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História da Filosofia – Volume 1 - Charlezine

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IV. f\ psicologia<br />

A psicologia, que em Aristoteles e considera<strong>da</strong> parte integrante <strong>da</strong> fisica,<br />

estu<strong>da</strong> os seres fisicos enquanto animados. E os seres animados sio tais por causa<br />

de um principio de vi<strong>da</strong>, ou seja, de uma alma.<br />

A alma e a "forma" (em sentido ontologico), a "entelequia" (isto e, o ato, a<br />

perfeisio) de um corpo. To<strong>da</strong>via, os seres vivos n2o tern todos as mesmas funqdes<br />

e, portanto, ter2o principios vitais (ou seja, almas) diferentes, conforme as funq6es<br />

especificas que lhes s2o proprias:<br />

1) os vegetais, que podem apenas reproduzir-se e crescer,<br />

ter2o alma adequa<strong>da</strong> a estas suas facul<strong>da</strong>des, ou seja, alma<br />

A alma<br />

e suas ativi<strong>da</strong>des vegetativa;<br />

+§ 1<br />

2) os animais, que tem tambem percepqio do mundo e<br />

capaci<strong>da</strong>de de movimento, serio igualmente dotados de alma<br />

sensitiva;<br />

3) finalmente, os homens que tern tambem a facul<strong>da</strong>de de raciocinar serio<br />

providos, alem de alma vegetativa e de alma sensitiva, igualmente de alma racional.<br />

As funq8es<br />

<strong>da</strong> alma<br />

vegetativa<br />

-5.2<br />

A alma vegetativa e o principio mais elementar <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>,<br />

ou seja, o principio que governa e regula as ativi<strong>da</strong>des biologicas.<br />

Ela preside a "reproduq20", que e o escopo de to<strong>da</strong> forma<br />

de vi<strong>da</strong> finita no tempo. Com efeito, to<strong>da</strong> forma de vi<strong>da</strong>, mesmo<br />

a mais elementar, faz-se para a eterni<strong>da</strong>de e nio para a morte.<br />

A funs20 capital <strong>da</strong> alma sensitiva e a sensa@o. 0 fenbmeno <strong>da</strong> sensaqio e<br />

explicado por Aristoteles com os conceitos de potencia e ato: nosso orgio de sentido<br />

tem a capaci<strong>da</strong>de - isto e, a potencia - de sentir, e esta<br />

capaci<strong>da</strong>de de sentir torna-se sentir em ato quando entra em<br />

A sensitiva contato com o objeto sensivel que tem capaci<strong>da</strong>de ou potencia<br />

a facul<strong>da</strong>de<br />

de ser sentido. Mas o que se verifica efetivamente neste contacognoscitiva<br />

a ela liga<strong>da</strong> to? Ocorre que o sentido assimila o sensivel, e precisamente a<br />

forma dele.<br />

+ § 3<br />

Mais complexa e a genese do conhecimento inteligivel. Tambem este tipo<br />

de conhecimento consiste na assimilaq20 de uma forma; mas, neste caso, trata-se<br />

n20 <strong>da</strong> forma sensivel, mas <strong>da</strong> inteligivel.<br />

Mais uma vez Aristoteles, para explicar este tipo de conhecimento,<br />

serve-se dos conceitos de potencia e de at~. De<br />

O conhecimento<br />

in teligivel<br />

+§4<br />

um lado, distingue uma potenciali<strong>da</strong>de do intelecto (o assim<br />

chamado intelecto passivo) de conhecer as formas inteligiveis,<br />

e, do outro, uma potenciali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s formas inteligiveis que<br />

est2o nas coisas a ser conheci<strong>da</strong>s. A traduq2o em ato dessa du-<br />

pla potenciali<strong>da</strong>de pressupde um intelecto agente que atualiza a potenciali<strong>da</strong>de<br />

do intelecto de captar a forma e fazer passar a forma conti<strong>da</strong> na imagem <strong>da</strong> coisa<br />

em conceit0 atualmente captado e possuido.<br />

Este intelecto ativo e comparado por Aristoteles a luz, a qual, de um lado, <strong>da</strong><br />

ao olho a facul<strong>da</strong>de de ver e, do outro, <strong>da</strong> as cores a facul<strong>da</strong>de de serem vistas.<br />

Apenas este intelecto e separado <strong>da</strong> materia, e e imortal.

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