12.05.2013 Views

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

SOCRATES - Portanto, quem considerasse<br />

poder transmitir uma arts com a escritura, a<br />

quem a rscebesss convict0 de que dos sinais<br />

escritos poderd tirar a190 de claro e firme, deveria<br />

estar cheio de grand@ ingenui<strong>da</strong>de e devsrla<br />

ignorar ver<strong>da</strong>delramente o vaticinio ds<br />

Rmon, caso considere que os discursos postos<br />

por escrto sejam algo mais qua um meio para<br />

chamar b memoria de quem sabe as coisas sobre<br />

as quais o escrito versa.<br />

de Folor de modo otivo; els, o/Qm disso, d<br />

incqaz de ojudor-sa s de dsfender-sa sozi-<br />

nho contra os cri'ticos, mos requer sernpre o<br />

intervsngio ofivo do ssu outor.<br />

SOCRRTES - Porque, Fedro, a escrita tem<br />

isso de terrivel, semelhante, no ver<strong>da</strong>de, b pintura:<br />

com efeito, as criaturas <strong>da</strong> pintura estdo<br />

diante de ti como se fossem vivas, mas se pedires<br />

alga a elas, psrmonecem cala<strong>da</strong>s. fecha<strong>da</strong>s<br />

em solene siI6ncio; e assim o fazem tambhm<br />

os discursos. Crerias qua falem, pensando<br />

slss propnos alguma coisa, mas se, querendo<br />

entender bem, perguntas a eles algo do que<br />

falarom, continuam a repatir uma so e mesma<br />

co~sa. E uma vez que um d~scurso seja escrito,<br />

giro por todo lugar, nos mdos <strong>da</strong>queles que o<br />

entendem e tamb&m nas mdos <strong>da</strong>queles aos<br />

quais na<strong>da</strong> importa, e ndo sabe a quem deve<br />

ou ndo folar. E sa o ofendem e o ultrajam erra<strong>da</strong>msnte,<br />

sempre tem necessi<strong>da</strong>de do auxilio<br />

do poi, pois n6o & capaz de se defender e de,<br />

sozinho, se aju<strong>da</strong>r.<br />

FEDRO - Tamb~lm isso que disseste 6<br />

justissimo.<br />

Bern malhor s mois poderoso que o discurso<br />

posto por escscrito, oo contrtrio, Q o discurso<br />

vivo s onirnado, montido no dirnensdo<br />

do orolidods e medionte o ci&ncio imprssso<br />

no olrno de quern oprende; o discurso escrito<br />

Q como umo irnogem, isto 6, umo copio, doqusle<br />

produzido no dimensdo do orolichds.<br />

S~CRRTES - E entdo? Vamos agora considerar<br />

outro discurso, irmdo legitimo deste? E vamos<br />

ver de que modo nasce, e, por sua natureza,<br />

como & mslhor s mais poderoso do que ate?<br />

FEDRO - Qual & o discurso, e de que modo<br />

dizes qua ele nasce?<br />

S~CRRTES - E o discurso que 6 escrito,<br />

mediants a ciencia, na almo de quem aprende.<br />

Capitdo sexto - Plat& e a PC<br />

e que & capaz de defen<strong>da</strong>r-<br />

corn qusm deve falar a corn<br />

FEDRO - Queras dlzer<br />

que sobe, o dlscurso VIVO e<br />

d~scurso escrlto pode ser c<br />

razdo, de mag em?<br />

oqusles escritos, s rnuito<br />

os rssultodos qus slo okco<br />

SOCRRTES - Sim, exatament<br />

ma um pouco ~sto. o agrlcultor<br />

mo em oito meses?<br />

menos bom senso do<br />

suas sementes?<br />

ndo sdo sequer capazes <strong>da</strong> e<br />

S~CRRTES - Ndo, de f<br />

de sscritos os semeara e<br />

s~mpos~os,<br />

ou em outros p<br />

a estes, ale, entdo, como

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!