12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

seja, na sua coerencia formal), sem ocupar-me do conteudo;<br />

Os Varies ou posso prestar atenqlo ao conteudo de ver<strong>da</strong>de de suas pree<br />

os vdrios tipos<br />

missas, e ent8o terei o silogismo cientifico ou demonstrativo;<br />

de silogismo<br />

+ § 5<br />

ou ain<strong>da</strong>, posso contentar-me com premissas n8o ver<strong>da</strong>deiras<br />

mas verossimeis e provaveis, e ent8o terei o silogismo dialetico,<br />

Finalmente, poderei voltar minha atengso - mas para refuta-<br />

10s e para defender-me deles - aos silogismos falsos (= paralogismos), que na<br />

aparCncia parecem ver<strong>da</strong>deiros, mas que se fun<strong>da</strong>m sobre premissas ambiguas e<br />

enganadoras. Neste caso temos silogismos eristicos.<br />

Principalmente o segundo tip0 de silogismo (o cientifico) 6 importante,<br />

porque a ciCncia se fun<strong>da</strong>menta sobre ele.<br />

To<strong>da</strong>via, poderiamos perguntar: quem garante a ver<strong>da</strong>de<br />

o silogismo<br />

<strong>da</strong>s premissas no silogismo cientifico?<br />

cien tifico Nso pode ser outro silogismo, porque, de outro modo,<br />

e suas bases procederiamos ao infinito; devera, portanto, ser uma forma<br />

verita tivas de conhecimento imediato como a "intui@o" (por exemplo, a<br />

-+ 3 6-7 captagso imediata dos principios primeiros), ou ent8o a "in-<br />

duq8o" (o process0 que leva do particular ao universal).<br />

Para que uma ciencia se constitua no seu conjunto, nlo bastam sequer ape-<br />

nas os silogismos cientificos, mas slo necesdrias outras condiqdes:<br />

1) a assunq80 <strong>da</strong> existencia do dmbito sobre o qua1 versa a<br />

AS caracteristicas pesquisa (por exemplo, na dritmetica sera a esfera dos numeros);<br />

<strong>da</strong> ci@ncia 2) a defini@o de alguns termos operativos (por exemplo,<br />

e o papel na matematica, os pares e os dispares);<br />

fun<strong>da</strong>mental 3) alguns axiomas, ou seja, proposigdes ver<strong>da</strong>deiras de<br />

do principio de ver<strong>da</strong>de intuitiva. Alguns destes s8o universais, como o princi-<br />

n5o-contradiq20<br />

+ § 8<br />

pio de nao-contradiq80 ("n8o se pode dizer e negar ao mes-<br />

mo tempo e sob o mesmo aspecto um mesmo carater de uma<br />

mesma coisa"), que vale para to<strong>da</strong>s as ciencias, enquanto e<br />

pressuposto por todo tip0 de demonstrag$o. Este principio n8o pode ser contra-<br />

dito, porque, para nega-lo, seriamo$compelidos a dele fazer uso, isto el a afirma-<br />

lo: nisto, justamente, esta sua firmeza, necessi<strong>da</strong>de e universali<strong>da</strong>de.<br />

0 silogismo dialetico, que se baseia na opinilo, serve para<br />

fun<strong>da</strong>r a retorica. A arte retorica propde-se a descobrir quais s8o os<br />

meios e os modos de convencer. Ela, para atingir esta finali<strong>da</strong>de,<br />

A retorica<br />

e o silogismo<br />

dialetico utiliza dois instrumentos: um e o entimema, que consiste em um<br />

-+ 9-10 silogismo dialetico abreviado; e o outro e o exemplo, o qua1 tem a<br />

vantagem de tornar evidente de mod0 imediato qualquer raciocinio.<br />

@ Aristoteles, diferentemente de Platlo, nlo condenou a arte pelo seu cara-<br />

ter ilusorio, e at& Ihe atribuiu valor catartico (purificatorio). A arte - sustenta o<br />

Estagirita -6, sim, mimese <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de, mas nlo imitaq80 pas-<br />

A poetica siva e mecdnica, e sim imitagao criativa que reproduz as coisas<br />

e a fung20<br />

ca tartica <strong>da</strong> arte<br />

+§ 11<br />

segundo a dimenslo do possivel e do universal. 0 aspecto<br />

catartico consiste no fato de que ela liberta <strong>da</strong>s paixaes, ou<br />

que as sublima no prazer estbtico.<br />

f\ Ibgica OM "anaIiticaN a forma que deve ter qualquer tip0 de discurso<br />

que preten<strong>da</strong> demonstrar algo e, em<br />

geral, que queira ser probante. A logica mos-<br />

A "logica" nZo tem lugar no esquema<br />

em base ao qual o Estagirita subdividiu e<br />

sistematizou as cigncias, porque considera<br />

tra como procede o pensarnento quando<br />

pensa, qual C a estrutura do raciocinio, quais<br />

sgo seus elementos, como C possivel apre-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!