mas de salvar, junto<br />

corn ele, tambe'm os fen6menos.<br />

tstu moe<strong>da</strong> dc bronze,<br />

cncontrudu em Sunms,<br />

remonta uo sic. 111 d.C.<br />

e conservu-se no Museu Nuczonul de Romu.

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